Clara Pinto
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Edição de 00h00min de 11 de março de 2011
A bailarina e coreógrafa, Clara Pinto marcou um tracejado histórico na cidade de Belém. Foi aluna de Augusto Rodrigues e deu iniciou aos seus estudos em 1957, com seus onze anos de idade.
Por se considerar uma garota “gordinha”, sua mãe a matriculou em aulas de Balé Clássico para apreciar o gosto da arte, e também para chegar ao seu peso desejado, pois na concepção de Pinto, “Quem pratica dança tem corpo bonito.” Assim, entrou no Balé sem muita admiração, entretanto logo entendeu que aquilo era e fazia parte de sua vida.
Participava das aulas e quando chegava em casa, repetia todos os exercícios em frente ao espelho, ou seja, esse gosto foi crescendo, ela foi se dedicando e após tornou-se uma das alunas exemplares de Augusto.
Rodrigues ministrou Balé para Clara Pinto durante dez anos. Após esse período, a bailarina começou a ensinar dança para crianças a pedido de seu professor. Mas continuava dançando no Conjunto Coreográfico de Augusto Rodrigues, realizando apresentações em praças públicas, teatros e em vários festivais de Belém.
No ano de 1966, o Corpo de Baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, chegou à Belém. Com isso, Pinto decidiu fazer um teste de avaliação para verificar se sua técnica de dança clássica estava sendo bem executada. Logo, viajou para o Rio de Janeiro junto ao Corpo de Baile para realizar tal avaliação.
Na cidade do Rio ela foi convidada a participar das aulas ministradas por Eleonora Oliose e Tatiana Leskova, uma oportunidade para Clara aprimorar seus conhecimentos no que diz respeito à técnica do Balé Clássico. Com Rodrigues, seu aprendizado foi dentro do método Vaganova e depois seguiu interiorizando outras metodologias.
Após ter-se dedicado ao estudo da dança na cidade do Rio de Janeiro, Clara Pinto viajou para Londres, onde participou de um curso específico para a obtenção da formação Royal Academy of Dance, possuindo este certificado. Foi a partir desse período, quando ela já estava fundamentada nas diversas metodologias no ensino da dança, que decidiu ser efetivamente professora desta área.
Queria ter o seu próprio espaço, sua própria escola. Para começar, iniciou dando aula na sala da casa de sua mãe, com apenas cinco alunas, o que posteriormente esse número foi crescendo e sua sala de aula havia passado por vários compartimentos da casa. Até que conseguiu construir um prédio na época, na Avenida 16 de novembro que localizava-se na frente da residência de sua mãe. Apesar de Pinto ter embasamento de várias escolas de dança, resolveu se especificar na sua prática como professora, no método Royal Academy, no qual possuía certificado. Giselle na sua pesquisa com relação à Clara Pinto relatou:
Implantou em Belém o que vislumbrou ser a formação técnica “perfeita”, “correta” e “diferente”, optando pela metodologia inglesa, em que a criança começa seus estudos na faixa de três anos de idade e tem sua formação continuada até os dezessete anos. (MOREIRA, 2009, p. 167)
Sua escola se fortificou tendo nome conceituado na capital paraense. Atualmente, Pinto continua se dedicando no ensino da dança, levando também a oportunidade de outras professoras atuarem em sua escola para o melhor desenvolvimento da aprendizagem. Continua investindo no método Royal, realiza festivais durante o ano, inclusive o Festival Internacional de Dança da Amazônia (FIDA), para divulgar a dança além da cidade de Belém, para fora.
Teve como alunas pessoas que se destacaram e hoje também criaram sua própria história, a exemplo de Ana Hunger que se formou como arquiteta, mas desde cedo tomou gosto pela dança e hoje desenvolve o Centro de Dança e Fitnss Ana Hunger.
REFERÊNCIA BLIBLIOGRÁFICA
MOREIRA Giselle. Sinapses Rizomáticas: A História da Dança em Belém do Pará no período de 1950 a 1990 Salvador, 2009