Dulce Beltrão

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==Ligações Externas==
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[http://www.fafich.ufmg.br/his/historiaoral/index.php/por/Acervo-de-entrevistas/Historia-dos-Artistas-Mineiros-Danca/Dulce-Beltrao Núcleo de História Oral UFMG]
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[http://www.fafich.ufmg.br/his/historiaoral/index.php/por/Acervo-de-entrevistas/Historia-dos-Artistas-Mineiros-Danca/Dulce-Beltrao Núcleo de História Oral UFMG]. Acesso em outubro de 2011.

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Disponível em Site TV Alterosa


Tabela de conteúdo

Breve Histórico

Dulce Regina Beltrão é filha de Maria de Lourdes e Francisco Beltrão. Nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 29 de julho 1938.

Segundo Alvarenga1(2010), ao longo de sua carreira dedicou-se mais às danças de caráter e ao trabalho de coreógrafa, devido ao seu biótipo distante das características do balé clássico, o que dificultou sua apreensão da técnica, mas que, nunca a intimidou.


[...] eu era igual ao Klauss Vianna. Klauss falava que ele era anti-dança, 
e eu também.  Eu  era  em dedans [ rotação  interna dos membros inferiores ] eu 
pisava muito pra dentro, como meu pai, sabe? Tinha  pouquíssima  abertura, era 
muito alta, eu era a mais alta, por isso o meu partner era o Klauss, sempre. 
(BELTRÃO2, 2000 apud ALVARENGA, 2010)


Primeira mulher coreógrafa do Estado de Minas Gerais, considerada pelo crítico Luiz Gonzaga de Aguiar, no Diário de Minas, com a coreografia Otelo, em 1962.

Também, de acordo com Alvarenga (2010), é fundadora do Studio Anna Pavlova, juntamente com Sylvia Calvo, um dos mais completos cursos de ballet da cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, segundo o Jornal Estado de Minas (1970).

Atualmente ministra aulas semanais de ginástica e no curso de Teatro da Puc-Minas.





; NOTA:

1 Arnaldo Alvarenga formou-se em dança pelo Trans-Forma Centro de Dança Contemporânea de Belo Horizonte, e em Leitura Corporal com aprofundamento em Fisiognomonia, pelo Núcleo de Terapia Corporal de Belo Horizonte. Recebeu prêmios como bailarino, coreógrafo e roteirista do Minc-Inacem, bem como os Prêmios Klauss Vianna para Dança 2006 e 2009, da FUNARTE.

2 Dulce Beltrão – Entrevista cedida a Arnaldo Alvarenga, em 04/10/2000, disponível em www.fafich.ufmg.br/historiaoral/entrevistas.


Formação e Carreira

Dulce Beltrão2.jpg

Disponível em Blog Linda Ataka


Levada pela mãe, aos 10 anos de idade, foi aluna da primeira turma de Carlos Leite em Belo Horizonte, seu primeiro contato físico com a dança, embora já tivesse apreciado algumas apresentações das alunas de Natália Lessa nas matinês de domingo, em cines-teatro (ALVARENGA, 2010).


Com a instalação em Belo Horizonte da TV Itacolomi, Dulce tornou-se assistente de Carlos Leite, na função de coreógrafa, trabalhando nas montagens ao vivo e, posteriormente, assumindo o cargo, uma vez que Carlos Leite teve dificuldades em assumir a escola, o Ballet Minas Gerais e a televisão. Desta forma, segundo Alvarenga (2010), contribuiu para a difusão desse tipo de produção na cidade, e para a ampliação do mercado de trabalho para os profissionais de dança locais, nas montagens ou mesmo nos comerciais. Dulce Beltrão atuou como intérprete, tanto na televisão como no Ballet Minas Gerais, mas com o passar dos anos começou a investir mais no trabalho coreográfico.


Em busca de novas perspectivas para suas criações, Dulce abandona o Ballet Minas Gerais e passa a integrar o Balé Klauss Vianna. Segundo Alvarenga (2010), Klauss Vianna foi influência fundamental na formação artística de Dulce, uma vez que seu trabalho permeava a expressividade presente na dança, na música e no teatro, o que permitia um trânsito livre entre as linguagens, tornando-se assim fonte abundante e inspiradora do trabalho coreográfico de Dulce.


Dulce também ministrou aulas de balé clássico desde o início de sua carreira. Em 1967, inaugurou com Sylvia Calvo o Studio Anna Pavlova, para o qual Klauss Vianna foi convidado a dar aulas. A sociedade mantida por Sylvia e Dulce durou 23 anos, tendo fim, segundo Alvarenga (2010), em 1991.


Muitos nomes notáveis no cenário da dança atual se formaram e trabalharam no Studio, dentre eles Pedro e Rodrigo Pederneiras, Paula Bonome, Macau, Suzana Mafra, Lúcia Freitas, Graziela Rodrigues, Arnaldo Alvarenga, Vanessa Machado, dentre muitos outros. Sob influência de Klauss Vianna, também dedicou-se a dar aulas de expressão corporal para atores, além de fazer estudos na extensão universitária da UFMG (ALVARENGA, 2010).


Principais criações

Otelo (1962) - criação do pas de trois entre Otelo, Desdêmona e Yago, dançado respectivamente por Emill Dotti, Sylvia Bohmerwald e o próprio Carlos Leite.

Bolota Contra o Bruxo (1964) – peça infantil, sob a coordenação de Jonas Bloch. Sonhos de Theodoro (1965) – comédia musical de Gastão Tojeiro, dirigida por Carlos Xavier.

A Era do Rádio, Branca de Neve e os Sete Anões, e Mulheres de Holanda – preparação corporal dessas peças teatrais.

Solidão, Solo para Quatro (2010) - performance apresentada no Festival 1,2 na Dança. (Concepção e Direção: Dulce Beltrão/Texto Florbela Espanca/Interpretação de Texto: Eda Costa/Música: Gustav Mahler/Técnico: Vinícius Diniz)


(ALVARENGA, 2010)


Referências Bibliográficas

ALVARENGA, Arnaldo. Dulce Beltrão, o sentimento em dança. Memória da Dança no Brasil. Belo Horizonte: Instituto Cidades Criativas, 2010. (Personalidades da Dança em Minas Gerais, 5).


Ver também

Vídeo Dulce Beltrão 1,2 na Dança


Ligações Externas

Núcleo de História Oral UFMG. Acesso em outubro de 2011.

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