Dança Esportiva em Cadeira de Rodas

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Tabela de conteúdo

Histórico

A dança em cadeira de rodas iniciou-se no decorrer dos anos 60 na Europa, através da Spastics Society School, uma escola da cidade de Londres, com o intuito de desenvolver nos usuários de cadeira de rodas o seu próprio conceito sobre o significado da nova forma de locomoção em suas vidas. As aulas consistiam em desenvolver a locomoção como uma marcha – da esquerda para a direita, frente e trás - por um espaço determinado e limitado. Essa movimentação aguçou nos alunos a vontade de fazê-la de forma ritmada, associando com a música e movimentos mais divertidos, que trouxessem os mesmos benefícios. Dessa forma, as pessoas passaram então, não só a se locomoverem, mas a dançarem em suas cadeiras de rodas.

Durante muitos anos os movimentos realizados pelo grupo da Spastics continuaram sendo vistos apenas como gestos corporais ritmados, sem muita técnica. No entanto, aqueles que os executavam, acreditavam na possibilidade de se tornarem dançarinos em uma cadeira de rodas. Com a aspiração de se tornarem dançarinos, mesmo que muitos vissem as movimentações realizadas como gestos ritmados e sem técnica, após o trabalho caracterizado por danças compostas de movimentos simples e lentos como a valsa inglesa, os dançarinos passaram a realizar movimentos de giros e a ter controle da velocidade e da direção da cadeira de rodas no ritmo da música. Assim, gradativamente, novos estilos de dança foram sendo incorporados no que se passou a chamar de Dança em Cadeira de Rodas. A partir daí, a dança em cadeira de rodas passa a ganhar espaço em outras escolas e centros de reabilitação.

Na década de 70, acontece a primeira competição de dança em cadeira de rodas, em Londres. A partir daí, a cada ano, competições e festivais de dança foram ocorrendo e incorporando novos adeptos e novos estilos.

Por outro lado, a sociedade passou a ser mais sensível aos problemas das pessoas com deficiência a partir das guerras do século XX. As nações mais desenvolvidas estabeleceram leis e políticas sociais para atender às necessidades destas populações. Na tentativa de facilitar o seu processo de integração foram criadas instituições especializadas para seu atendimento.

Nos hospitais, como parte do programa de reabilitação e com o fim de auxiliar no tratamento terapêutico, foram introduzidos jogos em cadeira de rodas. A proposta de usar o esporte como uma forma de tratamento e reabilitação foi inicialmente desenvolvida na Inglaterra, Estados Unidos e Alemanha, sendo introduzida posteriormente em outros países. Alguns anos mais tarde, o esporte que se iniciara com competição passa também a ser utilizado como forma terapêutica/recreativa, a fim de promover a sociabilização, desenvolver novas habilidades e permitir que os deficientes descobrissem possibilidades de movimentos através de atividades lúdicas.

Em relação à dança em cadeira de rodas, as primeiras competições foram realizadas em caráter não oficial, como campeonatos regionais locais. O primeiro país a sediar esta modalidade foi a Holanda em 1985, seguido pela Bélgica em 1987 e pela Alemanha em 1991. Em paralelo a este último campeonato, ocorreu, também na Alemanha, a segunda Conferência de Dança em Cadeira de Rodas, realizada em 18 de Janeiro de 1991 no Hotel Íbis, em Munique. Nesse encontro constituiu-se a Wheelchair Dancesport Committee (WDSC) do Comitê Paraolímpico Internacional, o qual ainda é responsável pela dança em cadeira de rodas tanto na modalidade recreativa como na competitiva.

Em 25 de abril de 1992 ocorreu a primeira competição de dança em cadeira de rodas, organizada pelo WDSC em parceria com a Deutscher Rollstuhl-Sportverband, Fechbereich Tanz in Arrangement, e a partir daí, o evento se repetiu a cada dois anos em diversos países da Europa.

Em 1997, a dança esportiva em cadeira de rodas foi demonstrada nas Paraolimpíadas de Inverno na Noruega. Depois desse evento, diversos países reuniram-se para regulamentar este novo esporte, entre eles Alemanha, Bélgica, Holanda, Suécia, Ucrânia. Mas, somente em 2000, na Noruega, ocorre o Primeiro Campeonato Mundial da modalidade com o reconhecimento do Comitê Paraolímpico Internacional.

Vale ressaltar que a dança em cadeira de rodas é um esporte paraolímpico, mas ainda não está inclusa nos Jogos Paraolímpicos. Atualmente mais de 40 países estão registrados no IPC-WDSC, dentre eles o Brasil, que com a fundação da Confederação Brasileira de Dança em Cadeira de Rodas, passou-se a realizar Campeonatos de Dança Esportiva em Cadeira de Rodas no Brasil.


A dança

A dança caracteriza-se principalmente pela formação de duplas de dançarinos, onde o casal é composto por um componente com deficiência física dançando em uma cadeira de rodas e um componente sem deficiência dançando em pé, ou ambos com deficiência em cadeira de rodas, isto ao ritmo de músicas de dança de salão.


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Elementos Inerentes nas Competições

Sobre as Duplas

Classificações Rítmicas para competições

A Duração das músicas varia entre 1:30 e 2:00min, e só são conhecidas na hora de dançar.

Espaço

Critérios de Avaliação

São os mesmos para andantes e cadeirantes


Referências

BARRETO, M. A., FERREIRA, E. L., “Dança Esportiva em Cadeira de Rodas: A história contada pelas vozes de quem dança”. Revista de História e Estudos Culturais. Vol. 8, ano VIII n° 3, 2011.
CBDCR. História Factual da Dança Esportiva em Cadeira de Rodas. Disponível em: < http://www.cbdcr.org.br/cbdcr/danca-esportiva> Acesso em: 18 mai. 2013.
CRS. Dança Esportiva Internacional. Disponível em: < http://www.rodasnosalao.com.br/pag2_desportiva.htm> Acesso em: 17 mai. 2013.

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