Dança ArtÃstica em Cadeira de Rodas
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Edição de 11h54min de 4 de junho de 2013
Antigamente não se pensava que pessoas com deficiências pudessem dançar. Essas pessoas estavam à margem da sociedade, eram excluÃdas ou sua deficiência era encarada como forma de entretenimento, uma vez que não se conhecia a deficiência de forma biológica. (TEIXEIRA, 2011)
Não é possÃvel colocar uma data no surgimento da dança com deficientes, em especial a dança em cadeira de rodas. Acredita-se que tenha surgido em decorrência dos movimentos históricos tanto da dança moderna quanto das pessoas deficientes, que passaram a possuir um maior conhecimento sobre seu próprio corpo.
A dança artÃstica em cadeira de rodas tem seus primeiros vestÃgios na forma de terapia, na busca de autoconfiança e autoestima, a fim de atingir uma forma de reabilitação. A Dança moderna foi de grande importância para o desenvolvimento da dança em cadeira de rodas, pois quebrou o conceito de unicidade de movimento e passou a instigar no bailarino uma proposta criativa.
Em geral, a dança envolvendo corpos deficientes aparece de forma marcante em meados das décadas de 60 e 70, onde a dança começa a aparecer de forma profissional, como em campeonatos de dança de salão com cadeirantes, por exemplo. (TEIXEIRA, 2011)
A prática de Dança ArtÃstica em Cadeira de Rodas tem crescido muito durante os anos, no Brasil e pelo mundo. De forma que, apesar de muitas vezes as pessoas com deficiências serem excluÃdas socialmente, por trazerem a marca da diferença, muito já se fez para que essa realidade seja mudada. Para se chegar a situação atual, houve esforços de muitas pessoas e áreas do conhecimento propiciando um avanço no conhecimento sobre deficiências, o reconhecimento dos direitos humanos, mudanças sócio-polÃticas em diferentes paÃses. Desta forma, muitas companhias, como a Companhia Rodas no Salão, por exemplo, utilizam a dança como uma poderosa ferramenta de inclusão social.
A Dança ArtÃstica em Cadeira de Rodas não se trata de regras, normas ou ritmos especÃficos, como é visto na Dança Esportiva em Cadeira de Rodas, a dança artÃstica é livre, deixando os dançarinos e coreógrafos a vontade para criarem e executarem movimentos que explorem o máximo que o corpo possibilitar, nos mais variados espaços cênicos.
O desafio desta dança é reconhecer a pessoa com deficiência como um todo e com capacidades diferenciadas, valorizando sempre as possibilidades que seu corpo apresenta. Pois ao valorizar os aspectos da pessoa como um corpo que dança, é possÃvel vislumbrar outras formas de criação, abrindo oportunidades para o desenvolvimento de novas possibilidades de dança.
Uma vez que os bailarinos deficientes se deparam com a cena cada vez mais ligada as eficiências dançantes, seus fazeres são vistos como ações extraordinárias de movimentos, como por exemplo, o corpo de um cadeirante que possui muita força em seu tronco e braços. Este corpo ao realizar uma parada de mão, ou subir em sua cadeira rapidamente, gera em quem assiste uma supervalorização do desempenho do artista, porém nada mais é que particulares de corpos com múltiplas possibilidades. (TEIXEIRA, 2011)
Hoje, no Brasil e no mundo, existem vários grupos, companhias e associações voltadas a capacitação de dançarinos com deficiência (nas mais variadas especificidades da deficiência) na arte da dança amadora e/ou profissional. O Cenário da Dança no Brasil já acolheu essa expressão artÃstica, a ponto de vários festivais de dança ampliarem-se com a abertura de espaços para mostra desta arte. Além de festivais que trazem não só a dança em cadeira de rodas, mas a deficiência em si, como tema principal.
Referências
CBDCR. História Factual da Dança ArtÃstica em Cadeira de Rodas. DisponÃvel em: < http://www.cbdcr.org.br/cbdcr/danca-artistica> Acesso em: 15 mai. 2013.
CRS. Dança artÃstica. DisponÃvel em: < http://www.rodasnosalao.com.br/pag2_dartistica.htm> Acesso em: 15 mai. 2013.
TEIXEIRA, C. Deficiência em cena. 1° edição. João Pessoa: Ideia, 2011.