Alexandre Carvalho e o grupo PADE
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Edição de 20h10min de 3 de julho de 2013
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Histórico
Alexandre Carvalho dos Santos, é professor do departamento de arte corporal da escola de educação fÃsica e desportos da Ufrj, e trabalha na área de folclore Brasileiro. É associado a 23 anos à Companhia Folclórica do Rio de Janeiro e é coordenador do grupo de pesquisa de africanidade na dança-educação (PADE).
Formado em Educação FÃsica, Alexandre também fez diversos cursos na área da Dança, sua área de atuação atualmente, não esquecendo também da sua inserção na área de polÃticas públicas para povos de terreiro. Dentre as suas habilidades se destacam a arte plástica de pintura em acrÃlico com temas voltados à africanidade, é compositor, cantor do grupo Barravento e poeta.
Religião
Alexandre por 12 anos de sua vida se dedicou a ser testemunha de Jeová, por motivos pessoais, familiares e percebendo que sua vida tomava um rumo que não seguia as doutrinas da igreja decidiu se afastar da igreja e voltou para o candomblé (religião que era pertencente antes de se tornar evangélico). Para ele essa passagem pela religião evangélica lhe acrescentou muita coisa em sua vida e até mesmo uma visão diferente sobre o candomblé.
Todas as sextas-feiras ele usa vestimentas brancas, logo que por ser do candomblé, para eles o branco é tido como uma cor oficial, nos rituais dessa religião, quando é realizado algum tipo de oferenda é necessário o uso dessa cor. Como Alexandre foi iniciado no culto de Oxalá (orixá que veste branco) ele faz essa homenangem todas as sextas-feiras. Sua famÃlia tem uma relação muito grande com a Umbanda (religião brasileira composta pelo recorte de várias outras religiões), ele foi o primeiro da famÃlia a frequentar o candomblé, ainda novo, aos 8 anos de idade.
Relação entre Religião e Arte
Para Alexandre, a religião está diretamente ligada a esse fazer artÃstico, principalmente sua religião, pois todo o processo de ritual dentro do canomblé, os iorubás (negros escravizados que trouxeram essa vertente do candomblé para o Brasil) são cohecidos como excelentes escultores no ferro e na madeira, na indumentárias, um povo que tem uma vertente artÃstica voltada a vários setores da arte. Para ele o candomblé está cheio de arte, com as músicas, suas danças, a corporeidade africana. Não se deve esquecer da arte culinária, são pratos bem temperados, enfeitados, as roupas, máscaras, ferramentas tudo é produzido por pessoas praticantes dessa religião. Alexandre acredita que ser candomblecista é uma forma de estar ligado ao mundo da arte, e por trabalhar a arte também fora do terreiro, acaba assim acontecendo a união da religião e arte com certa harmonia, acontecendo também assim o atravessamento de uma com a outra.
O PADE
A ideia de criação do grupo surgiu em 2009 por Alexandre Carvalho dos Santos. A palavra PADE na lÃngua Iorubá significa encontro, reunião, é também uma cerimônia do candomblé. O pade é um grupo de estudos e pesquisa em africanidade na dança-educação com o objetivo de reunir dentro do núcleo conhecimentos ancestrais juntamente com as pessoas integrantes do grupo. A partir desse conhecimento foi desenvolvida uma pesquisa de corpo, artÃstica e principalmente dentro da área de ações afirmativas, que são ações que vão afirmar a identidade afrobrasileira.
No ano de 2012 o grupo tentou fazer com que se tornassem um projeto de extensão da UFRJ, não tiveram sucesso, porém no ano de 2013 o PADE consegue e se tornar projeto de extensão. O PADE está muito próximo à questão da cultura afrodescendente e também é ramificado na sua linguagem, é um grupo de estudo que se reune para discutir textos sobre africanidade, polÃticas públicas de ações afirmativas, e textos relacionados à educação.
As ações do PADE
As ações do PADE vão em direção aos estudos que eles realizam.
- I e II seminério de integração Universidade-Povos de terreiro;
- Montagem do espetáculo Ododua;
- Oficinas oferecidas em escolas públicas e projetos sociais.
Referências
- Arquivo pessoal de Alexandre;
- Entrevistas.