Cia Será Quê?

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A Companhia SeráQ. é um agrupamento artístico que se expressa através da Dança. Sua história começa em 1992, em Belo Horizonte - Brasil, com o encontro de bailarinos, atores, músicos e poetas em sua maioria negros, interessados em pensar a cena a partir de suas referencias estéticas e políticas e a partir daí, estabelecer diálogos com a diversidade e com a variedade de culturas existentes no Brasil. Se consolidou como grupo e alcançou lugar de destaque no cenário da dança contemporânea nacional e internacional. Conceitualmente, os artistas deste agrupamento pesquisam a cena como instrumento de releitura das distintas manifestações culturais, explorando as relações interativas entre intérpretes, espaço e público.  
A Companhia SeráQ. é um agrupamento artístico que se expressa através da Dança. Sua história começa em 1992, em Belo Horizonte - Brasil, com o encontro de bailarinos, atores, músicos e poetas em sua maioria negros, interessados em pensar a cena a partir de suas referencias estéticas e políticas e a partir daí, estabelecer diálogos com a diversidade e com a variedade de culturas existentes no Brasil. Se consolidou como grupo e alcançou lugar de destaque no cenário da dança contemporânea nacional e internacional. Conceitualmente, os artistas deste agrupamento pesquisam a cena como instrumento de releitura das distintas manifestações culturais, explorando as relações interativas entre intérpretes, espaço e público.  
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(Informação disponível no [http://www.seraque.com.br/cia_apresentacao.html Site da Cia Será Que?]
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== HISTÓRICO ==
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1992 - Encontro dos artistas Gil Amancio, Rui Moreira e Guda para tocar, cantar e dançar as memórias e as trajetórias do povo negro no Brasil.
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1993 - Com a criação da performance " De Patangome" na Cidade, em Belo Horizonte, o agrupamento é batizado pelo público de companhia SeráQuê?.
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1994 / 1995 - Circulação nacional da performance " De Patangome na Cidade" e difusão da pesquisa cênica em desenvolvimento através de oficinas sobre interação das linguagens cênicas.
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1996 - Cia. SeráQuê? chega à França na Bienal de Dança de Lyon dedicada ao Brasil.
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1999 - Estréia do espetáculo Quilombos Urbanos. Uma parceria com o Up Dance, (grupo que reunia os quatro elementos da cultura Hip Hop), Ricardo Aleixo (escritor e performer), com Bete Arenque (bailarina e pedagoga) e com Murillo Corrêa (sonorizador especialista em espetáculos cênicos).
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2000 - Como reverberações do projeto Quilombos Urbanos tem início as oficinas de artes integradas intituladas Reeditores de Arte e Cultura - parceria com a prefeitura de Belo Horizonte, Amas e outras ONGs. Inicio da circulação do repertório da companhia pelo Estado de Minas Gerais através do Circuito Telemig Celular. Este circuito percorreu aproximadamente 80 municípios em um período de quatro anos.
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2001 - A companhia participa do Festival Internacional de Teatro de Córdoba - Argentina com Quilombos Urbanos e é agraciada com o prêmio incentivo da Funarte "Encena Brasil" para a criação do espetáculo "Urucubaca na Roda do Mundo".
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2002 - Estréia do espetáculo Insólito - este espetáculo reuniu em cena um elenco profissionalizado a partir dos processos de formação artística de jovens artistas promovidos pela companhia.
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2003 - A companhia participa do Festival de Dança Contemporânea Move Berlim em Berlim na Alemanha. O coreografo Henrique Rodovalho é convidado e desenvolve o espetáculo "Receita" interpretada por Rui Moreira.
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2004 - Os gêneros sexuais são argumento para criação de um programa com dois espetáculos. Homens, com trilha sonora da Banda "Morde o Rabo" e "Cora" com trilha de Leri Faria.
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2005 - Neste ano, para se diferenciar de outras ações realizadas pela própria companhia, a companhia de dança passou a assinar Cia. SeráQ.
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*Uma Parceria com a Companhia do Palco e com o Coral do Sesiminas Belo Horizonte, sob a direção de Orlando Orube resultou na opereta intitulada Romanceiro Gitano.
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*Estréia do espetáculo Não Digas Nada, duo coreografado por Henrique Rodovalho.
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*Início da pesquisa histórica e estética intitulada Ês quiz Q´eu isse co ês.
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2006 - Participa da Caravana Funarte circulando pelo nordeste do país com os espetáculos Receita e Não digas Nada.
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2007 - Estréia a primeira parte da trilogia cênica "Ês quis Q´eu Isse co Ês". Esta trilogia foi inspirada na pesquisa histórica e estética sobre os festejos populares de origem afro-religiosa em Minas Gerais conduzida por Rui Moreira e realizada pela companhia. Esta iniciativa foi patrocinada pelo Instituto Vitae através de bolsa pesquisa. O primeiro espetáculo chama se "ÊsQuiz".
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2008 - Estréia e circulação do segundo espetáculo da trilogia intitulado Q´eu isse, dentro da programação do Circuito itinerante do CCBB em comemoração dos 200 anos de Fundação do Banco do Brasil.
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==ESPETÁCULOS==
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Q'EU ISSE – 2008
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Segundo trabalho de uma trilogia que investiga as noções de identidade da população brasileira, em especial da população afro-descendente. Esta investigação começa já no título do espetáculo. Q'EU ISSE é "que eu fosse" pronunciado numa sonoridade de um dialeto da língua portuguesa, o Mineirês, que por sua vez acentua as influências de origem "Bantu" na cultura brasileira. Neste espetáculo, a dança da Cia. SeráQuê? se expressa pelos gestos nascidos nos corpos dos dançarinos, que foram confrontados e inspirados pelos legados gestuais e estéticos das culturas africanas, das culturas indígenas brasileiras e da convergência delas. Momentos do cotidiano, festas, ritos sociais, religiosidade, tudo serviu como referencia.
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ÊSQUIZ – 2007
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Performance inaugural da trilogia Ês quis q´eu isse co ês, ÊSQUIZ é um espetáculo cênico/musical inspirado nas manifestações de "fé" dentro dos festejos religiosos afro-mineiros, mais especificamente no sincretismo apresentado nos festejos dedicados a Nossa Senhora do Rosário, nas danças, nos cantos, nas saudações e nos conflitos míticos. Ao abordar esse tema, vieram à tona vários aspectos ancestrais que formam a cultura brasileira. Percebe-se as raízes africanas imbricadas com as raízes européias, raízes indígenas e com todas as outras influências que formam esta nação.
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NÃO DIGAS NADA – 2005
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O copo, um elemento completamente banal e inesperado, inspirou e determinou o desenvolvimento deste trabalho, que mostra o encontro de dois "personagens" distintos e com características específicas. Eles estão entre milhares de copos descartáveis e desenvolvem uma história linear, mas também inusitada. Os copos, além de delinearem o espaço cênico e coreográfico, interferem de forma decisiva no modo de interação entre os personagens e nas situações e reações criadas pelos mesmos. A linguagem utilizada no espetáculo é o corpo, o movimento, a dança... e, por isso, não há a necessidade de se fazer uso das palavras.
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CORALINDA – 2005
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A densidade emocional e poética contidas nas cenas do filme "A guerra da Água", de Licínio Azevedo, alimentaram o imaginário do coreógrafo Rui Moreira em mais essa concepção coreográfica. As imagens das mulheres moçambicanas no ambiente pós-guerra fizeram o coreógrafo se deparar com a complexidade do modo feminino de olhar o mundo e de estar nele, seja na lida do dia a dia, seja no sonho que habita a todos e que nos mantém vivos.
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CORA - 2004
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Coreografia criada para o elenco feminino da companhia inspirado no poema Vida de Lavadeira da escritora Cora Coralina. A trilha sonora original de Leri Faria traduz em sons e música a atmosfera desta criação, e embala os corpos das sete mulheres que interpretam "Cora".
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HOMENS – 2004
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Espetáculo que discute lúdica e poeticamente a complexidade de signos que envolvem a palavra "Homens". Encenado pelo elenco masculino da Cia., à linguagem coreográfica são mesclados outros elementos artísticos como a intervenção musical ao vivo do violonista Paulo Thomas, e a declamação de um texto ácido e reflexivo, como nas poesias marginais.
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RECEITA – 2003
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O espetáculo "Receita" é um solo criado especialmente para Rui Moreira pelo coreógrafo Henrique Rodovalho. Uma oportunidade de encontro com a subjetividade do olhar e do movimento. Uma coreografia surpreendente que usa um simples procedimento culinário, a confecção de um bolo xadrez, para traçar uma bem humorada metáfora e construir esse inspirado exercício de composição. O coreógrafo Henrique Rodovalho usa toda a expressividade corporal de Rui Moreira como ingrediente para criar esse belo espetáculo, estruturado a partir do estudo do despojamento das ações cotidianas.
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INSÓLITO - 2002
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A linguagem gestual do espetáculo coloca em cena um repertório que aborda manifestações culturais das ruas brasileiras: a capoeira e danças de rua, que compõem a cultura Hip Hop, que são embaladas por canções pop fundidas a composições originais criadas para o espetáculo. O resultado estético dessa fusão conduz à reflexão sobre o atual estágio de globalização das informações e como ele se traduz no corpo do homem. No espetáculo, são projetadas citações de escritores, pensadores e filósofos a respeito da arte. O que se desenrola pode ser literalmente traduzido pela definição da palavra "Insólito" nos dicionários: "do latin. Insolitu. Adjetivo. 1. Não Sólito; desusado, contrário ao uso, ao costume, às regras; inabitual. Procedimento insólito; vestes insólitas. 2.anormal, extraordinário".
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DUAS LINHAS PARALELAS E UMA DIAGONAL
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Brincando com os excessos, pintamos o "Sete".
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Meninos levados e zombadores... Reconhece-se em seus movimentos o diálogo direto com seus sentimentos cotidianos.
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"Duas Linhas Paralelas e uma na Diagonal" foi inspirado e realizado com os integrantes do SeráQuê?Reeditores de arte e cultura, projeto social formado por adolescentes oriundos das periferias de Belo Horizonte.
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O processo de criação exigiu um estudo de comportamentos arquetípicos que provocam algumas percepções invertidas das ações e reações nos relacionamentos interpessoais cotidianos. Tendo como ponto de partida uma série de discussões sobre os sete pecados capitais, entre os adolescentes e a equipe de criação do espetáculo, foi criada por Ricardo Aleixo uma ficção poética no formato de "Cordel" que foi transformada em trilha sonora original por Kristoff Silva e Lucas Miranda. As coreografias foram propostas a partir da apropriação gestual de manifestações bastante populares do Brasil, como a capoeira, o maculelê, a ciranda e a urbanidade da dança de rua.
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Espetáculo criado no ano de 2001 foi remontado em 2003 para um elenco de jovens dançarinos profissionais e está incorporado ao repertório oficial da Cia. SeráQ.]
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URUCUBACA NA RODA DO MUNDO - 2001
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"O futuro está sempre à sua frente... ou às suas costas, cada vez que você dá meia volta". Urucubaca - uma palavra de sonoridade e origem "Bantu" tem em seus vários significados um mistério implícito. É um "Signo" ligado à magia do desconhecido, do inexplicável, aos opostos e suas inevitáveis relações, como treva e luz...; um lado e o outro...; preto e branco; saúde e doença; vida e morte. Criada no universo popular, essa expressão singular, e ao mesmo tempo tão plural, foi argumento para a criação desse espetáculo da Cia. SeráQuê?.
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QUILOMBOS URBANOS - 1999
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Nesse espetáculo, a Cia. SeráQuê? estabelece um diálogo entre as gerações, baseado no gestual e na cultura dos guetos dos grandes centros metropolitanos. Resultado de pesquisas e oficinas artísticas feitas na periferia de Belo Horizonte, "Quilombos Urbanos" teve estréia em 1999 e marcou o encontro entre a Cia. SeráQuê? e o grupo de Hip Hop "Up Dance". Este encontro rendeu reconhecimento da crítica local, que premiou o espetáculo como um dos melhores apresentados na temporada.
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DE PATANGOME NA CIDADE - 1993
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Criado a partir de ritmos, danças e canções tradicionais afro-brasileiras, o espetáculo revelou a capacidade de improviso, o dinamismo e a alegria com que a população brasileira procura encarar o seu dia a dia. Esta performance colocou em cena uma dinâmica fusão de música, dança e teatro. De patangome na Cidade abordou visões históricas de passado e presente: é tanto uma volta às origens quanto uma viagem nas transformações desordenadas sofridas pelas grandes cidades. O espetáculo leva à reflexão sobre a crise de valores materiais, e propõe uma revisão espiritual, ilustrada pelo simples, como no ritmo de sinos, guizos e latas.
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==PRÊMIOS==
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*Sete indicações e cinco prêmios Amparc/Bonsucesso 1999 para o espetáculo "Quilombos Urbanos" (1999);
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*Prêmio Sesc/Sated 1999 para "Quilombos Urbanos";
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*Prêmio incentivo "Encena Brasil" da Funarte e do Ministério da Cultura para a criação do espetáculo "Urucubaca Na Roda do Mundo" em 2001;
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*Prêmio especial da Dança em 2003 para o projeto "Reeditores de Arte e Cultura";
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*Prêmio Amparc/Bonsucesso 2003 para o espetáculo Insólito;
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*Homenagem da Câmara de Municipal de Belo Horizonte, em 2003, pelos 10 anos de atuação artística com responsabilidade social da SeráQuê?
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==REFERÊNCIA==
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;*[http://www.seraque.com.br/ Web Site da Cia]

Edição atual tal como 19h35min de 30 de novembro de 2011

A Companhia SeráQ. é um agrupamento artístico que se expressa através da Dança. Sua história começa em 1992, em Belo Horizonte - Brasil, com o encontro de bailarinos, atores, músicos e poetas em sua maioria negros, interessados em pensar a cena a partir de suas referencias estéticas e políticas e a partir daí, estabelecer diálogos com a diversidade e com a variedade de culturas existentes no Brasil. Se consolidou como grupo e alcançou lugar de destaque no cenário da dança contemporânea nacional e internacional. Conceitualmente, os artistas deste agrupamento pesquisam a cena como instrumento de releitura das distintas manifestações culturais, explorando as relações interativas entre intérpretes, espaço e público.


Tabela de conteúdo

HISTÓRICO

1992 - Encontro dos artistas Gil Amancio, Rui Moreira e Guda para tocar, cantar e dançar as memórias e as trajetórias do povo negro no Brasil.

1993 - Com a criação da performance " De Patangome" na Cidade, em Belo Horizonte, o agrupamento é batizado pelo público de companhia SeráQuê?.

1994 / 1995 - Circulação nacional da performance " De Patangome na Cidade" e difusão da pesquisa cênica em desenvolvimento através de oficinas sobre interação das linguagens cênicas.

1996 - Cia. SeráQuê? chega à França na Bienal de Dança de Lyon dedicada ao Brasil.

1999 - Estréia do espetáculo Quilombos Urbanos. Uma parceria com o Up Dance, (grupo que reunia os quatro elementos da cultura Hip Hop), Ricardo Aleixo (escritor e performer), com Bete Arenque (bailarina e pedagoga) e com Murillo Corrêa (sonorizador especialista em espetáculos cênicos).

2000 - Como reverberações do projeto Quilombos Urbanos tem início as oficinas de artes integradas intituladas Reeditores de Arte e Cultura - parceria com a prefeitura de Belo Horizonte, Amas e outras ONGs. Inicio da circulação do repertório da companhia pelo Estado de Minas Gerais através do Circuito Telemig Celular. Este circuito percorreu aproximadamente 80 municípios em um período de quatro anos.

2001 - A companhia participa do Festival Internacional de Teatro de Córdoba - Argentina com Quilombos Urbanos e é agraciada com o prêmio incentivo da Funarte "Encena Brasil" para a criação do espetáculo "Urucubaca na Roda do Mundo".

2002 - Estréia do espetáculo Insólito - este espetáculo reuniu em cena um elenco profissionalizado a partir dos processos de formação artística de jovens artistas promovidos pela companhia.

2003 - A companhia participa do Festival de Dança Contemporânea Move Berlim em Berlim na Alemanha. O coreografo Henrique Rodovalho é convidado e desenvolve o espetáculo "Receita" interpretada por Rui Moreira.

2004 - Os gêneros sexuais são argumento para criação de um programa com dois espetáculos. Homens, com trilha sonora da Banda "Morde o Rabo" e "Cora" com trilha de Leri Faria.

2005 - Neste ano, para se diferenciar de outras ações realizadas pela própria companhia, a companhia de dança passou a assinar Cia. SeráQ.

2006 - Participa da Caravana Funarte circulando pelo nordeste do país com os espetáculos Receita e Não digas Nada.

2007 - Estréia a primeira parte da trilogia cênica "Ês quis Q´eu Isse co Ês". Esta trilogia foi inspirada na pesquisa histórica e estética sobre os festejos populares de origem afro-religiosa em Minas Gerais conduzida por Rui Moreira e realizada pela companhia. Esta iniciativa foi patrocinada pelo Instituto Vitae através de bolsa pesquisa. O primeiro espetáculo chama se "ÊsQuiz".

2008 - Estréia e circulação do segundo espetáculo da trilogia intitulado Q´eu isse, dentro da programação do Circuito itinerante do CCBB em comemoração dos 200 anos de Fundação do Banco do Brasil.


ESPETÁCULOS

Q'EU ISSE – 2008

Segundo trabalho de uma trilogia que investiga as noções de identidade da população brasileira, em especial da população afro-descendente. Esta investigação começa já no título do espetáculo. Q'EU ISSE é "que eu fosse" pronunciado numa sonoridade de um dialeto da língua portuguesa, o Mineirês, que por sua vez acentua as influências de origem "Bantu" na cultura brasileira. Neste espetáculo, a dança da Cia. SeráQuê? se expressa pelos gestos nascidos nos corpos dos dançarinos, que foram confrontados e inspirados pelos legados gestuais e estéticos das culturas africanas, das culturas indígenas brasileiras e da convergência delas. Momentos do cotidiano, festas, ritos sociais, religiosidade, tudo serviu como referencia.


ÊSQUIZ – 2007

Performance inaugural da trilogia Ês quis q´eu isse co ês, ÊSQUIZ é um espetáculo cênico/musical inspirado nas manifestações de "fé" dentro dos festejos religiosos afro-mineiros, mais especificamente no sincretismo apresentado nos festejos dedicados a Nossa Senhora do Rosário, nas danças, nos cantos, nas saudações e nos conflitos míticos. Ao abordar esse tema, vieram à tona vários aspectos ancestrais que formam a cultura brasileira. Percebe-se as raízes africanas imbricadas com as raízes européias, raízes indígenas e com todas as outras influências que formam esta nação.


NÃO DIGAS NADA – 2005 O copo, um elemento completamente banal e inesperado, inspirou e determinou o desenvolvimento deste trabalho, que mostra o encontro de dois "personagens" distintos e com características específicas. Eles estão entre milhares de copos descartáveis e desenvolvem uma história linear, mas também inusitada. Os copos, além de delinearem o espaço cênico e coreográfico, interferem de forma decisiva no modo de interação entre os personagens e nas situações e reações criadas pelos mesmos. A linguagem utilizada no espetáculo é o corpo, o movimento, a dança... e, por isso, não há a necessidade de se fazer uso das palavras.


CORALINDA – 2005 A densidade emocional e poética contidas nas cenas do filme "A guerra da Água", de Licínio Azevedo, alimentaram o imaginário do coreógrafo Rui Moreira em mais essa concepção coreográfica. As imagens das mulheres moçambicanas no ambiente pós-guerra fizeram o coreógrafo se deparar com a complexidade do modo feminino de olhar o mundo e de estar nele, seja na lida do dia a dia, seja no sonho que habita a todos e que nos mantém vivos.


CORA - 2004 Coreografia criada para o elenco feminino da companhia inspirado no poema Vida de Lavadeira da escritora Cora Coralina. A trilha sonora original de Leri Faria traduz em sons e música a atmosfera desta criação, e embala os corpos das sete mulheres que interpretam "Cora".


HOMENS – 2004 Espetáculo que discute lúdica e poeticamente a complexidade de signos que envolvem a palavra "Homens". Encenado pelo elenco masculino da Cia., à linguagem coreográfica são mesclados outros elementos artísticos como a intervenção musical ao vivo do violonista Paulo Thomas, e a declamação de um texto ácido e reflexivo, como nas poesias marginais.


RECEITA – 2003 O espetáculo "Receita" é um solo criado especialmente para Rui Moreira pelo coreógrafo Henrique Rodovalho. Uma oportunidade de encontro com a subjetividade do olhar e do movimento. Uma coreografia surpreendente que usa um simples procedimento culinário, a confecção de um bolo xadrez, para traçar uma bem humorada metáfora e construir esse inspirado exercício de composição. O coreógrafo Henrique Rodovalho usa toda a expressividade corporal de Rui Moreira como ingrediente para criar esse belo espetáculo, estruturado a partir do estudo do despojamento das ações cotidianas.


INSÓLITO - 2002 A linguagem gestual do espetáculo coloca em cena um repertório que aborda manifestações culturais das ruas brasileiras: a capoeira e danças de rua, que compõem a cultura Hip Hop, que são embaladas por canções pop fundidas a composições originais criadas para o espetáculo. O resultado estético dessa fusão conduz à reflexão sobre o atual estágio de globalização das informações e como ele se traduz no corpo do homem. No espetáculo, são projetadas citações de escritores, pensadores e filósofos a respeito da arte. O que se desenrola pode ser literalmente traduzido pela definição da palavra "Insólito" nos dicionários: "do latin. Insolitu. Adjetivo. 1. Não Sólito; desusado, contrário ao uso, ao costume, às regras; inabitual. Procedimento insólito; vestes insólitas. 2.anormal, extraordinário". DUAS LINHAS PARALELAS E UMA DIAGONAL Brincando com os excessos, pintamos o "Sete". Meninos levados e zombadores... Reconhece-se em seus movimentos o diálogo direto com seus sentimentos cotidianos. "Duas Linhas Paralelas e uma na Diagonal" foi inspirado e realizado com os integrantes do SeráQuê?Reeditores de arte e cultura, projeto social formado por adolescentes oriundos das periferias de Belo Horizonte. O processo de criação exigiu um estudo de comportamentos arquetípicos que provocam algumas percepções invertidas das ações e reações nos relacionamentos interpessoais cotidianos. Tendo como ponto de partida uma série de discussões sobre os sete pecados capitais, entre os adolescentes e a equipe de criação do espetáculo, foi criada por Ricardo Aleixo uma ficção poética no formato de "Cordel" que foi transformada em trilha sonora original por Kristoff Silva e Lucas Miranda. As coreografias foram propostas a partir da apropriação gestual de manifestações bastante populares do Brasil, como a capoeira, o maculelê, a ciranda e a urbanidade da dança de rua. Espetáculo criado no ano de 2001 foi remontado em 2003 para um elenco de jovens dançarinos profissionais e está incorporado ao repertório oficial da Cia. SeráQ.]


URUCUBACA NA RODA DO MUNDO - 2001 "O futuro está sempre à sua frente... ou às suas costas, cada vez que você dá meia volta". Urucubaca - uma palavra de sonoridade e origem "Bantu" tem em seus vários significados um mistério implícito. É um "Signo" ligado à magia do desconhecido, do inexplicável, aos opostos e suas inevitáveis relações, como treva e luz...; um lado e o outro...; preto e branco; saúde e doença; vida e morte. Criada no universo popular, essa expressão singular, e ao mesmo tempo tão plural, foi argumento para a criação desse espetáculo da Cia. SeráQuê?.


QUILOMBOS URBANOS - 1999 Nesse espetáculo, a Cia. SeráQuê? estabelece um diálogo entre as gerações, baseado no gestual e na cultura dos guetos dos grandes centros metropolitanos. Resultado de pesquisas e oficinas artísticas feitas na periferia de Belo Horizonte, "Quilombos Urbanos" teve estréia em 1999 e marcou o encontro entre a Cia. SeráQuê? e o grupo de Hip Hop "Up Dance". Este encontro rendeu reconhecimento da crítica local, que premiou o espetáculo como um dos melhores apresentados na temporada.


DE PATANGOME NA CIDADE - 1993 Criado a partir de ritmos, danças e canções tradicionais afro-brasileiras, o espetáculo revelou a capacidade de improviso, o dinamismo e a alegria com que a população brasileira procura encarar o seu dia a dia. Esta performance colocou em cena uma dinâmica fusão de música, dança e teatro. De patangome na Cidade abordou visões históricas de passado e presente: é tanto uma volta às origens quanto uma viagem nas transformações desordenadas sofridas pelas grandes cidades. O espetáculo leva à reflexão sobre a crise de valores materiais, e propõe uma revisão espiritual, ilustrada pelo simples, como no ritmo de sinos, guizos e latas.


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