Márcia Milhazes Dança Contemporânea

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===Meu Prazer===
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Ano: 2008
Ano: 2008
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“Meu Prazer” é mais uma tentativa de entender o que para um artista é difícil de explicar. São práticas de idéias que, acumuladas, vão se revelando na forma de um complexo labirinto do imaginário.
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A cada tentativa o interesse aumenta em falar de pessoas. Almas que se observam e da observação a provocação do sentido, como uma mistura heterogênea de um sistema de cores.
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Quatro pessoas se encontram no mesmo campo físico. Faz-se a trança de um corpo oculto, que através da contemplação de uns e de uma alucinada percepção de outros, vão se vestindo e despindo nas suas diferenças. Ondas de gestos, como um discurso do comportamento. Pessoas carregadas de uma arquitetura imaterial de sentido, onde flutuam no espaço do outro através do olhar, convocando a tentativa de existência. Assim, uma estória vai sendo decalcada a partir de experiências que cada intérprete
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A superposição e o cruzamento de imagens vão se revelando, se possível, na liberação da personalidade que um gera no outro, desenhando um trânsito simbólico de desejos múltiplos e de liberdade. Cartas de amor vão sendo escritas.
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A artista plástica BEATRIZ MILHAZES cria através de quatro enormes plantas, um jardim suspenso e suculento de um imaginário poético, onde os interpretes irão desvendar suas cartas. A obra de Beatriz, sempre carregada de uma trama sensível e inquieta do sentido, vem mais uma vez, propor uma alucinada e vertiginosa viagem, dialogando assim, de forma profunda e instigante com as camadas de gestos, corpos e vidas em cena. Uma conversa com o olhar, gerando a entrada de múltiplas sensações. Paisagem que se sobrepõe aos da alma e um desejo de um prazer desconhecido.
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O universo sonoro deseja lançar uma busca desses estados do indivíduo e da dramaturgia da obra como um todo. A música, também como um olhar, nunca utilizada como ponto de partida da escritura coreográfica ou como moldura da mesma, mas um retrato interno de cada indivíduo a serviço da exposição de momentos.Os sons da natureza vêm de novo falar de uma humanidade que eu busco nas minhas obras, nessa dança, nesses corpos – intérpretes inundados de experiências.
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As descobertas sonoras de artistas queridos como HENRIQUE OSWALD, MARIA KALANIEMI, FRANCISCO MIGNONE, FRANCISCO ALVES, ERNESTO NAZARETH e anônimos, embrulham as minhas cartas de amor.
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JAMIL CHEVITARESE
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MARCIA MILHAZES E GLAUCE MILHAZES
===Mariposa===
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Edição de 16h33min de 7 de outubro de 2011

Tempo de Verão

Tabela de conteúdo

A Companhia

Companhia independente residente no Rio de Janeiro, formada em 1994 após o retorno de sua coreógrafa e diretora artística da Inglaterra, onde viveu por 5 anos em Londres. Continuou sua carreira como bailarina profissional e terminou o Mestrado com distinção em Estudos da Dança e Coreografia pelo Laban Center for Movement and Dance (1991/2).

O espírito da Companhia é instigar através da cultura brasileira, suas raízes e influências e trabalhar convicções que envolvem o utilizar/desvendar fronteiras entre o erudito e o popular e, assim, criar um tráfego de subversão, estabelecendo um novo ambiente que vai impregnar o olhar contemporâneo e dimensões fundamentais da experiência humana. . Os bailarinos de formações distintas vindos de diferentes backgrounds da dança e culturas, resultam uma original combinação de força pessoal aliada a fisicalidade exigida. A companhia desde de sua formação, trabalha com a importante pintora brasileira Beatriz Milhazes e outros artistas envolvidos em diferentes linguagens.

Márcia Milhazes

Márcia Milhazes formou-se como bailarina clássica na Escola de Danças Clássicas do Theatro Municipal do Rio de Janeiro entre 1970 e 1979. Em 1985/7, fundou o Ballet Carioca, com a obra coreográfica “Dançando Villa-Lobos” – Estréia no Theatro Municipal do Rio de Janeiro no 32º Festival Internacional Villa-Lobos – Centenário do Maestro Villa-Lobos. Em l987, fez estréia Internacional em Pequim, China, onde excursionou por 05 cidades, além da Venezuela, França - Festival Internacional de Paris – Theatre du Champs Elisée.

Entre 1987 e 1993, viveu em Londres, continuando sua carreira de estudos em dança com importantes mestres, como:

Barre au Sol: em Paris foi aluna de Anne Lepord e fez cursos livres no Menagérie d’ vert., Centre de Danse du Marais. Em Nova York foi aluna no Jose Limon Dance Institut. E na Inglaterra, participou como bailarina independente em importantes obras de coreógrafos ingleses - David Massigham Contemporary Dance, Transitions Dance Company, The Rambert Ballet, ICA (Institut of Contemporary Arts- Londres).

Em 1992 conquista o título de mestra - título com distinção - em estudos da dança e coreografia pelo Laban Center for Movement and Dance, em Londres/Ingalterra. Bailarina de repertório clássico e moderno, foi bailarina de Lourdes Bastos, dançou com o Ballet Deuxième Siècle: Ballets Bolero e Romeu e Julieta. Em 1985/6 fundou o Ballet Carioca com o qual excursionou pela América Latina e Ásia. Em 1994 ganhou a bolsa RioArte, pela Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, pela monografia em obra coreográfica "Santa Cruz" e fundou a Márcia Milhazes Dança Contemporânea.

Prêmios Recebidos

Repertório da Companhia

Opera Lucia di Lammermooor

Ano: 2011

O Beijo

Ano: 2010

Mariposa

Ano: 2009

A Moça

Ano: 2009

Meu Prazer

Ano: 2008

“Meu Prazer” é mais uma tentativa de entender o que para um artista é difícil de explicar. São práticas de idéias que, acumuladas, vão se revelando na forma de um complexo labirinto do imaginário.

A cada tentativa o interesse aumenta em falar de pessoas. Almas que se observam e da observação a provocação do sentido, como uma mistura heterogênea de um sistema de cores.

Quatro pessoas se encontram no mesmo campo físico. Faz-se a trança de um corpo oculto, que através da contemplação de uns e de uma alucinada percepção de outros, vão se vestindo e despindo nas suas diferenças. Ondas de gestos, como um discurso do comportamento. Pessoas carregadas de uma arquitetura imaterial de sentido, onde flutuam no espaço do outro através do olhar, convocando a tentativa de existência. Assim, uma estória vai sendo decalcada a partir de experiências que cada intérprete testemunha.

A superposição e o cruzamento de imagens vão se revelando, se possível, na liberação da personalidade que um gera no outro, desenhando um trânsito simbólico de desejos múltiplos e de liberdade. Cartas de amor vão sendo escritas.

A artista plástica BEATRIZ MILHAZES cria através de quatro enormes plantas, um jardim suspenso e suculento de um imaginário poético, onde os interpretes irão desvendar suas cartas. A obra de Beatriz, sempre carregada de uma trama sensível e inquieta do sentido, vem mais uma vez, propor uma alucinada e vertiginosa viagem, dialogando assim, de forma profunda e instigante com as camadas de gestos, corpos e vidas em cena. Uma conversa com o olhar, gerando a entrada de múltiplas sensações. Paisagem que se sobrepõe aos da alma e um desejo de um prazer desconhecido.

O universo sonoro deseja lançar uma busca desses estados do indivíduo e da dramaturgia da obra como um todo. A música, também como um olhar, nunca utilizada como ponto de partida da escritura coreográfica ou como moldura da mesma, mas um retrato interno de cada indivíduo a serviço da exposição de momentos.Os sons da natureza vêm de novo falar de uma humanidade que eu busco nas minhas obras, nessa dança, nesses corpos – intérpretes inundados de experiências.

As descobertas sonoras de artistas queridos como HENRIQUE OSWALD, MARIA KALANIEMI, FRANCISCO MIGNONE, FRANCISCO ALVES, ERNESTO NAZARETH e anônimos, embrulham as minhas cartas de amor.

Meu Prazer

Direção Artística/Coreografia/Trilha Sonora (Colagem)/Concepção Artistic Direction/Choreography/Sound Track (Collage MARCIA MILHAZES Bailarinos Dancers AL CRISPPINN ANA AMÉLIA VIANNA FELIPE PADILHA ALINE ARAKAKI Cenário-Criação Set Designer BEATRIZ MILHAZES Luz-Criação/Coordenação de Palco Light Designer/Stage Manager GLAUCE MILHAZES Figurino Costumes Designer MARCIA MILHAZES Confecção do Figurino Costumes Confection CARMEM MATTOS Fotógrafo Fotographers FERNANDO LEMOS Aderecista Set Adorn SÉRGIO FARIA Assistentes Assistants EDMILSON MOURA JULIANA PITTA Gravação da Trilha Sonora Sound Track Record JAMIL CHEVITARESE Produção / Production MARCIA MILHAZES E GLAUCE MILHAZES

Mariposa

Ano: 2006

Tempo de Verão

Ano: 2004

A obra em questão partiu do meu fascínio por valsas, que falam da minha memória familiar e de algumas anotações literárias que escrevi numa longa viagem fora do Brasil.

Três pessoas, três céus, três aventuras de infindáveis variações sutis. Três observadores de zonas de sombra que forjam o próprio eu desconhecido – pássaros -.

Três corpos de imagens que propõe um labirinto e campo de instinto, enfileirando camadas de desenhos concêntricos – amantes -.

Gestos acumulados como territórios de desejos – silêncio - .

O olhar numa sucessiva narrativa de profunda emoção – solidão - .

Círculos em círculos, espirais e arabescos buscam a não premeditação, declaram uma pulsação, tentando essencialmente abraçar a natureza humana do trabalho – Paz e Amor – Cachoeira -.

Valsas trazem um desenho gramático onde tento construir uma saborosa ponte de contrastes e subversões do popular e erudito. Os sons da natureza, relatam um profundo estado de sentimento puro, onde meu filho Thomaz Camilo , me fez regressar.

A artista plástica Beatriz Milhazes, expoente da arte contemporânea no Brasil e exterior vem, com a sua sofisticada pintura, emoldurar mais essa obra da Companhia, onde sugere um fascinante mundo imaginário com seus alvos circulares de movimento constante , construindo um cenário que vai ao encontro do universo empírico das valsas.

Márcia Milhazes

Tempo de Verão

Direção Artística/Coreografia/Trilha Sonora (Colagem)/Concepção: Márcia Milhazes
Bailarinos: Al Crisppinn, Ana Amélia Vianna e Fernanda Pires
Cenário-Criação: Beatriz Milhazes
Luz-Criação/Coordenação de Palco: Glauce Milhazes
Figurino: Márcia Milhazes
Aderecista: Sérgio Faria
Assistente: Edmilson Moura
Gravação da Trilha Sonora: Jamil Chevitarese
Produção: Márcia Milhazes e Glauce Milhazes

Crianças

Ano: 2002

A História de um Soldado

Ano: 2001

Os Pássaros

Ano: 2000

Joaquim Maria

Ano: 2000

Última parte da trilogia inspirada nas obras de Machado de Assis: "Brás Cubas" e "Quincas Borba". Teve estréia em Lisboa / Portugal no ano de 2000, na Fundação Calouste Gulbenkian - Centro de Arte Moderna/Acarte.

Joaquim e Maria

Esta obra é fruto de uma trilogia inspirada no universo literário do importante escritor brasileiro do século XIX, Joaquim Maria MACHADO DE ASSIS (1839/1908), filho de pai escravo alforriado com mãe portuguesa da ilha de São Miguel dos Açores.

O trabalho tenta estabelecer um trânsito entre a interioridade e a exterioridade do ser, criando configurações a partir de ritmos que são concretizados através do gesto, gesto esse, que traduz momentos dinâmicos de vitalidade interna, de acréscimo ou declínio de forças, correspondendo a certos estados de ânimo. São memórias do indivíduo, onde o eu está em movimento constante.

A intenção de travar confissões indiretas entre dois personagens: um homem e uma mulher, que multifacetados em suas personalidades, vêm desenhar um espaço entre o imaginário e o real. A mulher de olhar romântico, de personalidade inquieta e realista, constrói uma ponte de ligação subterrânea entre a cumplicidade amorosa e seus desejos escondidos por um homem.

Este homem – morto -, dentro de muitos homens, que é reanimado por essa alma feminina, distinta, que é parte dos seus sentimentos mais íntimos e das suas próprias memória e vida. Os dois desenham juntos uma inquieta escritura lúdica de observações amorosas.

A trilha sonora vem a ser um particular mergulho na própria história, espelhando na miscigenação de raças que foi MACHADO DE ASSIS e é o povo brasileiro. Sendo assim, ela é fruto de uma investigação sobre a música ibérica, particularmente a portuguesa, desde a idade média aos sons mais puros e genuínos do cancioneiro popular português, que vem estabelecer bases da cultura tradicional brasileira encontradas em nossas festas e cidades do interior.

O cenário criado pela artista plástica Beatriz Milhazes, constrói uma ambiência onde vários fazeres artísticos se interpenetram.

Joaquim e Maria

Direção Artística/Coreografia/Trilha Sonora (Colagem)/Figurino/Concepção: Márcia Milhazes
Bailarinos: Al Crisppinn e Ana Amélia Vianna
Cenário-Criação: Beatriz Milhazes
Luz-Criação/Coordenação de Palco: Glauce Milhazes
Figurino-Confecção: Carmem Mattos / Nazare Oliveira
Aderecista: Sérgio Faria
Aderecista Assistente: Edmilson Moura
Fotografia: Jorge Gonçalves (Lisboa/Portugal)
Gravação da Trilha Sonora: Jamil Chevitarese
Assistente Geral: Dalton Ferreira
Produção: Glauce Milhazes

A Rosa e o Caju

Ano: 1998/9

Santa Cruz

Ano: 1995/6

She Loves Me, She Loves Me Not, I Love Her

Ano: 1994

Poème de L'enfant et sa Mère

Ano: 1994

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