Márcia Milhazes Dança Contemporânea

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Edição feita às 16h48min de 7 de outubro de 2011 por Marinamagalhaes (disc<pipe-separator>contribs)
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Tempo de Verão

Tabela de conteúdo

A Companhia

Companhia independente Márcia Milhazes Dança Contemporânea, residente no Rio de Janeiro, foi formada em 1994 após o retorno de sua coreógrafa e diretora artística da Inglaterra, onde viveu por 5 anos em Londres. Continuou sua carreira como bailarina profissional e terminou o Mestrado com distinção em Estudos da Dança e Coreografia pelo Laban Center for Movement and Dance (1991/2).

O espírito da Companhia é instigar através da cultura brasileira, suas raízes e influências e trabalhar convicções que envolvem o utilizar/desvendar fronteiras entre o erudito e o popular e, assim, criar um tráfego de subversão, estabelecendo um novo ambiente que vai impregnar o olhar contemporâneo e dimensões fundamentais da experiência humana. . Os bailarinos de formações distintas vindos de diferentes backgrounds da dança e culturas, resultam uma original combinação de força pessoal aliada a fisicalidade exigida. A companhia desde de sua formação, trabalha com a importante pintora brasileira Beatriz Milhazes e outros artistas envolvidos em diferentes linguagens.

Meu Prazer

Márcia Milhazes

Márcia Milhazes formou-se como bailarina clássica na Escola de Danças Clássicas do Theatro Municipal do Rio de Janeiro entre 1970 e 1979. Em 1985/7, fundou o Ballet Carioca, com a obra coreográfica “Dançando Villa-Lobos” – Estréia no Theatro Municipal do Rio de Janeiro no 32º Festival Internacional Villa-Lobos – Centenário do Maestro Villa-Lobos. Em l987, fez estréia Internacional em Pequim, China, onde excursionou por 05 cidades, além da Venezuela, França - Festival Internacional de Paris – Theatre du Champs Elisée.

Entre 1987 e 1993, viveu em Londres, continuando sua carreira de estudos em dança com importantes mestres, como:

Barre au Sol: em Paris foi aluna de Anne Lepord e fez cursos livres no Menagérie d’ vert., Centre de Danse du Marais. Em Nova York foi aluna no Jose Limon Dance Institut. E na Inglaterra, participou como bailarina independente em importantes obras de coreógrafos ingleses - David Massigham Contemporary Dance, Transitions Dance Company, The Rambert Ballet, ICA (Institut of Contemporary Arts- Londres).

Em 1992 conquista o título de mestra - título com distinção - em estudos da dança e coreografia pelo Laban Center for Movement and Dance, em Londres/Ingalterra. Bailarina de repertório clássico e moderno, foi bailarina de Lourdes Bastos, dançou com o Ballet Deuxième Siècle: Ballets Bolero e Romeu e Julieta. Em 1985/6 fundou o Ballet Carioca com o qual excursionou pela América Latina e Ásia. Em 1994 ganhou a bolsa RioArte, pela Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, pela monografia em obra coreográfica "Santa Cruz" e fundou a Márcia Milhazes Dança Contemporânea.

Repertório da Companhia

Opera Lucia di Lammermoor

Ano: 2011

O Beijo

Ano: 2010

Mariposa

Ano: 2009

A Moça

Ano: 2009

Meu Prazer

Ano: 2008

“Meu Prazer” é mais uma tentativa de entender o que para um artista é difícil de explicar. São práticas de idéias que, acumuladas, vão se revelando na forma de um complexo labirinto do imaginário.

A cada tentativa o interesse aumenta em falar de pessoas. Almas que se observam e da observação a provocação do sentido, como uma mistura heterogênea de um sistema de cores.

Quatro pessoas se encontram no mesmo campo físico. Faz-se a trança de um corpo oculto, que através da contemplação de uns e de uma alucinada percepção de outros, vão se vestindo e despindo nas suas diferenças. Ondas de gestos, como um discurso do comportamento. Pessoas carregadas de uma arquitetura imaterial de sentido, onde flutuam no espaço do outro através do olhar, convocando a tentativa de existência. Assim, uma estória vai sendo decalcada a partir de experiências que cada intérprete testemunha.

A superposição e o cruzamento de imagens vão se revelando, se possível, na liberação da personalidade que um gera no outro, desenhando um trânsito simbólico de desejos múltiplos e de liberdade. Cartas de amor vão sendo escritas.

A artista plástica BEATRIZ MILHAZES cria através de quatro enormes plantas, um jardim suspenso e suculento de um imaginário poético, onde os interpretes irão desvendar suas cartas. A obra de Beatriz, sempre carregada de uma trama sensível e inquieta do sentido, vem mais uma vez, propor uma alucinada e vertiginosa viagem, dialogando assim, de forma profunda e instigante com as camadas de gestos, corpos e vidas em cena. Uma conversa com o olhar, gerando a entrada de múltiplas sensações. Paisagem que se sobrepõe aos da alma e um desejo de um prazer desconhecido.

O universo sonoro deseja lançar uma busca desses estados do indivíduo e da dramaturgia da obra como um todo. A música, também como um olhar, nunca utilizada como ponto de partida da escritura coreográfica ou como moldura da mesma, mas um retrato interno de cada indivíduo a serviço da exposição de momentos.Os sons da natureza vêm de novo falar de uma humanidade que eu busco nas minhas obras, nessa dança, nesses corpos – intérpretes inundados de experiências.

As descobertas sonoras de artistas queridos como HENRIQUE OSWALD, MARIA KALANIEMI, FRANCISCO MIGNONE, FRANCISCO ALVES, ERNESTO NAZARETH e anônimos, embrulham as minhas cartas de amor.

Meu Prazer

Direção Artística/Coreografia/Trilha Sonora (Colagem)/Concepção: Márcia Milhazes
Bailarinos: Al Crisppinn, Ana Amélia Vianna, Felipe Padilha, Aline Arakari
Cenário-Criação: Beatriz Milhazes
Luz-Criação/Coordenação de Palco: Glauce Milhazes
Figurino: Márcia Milhazes
Confecção do Figurino: Carmem Mattos
Fotógrafo: Fernando Lemos
Aderecista: Sérgio Faria
Assistentes: Edmilson Moura, Juliana Pitta
Gravação da Trilha Sonora: Jamil Chevitarese
Produção: Márcia Milhazes e Glauce Milhazes

Mariposa

Ano: 2006

Tempo de Verão

Ano: 2004

A obra em questão partiu do meu fascínio por valsas, que falam da minha memória familiar e de algumas anotações literárias que escrevi numa longa viagem fora do Brasil.

Três pessoas, três céus, três aventuras de infindáveis variações sutis. Três observadores de zonas de sombra que forjam o próprio eu desconhecido – pássaros -.

Três corpos de imagens que propõe um labirinto e campo de instinto, enfileirando camadas de desenhos concêntricos – amantes -.

Gestos acumulados como territórios de desejos – silêncio - .

O olhar numa sucessiva narrativa de profunda emoção – solidão - .

Círculos em círculos, espirais e arabescos buscam a não premeditação, declaram uma pulsação, tentando essencialmente abraçar a natureza humana do trabalho – Paz e Amor – Cachoeira -.

Valsas trazem um desenho gramático onde tento construir uma saborosa ponte de contrastes e subversões do popular e erudito. Os sons da natureza, relatam um profundo estado de sentimento puro, onde meu filho Thomaz Camilo , me fez regressar.

A artista plástica Beatriz Milhazes, expoente da arte contemporânea no Brasil e exterior vem, com a sua sofisticada pintura, emoldurar mais essa obra da Companhia, onde sugere um fascinante mundo imaginário com seus alvos circulares de movimento constante , construindo um cenário que vai ao encontro do universo empírico das valsas.

Márcia Milhazes

Tempo de Verão

Direção Artística/Coreografia/Trilha Sonora (Colagem)/Concepção: Márcia Milhazes
Bailarinos: Al Crisppinn, Ana Amélia Vianna e Fernanda Pires
Cenário-Criação: Beatriz Milhazes
Luz-Criação/Coordenação de Palco: Glauce Milhazes
Figurino: Márcia Milhazes
Aderecista: Sérgio Faria
Assistente: Edmilson Moura
Gravação da Trilha Sonora: Jamil Chevitarese
Produção: Márcia Milhazes e Glauce Milhazes

Crianças

Ano: 2002

A História de um Soldado

Ano: 2001

Os Pássaros

Ano: 2000

Joaquim Maria

Ano: 2000

Última parte da trilogia inspirada nas obras de Machado de Assis: "Brás Cubas" e "Quincas Borba". Teve estréia em Lisboa / Portugal no ano de 2000, na Fundação Calouste Gulbenkian - Centro de Arte Moderna/Acarte.

Joaquim Maria

Esta obra é fruto de uma trilogia inspirada no universo literário do importante escritor brasileiro do século XIX, Joaquim Maria MACHADO DE ASSIS (1839/1908), filho de pai escravo alforriado com mãe portuguesa da ilha de São Miguel dos Açores.

O trabalho tenta estabelecer um trânsito entre a interioridade e a exterioridade do ser, criando configurações a partir de ritmos que são concretizados através do gesto, gesto esse, que traduz momentos dinâmicos de vitalidade interna, de acréscimo ou declínio de forças, correspondendo a certos estados de ânimo. São memórias do indivíduo, onde o eu está em movimento constante.

A intenção de travar confissões indiretas entre dois personagens: um homem e uma mulher, que multifacetados em suas personalidades, vêm desenhar um espaço entre o imaginário e o real. A mulher de olhar romântico, de personalidade inquieta e realista, constrói uma ponte de ligação subterrânea entre a cumplicidade amorosa e seus desejos escondidos por um homem.

Este homem – morto -, dentro de muitos homens, que é reanimado por essa alma feminina, distinta, que é parte dos seus sentimentos mais íntimos e das suas próprias memória e vida. Os dois desenham juntos uma inquieta escritura lúdica de observações amorosas.

A trilha sonora vem a ser um particular mergulho na própria história, espelhando na miscigenação de raças que foi MACHADO DE ASSIS e é o povo brasileiro. Sendo assim, ela é fruto de uma investigação sobre a música ibérica, particularmente a portuguesa, desde a idade média aos sons mais puros e genuínos do cancioneiro popular português, que vem estabelecer bases da cultura tradicional brasileira encontradas em nossas festas e cidades do interior.

O cenário criado pela artista plástica Beatriz Milhazes, constrói uma ambiência onde vários fazeres artísticos se interpenetram.

Joaquim Maria

Direção Artística/Coreografia/Trilha Sonora (Colagem)/Figurino/Concepção: Márcia Milhazes
Bailarinos: Al Crisppinn e Ana Amélia Vianna
Cenário-Criação: Beatriz Milhazes
Luz-Criação/Coordenação de Palco: Glauce Milhazes
Figurino-Confecção: Carmem Mattos / Nazare Oliveira
Aderecista: Sérgio Faria
Aderecista Assistente: Edmilson Moura
Fotografia: Jorge Gonçalves (Lisboa/Portugal)
Gravação da Trilha Sonora: Jamil Chevitarese
Assistente Geral: Dalton Ferreira
Produção: Glauce Milhazes

A Rosa e o Caju

Ano: 1998/9

Santa Cruz

Ano: 1995/6

She Loves Me, She Loves Me Not, I Love Her

Ano: 1994

Poème de L'enfant et sa Mère

Ano: 1994

Prêmios Recebidos

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