Escola Livre de Dança da Maré

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Imagem retirada do site Redes da Maré.


Tabela de conteúdo

Breve Histórico

A Escola Livre de Dança da Maré foi criada numa parceria entre a entidade Redes de Desenvolvimento da Maré e a Lia Rodrigues cia. de danças. Na busca por um espaço de trabalho para sua companhia, Lia Rodrigues encontrou na parceria com a Redes o Galpão que hoje abriga seu grupo e funciona como Ponto de Cultura, desde 2010.


A artista, que possui um histórico de luta por políticas públicas para dança, criou e dirigiu o festival Panorama de dança durante 13 anos, não buscava apenas um galpão. Seu objetivo era encontrar um espaço que se relacionasse com seu entorno, que dialogasse com a comunidade local. Por isso o Galpão na Maré lhe vestiu com uma luva. Em sua ocupação inicial, a companhia e seus bailarinos foram responsáveis por, literalmente, limpar o terreno. Foram os próprios integrantes que prepararam o espaço de trabalho, processo que, em paralelo com o cotidiano da comunidade ao redor, das relações que daí se sucederam, deram corpo ao processo criativo de “Pororoca” e “Piracema”.


Desse processo de “apropriação” territorial, cultural e social, surgiu o Centro de Artes da Maré, que, em seguida, abriria espaço para que outros projetos se desenvolvessem, sendo um deles a Escola Livre de Dança.


Redes da Maré

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Nota. Informações retiradas do site.


A criação da Redes de Desenvolvimento da Maré, instituição da sociedade civil, é resultado de um longo processo de envolvimento dos seus fundadores com o movimento comunitário no conjunto de favelas da Maré e, também, na cidade.

Missão - Promover a construção de uma rede de Desenvolvimento Territorial através de projetos que articulem
diferentes atores sociais comprometidos com a transformação estrutural da Maré e que produzam conhecimentos e ações
relativas aos espaços populares, que interfiram na lógica de organização da cidade e combatam todas as formas de
violência.

Como essa estratégia de atuação, a instituição busca desenvolver projetos dentro de temáticas como educação; arte e cultura; mobilização social; segurança pública; desenvolvimento local; comunicação; combate a violência, em suas diversas manifestações e geração de trabalho e renda.


Centro de Artes da Maré

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Imagem retirada do site Redes da Maré. Aula de balé para grupo de alunos integrantes do projeto Curso Intensivo de Dança.


Desde 2010, o Centro de Artes da Maré, sede da Lia Rodrigues Cia de Danças e da Escola Livre de Dança da Maré, está conveniado como Ponto de Cultura. No Centro acontecem aulas teóricas e práticas e oficinas, tudo gratuito, aberta ao público de moradores da comunidade, para todas as idades.

Com o objetivo de democratizar o acesso à arte e à dança, foi inaugurado no início de 2011 a Escola Livre de Dança da Maré. São oferecidas diferentes modalidades de dança: do balé clássico a dança de rua, passando por aulas de consciência corporal.

O projeto conta com patrocínio da Petrobras, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, e hoje atende gratuitamente cerca de 200 pessoas ao ano, entre crianças, adolescentes, jovens e adultos.

O Centro acolhe também o Cineclube MaréCine, com exibições regulares de filmes de dança e arte, registros de espetaculos, documentários etc.

Veja mais no verbete Centro de Artes da Maré


A Escola

Na Escola Livre de Dança muitos jovens têm a oportunidade de se profissionalizar em dança. A partir de incentivos iniciais de oficinas e aulas gratuitas, o aluno pode decidir se aprofundar em seus estudos e conta com apoio da Escola para completar sua formação. A proposta de educação teórica relacionada com a técnica das aulas práticas funciona como uma mola impulsora para esse aprofundamento, para busca de conhecimento, e incentiva, principalmente, a reflexão crítica.


Outra ação que acontece em paralelo na Escola é o projeto que seleciona (dentre os alunos) um grupo de 15 jovens a frequentarem atividades voltadas à profissionalização e à pesquisa de material criativo (oficinas práticas e aulas de dança com 4 horas diárias, cinco vezes na semana). As atividades desenvolvidas por estes jovens estarão ligadas ao projeto artístico da Lia Rodrigues Companhia de Danças. Este grupo recebe uma ajuda de custo para auxiliar na permanência das atividades, oriunda de doação da Fondation Hermès. Por fim, a Escola se propõe a auxiliar na capacitação de jovens moradores locais em funções relacionadas à dança, como operadores de luz, som, cenotécnicos, figurinistas e produtores.


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Imagem retirada do site Redes da Maré. Exercícios M, de movimento e de maré. Apresentação de encrramento do projeto Curso Intensivo de Dança.


O projeto cria, ainda, um compromisso com o desenvolvimento social de seus participantes. Os integrantes da Escola são também acompanhados em sua vida escolar de ensino formal. Ao longo do projeto, a reintegração à escola e a sua permanência com bom rendimento se tornará exigência obrigatória. Além disso, a abordagem de questões relativas à cidadania, mobilização e participação comunitária, sexualidade, relações afetivas e familiares, entre outras, se desenvolvem num processo de conscientização progressivo e contínuo, visando novas posturas em seus espaços de moradia e sociabilidade que devam servir à realização de ações futuras qualitativas em diversos aspectos e concretização de projetos de futuro.


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