Terpsí Teatro de Dança

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Edição feita às 22h16min de 15 de novembro de 2011 por Paolavasconcelos (disc | contribs)
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Tabela de conteúdo

História

Terpsí Teatro de Dança é uma companhia de Dança Contemporânea, de Porto Alegre/RS/Brasil, criada em 1987 pela união de alguns artistas gaúchos. Sua trajetória tem sido dedicada à pesquisa de uma linguagem, que resgata as experiências humanas e rompe a barreira que separa os intérpretes da obra, pois eles são a obra. Tendo, seus processos e resultados identificados muitas vezes como dança teatral. Desde sua criação Carlota Albuquerque é a coreografa residente e a diretora da companhia, o trabalho técnico desenvolvido pelos bailarinos é baseado em aulas de dança contemporânea, pilates e alongamento.
Através de sua pesquisa em “Teatro de Dança”, como traz em seu nome, vem tecendo processos artísticos e articulações com diferentes áreas através de colaborações que são fundamentais para suas experimentações, processos e possíveis resultados. Nos seus 24 anos de trabalho bem caracterizado em sua maturidade cênica e profissionalismo, está sempre em fase de reinvenção e reconstrução. Pois os diálogos estabelecidos embasam sempre novos discursos incorporados pela Cia, o que a faz sempre jovem não se fixando a um resultado cênico. Mas sim, sempre na busca de muitas e atuais referências que podem ser observadas através da subjetividade em cena. Ao longo de sua trajetória, acumulou prêmios e reconhecimentos, sendo considerada pela crítica especializada do centro do país como “uma renovadora da dança brasileira”.
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Foto de Ditos e Malditos de Claudio Etges
Foi uma das duas companhias a representar o Brasil no Carlton Dance Festival em 1990, ao lado de companhias como Nikolais and Murrais Louis e Tanztheater Wuppertal de Pina Bausch. Entre os diversos prêmios recebidos ao longo de duas décadas, destaca-se o Prêmio Estímulo de Teatro e Dança concedido pelo Ministério da Cultura – Funarte/IBAC (Instituto Brasileiro de Arte e Cultura). A convite, se apresentou no festival Danza Libre (Uruguai). Em 1996, foi a única companhia de dança a representar sua cidade de origem no I Porto Alegre em Buenos Aires (Argentina) a convite da Secretaria Municipal de Cultura e Secretaria de Cultura de la Nacion (Argentina). Participou do 1ª, 3ª, 6ª, 9ª, 10ª e 16ª edições do Porto Alegre em Cena (Brasil). Foi o único grupo representante de dança a participar do Projeto PETROBRAS – Um diálogo entre Sul e Norte - As Artes Cênicas Aproximando o Brasil (Manaus, Belém, São Luiz, Fortaleza em 2002). Integrou o Circuito Brasil Telecom Dança (Brasil) na 1ª, 2ª e 3ª edições. Apresentou-se no Rio de Janeiro em “O Globo em Movimento” ao lado da Cia. canadense O Vertigo. Participou do I Fórum Social Mundial (2000) e da I USINA BRASILTELECOM DANÇAS (2001). Em 2000 realizou o espetáculo “O Banho” no Cais do Porto de Porto alegre com patrocínio Brasil Telecon.


Em 2006, em associação com o diretor teatral Décio Antunes (Produção e Realização: Jogo de Cena/Dramaturgia e Direção: Décio Antunes), apresentou o espetáculo Mulheres Insones, vencedor em diversas categorias do Prêmio Quero-Quero (SATED-RS e Assembléia Legislativa - RS) e Prêmio Açorianos de Dança (Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre), sendo que em ambos foi eleito o Melhor Espetáculo de Dança de 2006.
No ano comemorativo de seus 20 anos, a Terpsí Teatro de Dança realizou, em Porto Alegre, o Projeto Proteínas Terpsí, de abril a julho de 2007. Esse projeto recebeu do Ministério da Cultura, por meio da Fundação Nacional de Arte (Funarte), o Prêmio Klauss Vianna, que tem viabilizado a produção de diversos projetos em Dança no Brasil. Também recebeu apoio cultural do projeto Usina das Artes do Centro Cultural Usina do Gasômetro, Secretaria de Cultura da Prefeitura Municipal de Porto Alegre e Museu do Trabalho. No ano de 2008, desenvolveu o Projeto PTerPsí Pum PBrinPcanPte Pno PMuPseu, financiado pelo Fumproarte com o especial objetivo de inaugurar o CEC Terpsí (Centro de Estudos Coreográficos Terpsí), estabelecendo uma parceria com o Teatro do Museu do Trabalho distribuindo 50 bolsas integrais de formação em dança para sociedade.
Em 2008 recebeu novamente o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna que possibilitou a montagem do Espetáculo “Ditos e Malditos: Desejos da Clausura” no ano de 2009. Foi novamente contemplada com este prêmio no ano de 2010 possibilitando que um novo espetáculo seja criado e produzido no ano de 2011.
O reconhecido trabalho da Terpsí através do trabalho de sua diretora e coreógrafa Carlota Albuquerque, foi destaque e obteve reconhecimento no ano de 2010 quando Carlota foi agraciada na 16ª Edição da Ordem do Mérito Cultural em cerimônia no Theatro Municipal do Rio de Janeiro promovida pelo Ministério da Cultura.

Atualmente conta com o Projeto “Terpsí em Obra(s)” para manutenção de grupo recebido através do 1º Prêmio de Fomento ao Trabalho Continuado em Artes Cênicas de Porto Alegre. Conta com o apoio do Museu do Trabalho onde é residente e dá continuidade ao projetos do CEC - Centro de Estudos Coreográficos Terpsí.
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Instalação coreográfica: Casa das Especiarias 2011.


Obras

As quatro estações, 1987
As três parcas, 1988
Quem é?, 1989

“Quem é? dá um quadro específico, particular de uma realidade, de uma pesquisa. Eu acho que cada cena, cada quadro, trabalha com múltiplas coisas, é bem a face da modernidade”. Marcos Bragato (Crítico de Dança e Curador do Cento Cultural São Paulo)
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Foto de Claudio Etges
Lautrec... fin de siécle, 1993

“A mais criativa surpresa de 93 aconteceu com o teatro dançado: Lautrec…fin de siècle. Com ela o Terpsí – Teatro de Dança, sob direção de Carlota Albuquerque, fez um belo e surpreendente trabalho gestual-coreográfico em torno da belle époque. Pleno de liberdade pós-moderna, sugestão visual e renovação da linguagem cênica. Umas estampas dinâmicas e evocativas, inspiradas e mágicas. Projetou o nome de Carlota Albuquerque como talentosa dublê de encenadora e coreógrafa”.Cláudio Heeman (Crítico Teatral – Jornal das Artes Cênicas, RJ)
Orlando´s, 1996

Escape a dança dos loucos, 1998
A família do Bebê, 1999

Sinopse: O espetáculo A Família do Bebê, da Cia. Terpsí Teatro de dança foi criado para o público infantil. Com um sutil percurso do ventre ao ambiente familiar, Carlota Albuquerque conduziu sua coreografia a um ambiente lúdico e fantástico, onde emergem seres da fauna brasileira e objetos reciclados. O cenário, criado por Zoé Degani, utiliza materiais recicláveis, assim como a “orquestra de latinhas”, com a qual o público interage e se diverte ao som da trilha sonora original composta por Gustavo Finkler. Esse espetáculo também inclui obras do compositor Villa-Lobos. Uma enorme cama elástica participa da criação de diversas paisagens das aventuras d’A Família do Bebê.
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Foto de Claudio Etges O banho, 2001

I la nave no vai I, 2001
Versão urbana no aeromóvel.
I la nave no vai II, 2003
Versão palco.

Mullheres Insones, 2006
Produção e Realização: Jogo de Cena
Dramaturgia e Direção: Decio Antunes
Parceria com a Terpsí Teatro de Dança.
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Ditos e malditos: uma instalação coreográfica, 2008
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Foto de Claudio Etges
Ditos e malditos: desejos de claussura, 2009
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Foto de Claudio Etges
Ditos e malditos: desejos de claussura, 2011
Sinopse:“DITOS MALDITOS: Desejos da Clausura” é o novo processo de pesquisa e criação da Terpsí Teatro de Dança que recebeu o Prêmio FUNARTE de Dança Klauss Vianna 2008. Refere-se às inquietudes sobre o amor, solidão, poder e morte que perpassam as obras de escritores e artistas considerados malditos como: Jarry (Ubu Rei), Beckett (A Cadeira de Balanço), Alan Poe (O Corvo), Caio Fernando Abreu, Augusto dos Anjos, e interferência de Sartre, Duchamp e Van Gogh. A proposta busca enfocar a ambigüidade dos personagens que é desvendada a partir do olhar do observador. “Desejos da Clausura” surgiu dos desejos da própria Terpsí Teatro de Dança e dos espectadores que colaboraram durante a Instalação Coreográfica em 2008/2009. Dessa forma foi surgindo a imagem de desejos congelados em um frigorífico que evidenciam o paradoxo entre, o congelar para preservar e o congelar para destruir salvaguardando a morte que serve de alimento para a vida. Através de alguns “ditos populares” busca-se o alívio para justificar o maldito e o não dito que se apresenta por meio de metáforas. Assim como BECKETT diz: “Mais uma vez…”. POE diz: “Nunca mais!”. Quando nos percebem ou nos percebemos malditos? Existe um maldito limite que nos enclausura em um não dito? Qual o seu desejo?
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Foto de Amir Sfair Filho
Instalação Coreográfica:CASA DAS ESPECIARIAS “O prato que te alimenta é o mesmo que compõe a cena”, 2011
Sinopse: “Casa das Especiarias: Instalação Coreográfica” é a nova proposta apresentada pela Terpsí Teatro de Dança que recebeu o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2010 para montagem através do Projeto “Das Obras nascem as Obras”. A Cia. motivada pelas sensações provocadas pelas especiarias faz da Instalação Coreográfica um convite a novas experimentações. O cenário e figurino contam com produtos reciclados e da biodiversidade, manejados tradicionalmente por artesãs agricultoras e pescadoras do Rio Grande do Sul. A instalação conta com a participação especial de dois profissionais da gastronomia da cidade de Porto Alegre e está limitada para apenas doze pessoas por sessão, reserve o seu lugar! Para participar desta experiência você deverá trazer um prato vazio raso e doar para a instalação. “O prato que te alimenta é o mesmo que compõe a cena!”. O ingresso dá direito: performance, degustação, taça de espumante e água, sendo a cada dia um cardápio diferente.
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Foto Claudio Etges

Projetos Especiais


A Diretora

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Na Escola João Luiz Rolla obteve Formação Clássica, com certificação da Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre. Em 1979, recebeu bolsa para estudar na Ecolle BESSO de Danse Classique, em Toulouse (França). Participou como convidada do encontro A Arte de Estudantes Estrangeiros, também em Toulouse. Foi voluntária, na base de cooperação do governo francês em Ouagadougou, em Haute Volta (atual Burkinafasso), na África, criando uma escola de dança para crianças, existente até hoje. De volta a Porto Alegre, foi voluntária na Santa Casa de Misericórdia, atuando na estimulação de bebês autistas. Durante o curso de Psicologia-PUC-RS concluiu estudo de caso com crianças psicóticas e anorexia na Unidade Infantil Melanie Klein, do Hospital Psiquiátrico São Pedro. Foi voluntária na terapia ocupacional de adolescentes com intoxicação de álcool e drogas, na Clínica Pinel.
Ex-bailarina do Grupo Experimental de Dança, da Associação dos Professores de Dança do Rio Grande do Sul (RS); ex-bailarina da Companhia de Dança do RS, também criada pela Associação dos Professores de Dança do RS, apresentando-se na obra Carmina Burana (1981), juntamente com a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA) e corais. Ex-bailarina e co-fundadora da Terra Cia. de Dança do RS, com direção de Eneida Dreher. A companhia Terra foi um marco histórico da dança cênica gaúcha, com apresentações em praças públicas, ginásios, presídios e hospitais, além de teatros e lonas de circo, tendo realizado 431 apresentações no Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais. Participou como bailarina solista convidada nas óperas La Traviatta, Dido e Aeneas, A Força do Destino, Viúva Alegre, entre outras, com o Coral e Orquestra Sinfônica do Estado do Rio Grande do Sul, sob direção de Carmen Romana. Como bailarina, participou em turnês para Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina com performances para as marcas Coca-Cola, Disney, Samparrelii, dirigidos por Lia Fróes, professora da Fundação de Artes de Montenegro (hoje UERGS). Foi professora voluntária do projeto social Dança Criança – Vila Cruzeiro, com direção de Leta Etges.
Em 1987, funda a companhia de dança contemporânea Terpsí Teatro de Dança, atuando como coreógrafa e diretora. Participou como convidada do debate Olhar Contemporâneo da Dança, como representante do RS, no Rio de Janeiro, a convite do Instituto Brasileiro Arte e Cultura (IBAC). Ministrou oficinas de processo criativo a partir do movimento para professores de arte da rede municipal de Porto Alegre. Foi a primeira oficineira do projeto Descentralização da Cultura, em 1999, 2000, 2001 e 2002, realizando encontros com o teatro e a dança, além de mostras de criação. Foi organizadora e curadora da Mostra Internacional I Usina Brasil Telecom de Dança, realizada em Porto Alegre, em 2001. Convidada do XX Festival de Dança de Joinville, como jurada de Dança Contemporânea. Foi jurada e oficineira do I Festival de Canela e do Porto Alegre em Dança. Ministrou oficinas e/ou palestras no II Festival Internacional Porto Alegre em Cena; Mostra de Arte Educação, no SESC Santos; Festival de Dança de Pelotas; Centro Municipal de Cultura de Manaus; Universidade de Dança de Manaus; Teatro Municipal de Belém do Pará; Centro Cultural do Maranhão; Centro Cultural Dragão do Mar, em Fortaleza, pelo projeto As Artes Cênicas aproximando o País; entre outros.
Participou como coreógrafa em diversas montagens: A morte impossível -Homenagem a Samuel Becket e Amor Febril, ambas com direção de Luciano Alabarse; Maria vai com as outras, com direção musical de Dulcimarta Lino; Expresso 25, com direção musical de Pablo Trindade. Novena à Nossa Senhora das Graças, com a Orquestra de Câmara do Theatro São Pedro e direção de Décio Antunes; abertura do projeto Arte no Solar; Antígona, com direção de Luciano Alabarse; Encontro de Jovens Talentos da CAPES, em Brasília e Porto Alegre; musical infantil Locomoc e Millipili, com direção de Luciana Eboli; entre outras montagens.
Atualmente, é coreógrafa residente do Terpsí Teatro de Dança. Desde 2006, se dedica à criação do Centro de Estudos Coreográficos Terpsí, um espaço para a pesquisa, experimentação, diálogo e reflexão sobre Dança.


Referências

Questionário concedido pelo grupo para o projeto de pesquisa:DANTAS, et al.Temas, técnicas e procedimentos de criação em dança contemporânea: construindo de um mapa artístico, histórico e cultural da dança contemporânea no Rio Grande do Sul. 2010
Blog da companhia [1]
Blog da companhia 2[2]

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