Festival Interartes
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O Festival Interartes foi uma mostra de artes de vanguarda internacional realizada no Parque Nacional Serra da Capivara, cidade de São Raimundo Nonato - Piauí entre 2003 e 2004. Uma das maiores ações culturais realizadas no Piauí, em apenas duas edições, o Interartes reuniu mais de 7.000 espectadores em uma programação variada, de conteúdos estéticos e linguagens contrastantes , com artistas de diversas partes do mundo. O evento cruzava música regional, erudita, dança, circo e mímica, num palco em pela Pedra Furada, uma das paisagens-símbolo do Parque Nacional Serra da Capivara, em plena caatinga piauiense. | O Festival Interartes foi uma mostra de artes de vanguarda internacional realizada no Parque Nacional Serra da Capivara, cidade de São Raimundo Nonato - Piauí entre 2003 e 2004. Uma das maiores ações culturais realizadas no Piauí, em apenas duas edições, o Interartes reuniu mais de 7.000 espectadores em uma programação variada, de conteúdos estéticos e linguagens contrastantes , com artistas de diversas partes do mundo. O evento cruzava música regional, erudita, dança, circo e mímica, num palco em pela Pedra Furada, uma das paisagens-símbolo do Parque Nacional Serra da Capivara, em plena caatinga piauiense. | ||
- | O Festival Interartes foi idealizado e coordenado pela coreógrafa piauiense Lina do Carmo, atendendo ao convite da arqueóloga Dra. Niéde Guindon, na época, diretora presidente da FUMDHAM e além das apresentações artísticas contou com oficinas, workshops e debates com pesquisadores de diferentes áreas num conjunto de ações transdisciplinares. | + | O Festival Interartes foi idealizado e coordenado pela coreógrafa piauiense [[Lina do Carmo]], atendendo ao convite da arqueóloga Dra. Niéde Guindon, na época, diretora presidente da FUMDHAM e além das apresentações artísticas contou com oficinas, workshops e debates com pesquisadores de diferentes áreas num conjunto de ações transdisciplinares. |
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- | A idéia deste Festival nasceu do convite da arqueóloga Dra. Niède Guidon à coreógrafa Lina do Carmo para apresentar no Anfiteatro Pedra Furada (agosto de 2000) o seu solo-dança “CAPIVARA”, já aplaudido em inúmeros festivais na Europa e no Brasil. O encontro no local da pesquisa coreográfica da artista piauiense foi um sucesso absoluto . O encontro foi, também o marco inicial da Comemoração dos 500 anos do Brasil, com a presença do então Presidente da República, Sr. Fernando Henrique Cardoso, em novembro de 1999. O resultado deste primeiro evento que tocou no entusiasmo das comunidades da região, crianças, jovens dos Centros de Educação Ambiental e visitantes, formando uma platéia em torno de 700 espectadores, proporcionou a criação de condições básicas para exibição do produto teatral, o espetáculo, sendo fundado um ponto de luz permanente. | + | A idéia deste Festival nasceu do convite da arqueóloga Dra. Niède Guidon à coreógrafa [[Lina do Carmo]] para apresentar no Anfiteatro Pedra Furada (agosto de 2000) o seu solo-dança “CAPIVARA”, já aplaudido em inúmeros festivais na Europa e no Brasil. O encontro no local da pesquisa coreográfica da artista piauiense foi um sucesso absoluto . O encontro foi, também o marco inicial da Comemoração dos 500 anos do Brasil, com a presença do então Presidente da República, Sr. Fernando Henrique Cardoso, em novembro de 1999. O resultado deste primeiro evento que tocou no entusiasmo das comunidades da região, crianças, jovens dos Centros de Educação Ambiental e visitantes, formando uma platéia em torno de 700 espectadores, proporcionou a criação de condições básicas para exibição do produto teatral, o espetáculo, sendo fundado um ponto de luz permanente. |
- | O idealismo prático de Niède Guidon e Lina do Carmo e, o entusiasmo participativo da comunidade local, tornou possível a mobilização no sentido de proporcionar outras ações que pudessem reunir naquele espaço da Pedra Furada, comunidade, natureza e arte. Conceitualmente o Interartes era uma ação cultural deslocada dos eixos mercadologicos, e que se fazia a partir de uma interação com o entorno, isto é, respeitando-se a integridade do ambiente do Parque Nacional e dando oportunidade para novas frentes culturais, incluíndo manifestações, artesanato e atividades desenvolvidas pela comunidade e que já existiam na cidade. Dessa forma o Festival se propunha como uma espécie de "evento eco-arte" fora dos padrões e circuitos consolidados no Brasil. Lançado os eixos norteadores Lina do Carmo partiu para a concepção de um festival internacional de artes. | + | O idealismo prático de [[Niède Guidon]] e [[Lina do Carmo]] e, o entusiasmo participativo da comunidade local, tornou possível a mobilização no sentido de proporcionar outras ações que pudessem reunir naquele espaço da Pedra Furada, comunidade, natureza e arte. Conceitualmente o Interartes era uma ação cultural deslocada dos eixos mercadologicos, e que se fazia a partir de uma interação com o entorno, isto é, respeitando-se a integridade do ambiente do Parque Nacional e dando oportunidade para novas frentes culturais, incluíndo manifestações, artesanato e atividades desenvolvidas pela comunidade e que já existiam na cidade. Dessa forma o Festival se propunha como uma espécie de "evento eco-arte" fora dos padrões e circuitos consolidados no Brasil. Lançado os eixos norteadores [[Lina do Carmo]] partiu para a concepção de um festival internacional de artes. |
O objetivo do evento era promover a expressão da identidade cultural do Parque Nacional Serra da Capivara para o mundo, inspirando a proteção desse ambiente natural e cultural, promovendo ao mesmo tempo a integração social entre as populações simples dos arredores do parque com os diversos visitantes do Brasil e do mundo. O que existiu foi a utilização espacial e temporal desta região inquietante, onde esbarramos com vestígios imemoriais da origem do homem. No meio do sertão se inseriu ao ambiente visual da natureza pré-histórica o caráter performático artístico contemporâneo (acústico e visual). | O objetivo do evento era promover a expressão da identidade cultural do Parque Nacional Serra da Capivara para o mundo, inspirando a proteção desse ambiente natural e cultural, promovendo ao mesmo tempo a integração social entre as populações simples dos arredores do parque com os diversos visitantes do Brasil e do mundo. O que existiu foi a utilização espacial e temporal desta região inquietante, onde esbarramos com vestígios imemoriais da origem do homem. No meio do sertão se inseriu ao ambiente visual da natureza pré-histórica o caráter performático artístico contemporâneo (acústico e visual). | ||
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- | Lina do Carmo, bailarina e diretora artística do festival, propôs uma primeira programação pensada para o público local do sertão, isolado e excluído do circuito cultural, logo, cruzou manifestações de contextos distintos como os índios Krahó, do Tocantins com espetáculos de dança, como Coreografia para Ouvir, do Quasar. Fizeram parte da programação ainda Lubie, Réflexions Manuelles, da Cia. Les Rémouleurs (França), Olé, Visual Flamenco Comedy, de Paul Marocco (Inglaterra), e os artistas da música como Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto, do Cariri, e os Sanfoneiros de Teresina. | + | [[Lina do Carmo]], bailarina e diretora artística do festival, propôs uma primeira programação pensada para o público local do sertão, isolado e excluído do circuito cultural, logo, cruzou manifestações de contextos distintos como os índios Krahó, do Tocantins com espetáculos de dança, como Coreografia para Ouvir, do Quasar. Fizeram parte da programação ainda Lubie, Réflexions Manuelles, da Cia. Les Rémouleurs (França), Olé, Visual Flamenco Comedy, de Paul Marocco (Inglaterra), e os artistas da música como Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto, do Cariri, e os Sanfoneiros de Teresina. |
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- | http://www.linadocarmo.de | + | |
+ | [http://www.idanca.net idanca.net] | ||
- | + | [http://www.acessepiaui.com Acesse Piauí] | |
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- | + | [http://www.ccom.pi.gov.br Governo do Estado do Piauí] |
Edição atual tal como 21h19min de 20 de abril de 2012
Breve Histórico
O Festival Interartes foi uma mostra de artes de vanguarda internacional realizada no Parque Nacional Serra da Capivara, cidade de São Raimundo Nonato - Piauí entre 2003 e 2004. Uma das maiores ações culturais realizadas no Piauí, em apenas duas edições, o Interartes reuniu mais de 7.000 espectadores em uma programação variada, de conteúdos estéticos e linguagens contrastantes , com artistas de diversas partes do mundo. O evento cruzava música regional, erudita, dança, circo e mímica, num palco em pela Pedra Furada, uma das paisagens-símbolo do Parque Nacional Serra da Capivara, em plena caatinga piauiense.
O Festival Interartes foi idealizado e coordenado pela coreógrafa piauiense Lina do Carmo, atendendo ao convite da arqueóloga Dra. Niéde Guindon, na época, diretora presidente da FUMDHAM e além das apresentações artísticas contou com oficinas, workshops e debates com pesquisadores de diferentes áreas num conjunto de ações transdisciplinares.
(verbete em construção)
Trajetória
A idéia deste Festival nasceu do convite da arqueóloga Dra. Niède Guidon à coreógrafa Lina do Carmo para apresentar no Anfiteatro Pedra Furada (agosto de 2000) o seu solo-dança “CAPIVARA”, já aplaudido em inúmeros festivais na Europa e no Brasil. O encontro no local da pesquisa coreográfica da artista piauiense foi um sucesso absoluto . O encontro foi, também o marco inicial da Comemoração dos 500 anos do Brasil, com a presença do então Presidente da República, Sr. Fernando Henrique Cardoso, em novembro de 1999. O resultado deste primeiro evento que tocou no entusiasmo das comunidades da região, crianças, jovens dos Centros de Educação Ambiental e visitantes, formando uma platéia em torno de 700 espectadores, proporcionou a criação de condições básicas para exibição do produto teatral, o espetáculo, sendo fundado um ponto de luz permanente.
O idealismo prático de Niède Guidon e Lina do Carmo e, o entusiasmo participativo da comunidade local, tornou possível a mobilização no sentido de proporcionar outras ações que pudessem reunir naquele espaço da Pedra Furada, comunidade, natureza e arte. Conceitualmente o Interartes era uma ação cultural deslocada dos eixos mercadologicos, e que se fazia a partir de uma interação com o entorno, isto é, respeitando-se a integridade do ambiente do Parque Nacional e dando oportunidade para novas frentes culturais, incluíndo manifestações, artesanato e atividades desenvolvidas pela comunidade e que já existiam na cidade. Dessa forma o Festival se propunha como uma espécie de "evento eco-arte" fora dos padrões e circuitos consolidados no Brasil. Lançado os eixos norteadores Lina do Carmo partiu para a concepção de um festival internacional de artes.
O objetivo do evento era promover a expressão da identidade cultural do Parque Nacional Serra da Capivara para o mundo, inspirando a proteção desse ambiente natural e cultural, promovendo ao mesmo tempo a integração social entre as populações simples dos arredores do parque com os diversos visitantes do Brasil e do mundo. O que existiu foi a utilização espacial e temporal desta região inquietante, onde esbarramos com vestígios imemoriais da origem do homem. No meio do sertão se inseriu ao ambiente visual da natureza pré-histórica o caráter performático artístico contemporâneo (acústico e visual).
O Projeto foi , na época, abraçado pelo Governo do Estado e reuniu em parceira a PIEMTUR- Empresa de Turismo do PIauí, a Fundação Culturak do PIauí - FUNDAC, junto com a Fundação Museu do Homem Americano- FUNDHAM. O Festival alavancou a região em várias frentes economicamente através do turismo, movimentou o cenário artístico local com espetáculos da área do teatro, circo e dança que nunca haviam visitado o Piauí, além de oficinas interdisciplinares e Conferências arte e ciência.
Lina do Carmo, bailarina e diretora artística do festival, propôs uma primeira programação pensada para o público local do sertão, isolado e excluído do circuito cultural, logo, cruzou manifestações de contextos distintos como os índios Krahó, do Tocantins com espetáculos de dança, como Coreografia para Ouvir, do Quasar. Fizeram parte da programação ainda Lubie, Réflexions Manuelles, da Cia. Les Rémouleurs (França), Olé, Visual Flamenco Comedy, de Paul Marocco (Inglaterra), e os artistas da música como Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto, do Cariri, e os Sanfoneiros de Teresina.
Referências
Sites: