http://beta.wikidanca.net/wiki/index.php?title=Especial:P%C3%A1ginas_novas&feed=atom&hideliu=&hidepatrolled=&hidebots=&hideredirs=1&limit=50&namespace=0Wikidanca - Páginas recentes [pt-br]2024-03-29T09:27:48ZDe WikidancaMediaWiki 1.16.1http://beta.wikidanca.net/wiki/index.php/Destaque/01_2014Destaque/01 20142014-01-06T15:08:48Z<p>Wikidança: Criou página com 'Arquivo:Foto_cia._lia_rodrigues_fachada.jpg == História == Fundada em 1990, pela bailarina Lia Rodrigues, no Rio de Janeiro, a cia. realiza atividades pautadas pela re...'</p>
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<div>[[Arquivo:Foto_cia._lia_rodrigues_fachada.jpg]]<br />
<br />
== História ==<br />
<br />
Fundada em 1990, pela bailarina [[Lia Rodrigues]], no Rio de Janeiro, a cia. realiza atividades pautadas pela reflexão, sensibilização para as questões da arte e formação de platéia. Mantém suas atividades durante todo o ano, com aulas, ensaios do repertório, e trabalho de pesquisa e criação, frequentemente em colaboração com artistas-bailarinos convidados. Desde 2003 realiza trabalhos no Complexo da Maré / Rio de janeiro e em 2007 em parceria com Ong´s locais criou o que atualmente é sua sede, o [[Centro de Artes da Maré]].<br />
<br />
No Brasil, a Companhia se apresentou no Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Minas Gerais, Acre, Tocantins, Rondônia, Espírito Santo, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Pará e Brasília (Distrito Federal). Internacionalmente, em Israel, França, Estados Unidos, Alemanha, Portugal, Itália, Dinamarca, Espanha, Eslovênia, Hungria, Suécia, Noruega, Peru, Argentina, Chile, Reino Unido, Áustria, Suiça e Canadá.<br />
<br />
[[Leia mais | Lia Rodrigues Companhia de Danças]]</div>Wikidançahttp://beta.wikidanca.net/wiki/index.php/E_por_falar_em_dan%C3%A7a..._Programa_06_-_01/09/2009E por falar em dança... Programa 06 - 01/09/20092013-12-25T21:12:07Z<p>Gabriel Lima: </p>
<hr />
<div>=Tema do Programa: Corpo=<br />
<br />
<br />
“O corpo não é uma máquina, como nos diz a ciência, nem uma culpa, como nos fez crer a religião. O corpo é uma festa.” Palavras do escritor uruguaio Eduardo Galiano. Para alguns, objeto, para outros, experiência íntima, o corpo pode ser abordado a partir de diferentes olhares. Visto como suporte de identidades, memórias e subjetividades, abre um amplo horizonte de questões e também de dúvidas e de indagações. Seja tomando o corpo como moradia íntima, seja como lugar de invenção e metamorfoses, é com ele que marcamos presença no mundo. O livro <i>Corpo – Identidades, Memórias e Subjetividades</i> trata disso. Lançado recentemente pela editora Mauad, reúne pesquisadores das mais distintas áreas de conhecimento, acreditando que a multiplicidade de olhares possibilita o entendimento da presença densa do corpo e das suas inúmeras representações na vida social. O livro foi organizado por Joelle Rouchou, Cláudio de Oliveira e pela historiadora e pesquisadora da Casa de Ruy Barbosa, Monica Pimenta Velloso, nossa entrevistada de hoje.<br />
<br />
<br />
=Entrevista: Monica Pimenta Velloso=<br />
<br />
<br />
<br />
[[Arquivo: livrocorpo.jpg]]<br />
<br />
<br />
<br />
<b>Silvia Soter:</b><br />
<br />
Mônica, por que tratar do corpo hoje?<br />
<br />
<br />
<b>Monica Pimenta Velloso:</b><br />
<br />
Eu acho que temos muitos motivos, dentre os quais eu acho que é um assunto que vem despertando muita atenção. Eu acho que o nunca o corpo foi tão automatizado, mecanizado, estetizado, enfim, há uma preocupação enorme em torno do corpo, mas um corpo muitas vezes, eu acho, tratado como objeto, não se fala muito nessas sensibilidades, nas subjetividades, então o nosso livro trata desse corpo mecanizado, automatizado, mas também com um foco muito delicado com muita ênfase nas questões das sensibilidades e das subjetividades.<br />
<br />
<br />
<b>Silvia Soter:</b><br />
<br />
O livro, ele é dividido em alguns temas, certo? Você podia falar um pouquinho como é que o livro se estrutura?<br />
<br />
<br />
<b>Monica Pimenta Velloso:</b><br />
<br />
Com certeza. Uma das coisas que é importante dizer, Silvia, é que esse livro ele foi resultado de um seminário na Casa Rui Barbosa em maio de 2008 e nós nos surpreendemos muito com a grande procura que esse seminário teve. Pessoas de várias áreas do conhecimento, muita gente jovem, enfim, um grande público. Daí então esse fato nos estimulou a publicar o livro, com todas as apresentações que foram feitas na ocasião.<br />
<br />
<br />
<b>Silvia Soter:</b><br />
<br />
São muitos autores, né?<br />
<br />
<br />
<b>Monica Pimenta Velloso:</b><br />
<br />
São muitos! Temos doze autores e nós resolvemos estruturar o livro, como o próprio subtítulo diz, <i>identidades, memórias e subjetividades</i>. Então, quando a gente está pensando na questão da identidade, como é que o corpo pode trazer marcas das classes sociais, das culturas, a relação do corpo com a cidade, e nisso nós temos um artigo bastante interessante da Paola Jacqs, que é uma arquiteta, que ela coloca uma questão que eu acho extremamente importante, lembrando que na cidade as pessoas sem teto, pela violência dessa situação, elas próprias são obrigadas a ter m contato muito maior, vamos dizer assim muito mais íntimo, um contato carnal mesmo com as ruas da cidade.<br />
<br />
<br />
<b>Silvia Soter:</b><br />
<br />
Elas carregam essa casa no corpo, né? Isso de uma forma muito clara. E vocês também abordam as artes, as a dança aparece no livro, né? De que modo?<br />
<br />
<br />
<b>Monica Pimenta Velloso:</b><br />
<br />
O artigo relacionado à dança é da minha autoria. Então quando eu estava pesquisando a questão da nacionalidade em 1900, 1910, eu descobri um acontecimento muito interessante, um casal de brasileiros que vai para Paris e else fazem grande sucesso dançando maxixe. E eu percebi que todos os jornais da época começam a falar na temática de um corpo brasileiro, um corpo mestiço, dengoso, sensual, enfim. Isso dá uma enorme polêmica, aparecem cartas pastorais pedindo que os católicos não dançassem maxixe, enfim, extremamente interessante.<br />
<br />
<br />
<b>Silvia Soter:</b><br />
<br />
E você fala também do encontro da Isadora Duncan com o João do Rio.<br />
<br />
<br />
<b>Monica Pimenta Velloso:</b><br />
<br />
Exato. E esse encontro é muito interessante. Eu acho que tanto a Isadora Duncan como o João do Rio, eles tiveram uma visão bastante diferente em relação ao corpo da época, porque na época já se falava, discutia-se muito essa educação do corpo, domínio técnico – mesmo da dança já tinha muito essa ideia do domínio técnico – e a Isadora, ela pensa exatamente o corpo de uma maneira diferente, o corpo em harmonia com a natureza, não um corpo, vamos dizer assim, controlado, disciplinado pelos discursos médicos, genistas, mas um corpo e harmonia com a natureza. E ela encontra o João do Rio, uma pessoa que pensa como ela, e os dois ficam amigos, inclusive ela declara na imprensa que adorou o Brasil e que pensava, que o sonho dela, que um dos sonhos, era fazer aqui a sua escola de dança. Muito interessante. <br />
<br />
<br />
<b>Silvia Soter:</b><br />
<br />
Com certeza o Brasil combina muito com a Isadora.<br />
<br />
<br />
<b>Monica Pimenta Velloso:</b><br />
<br />
<br />
Então ela se seduziu muito pela questão da Natureza no Rio de Janeiro, pensando essa Natureza em equilíbrio com o corpo, com os movimentos.<br />
<br />
<br />
<b>Silvia Soter:</b><br />
<br />
E Mônica, como a gente acha o livro? Ele está distribuído nas livrarias? <br />
<br />
<br />
<b>Monica Pimenta Velloso:</b><br />
<br />
O lançamento foi agora nesta terça-feira na Livraria da Travessa, no Lebon. Então, evidentemente, já dispara em circulação. O livro é editado pela Mauad e FAPERJ.<br />
<br />
=Momento Solo=<br />
<br />
<br />
Quando o despertador toca de manhã você pula correndo da cama? Não faça isso! Antes de ficar de pé, coloque o corpo em movimento. Bem devagar se espreguice com calma, boceje, se inspire nos animais. Deixe o espreguiçar tomar todo o seu corpo. Só então é hora de começar o dia.<br />
<br />
<br />
=Ver Também=<br />
<br />
*[[Silvia Soter]]<br />
*[[Programa Arte e Movimento – Corpo e Dança]]</div>Gabriel Limahttp://beta.wikidanca.net/wiki/index.php/E_por_falar_em_dan%C3%A7a..._Programa_08_-_15/09/2009E por falar em dança... Programa 08 - 15/09/20092013-12-25T20:53:36Z<p>Gabriel Lima: </p>
<hr />
<div>=Tema do Programa: Dança e Musicais=<br />
<br />
<br />
Você gosta de musicais? Se gosta, deve estar contente com o crescimento desse gênero na cidade do Rio de Janeiro nos últimos anos. Não podemos esquecer que o Rio foi o berço do [http://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_de_revista Teatro de Revista] nos séculos XIX e XX. O Rio sempre gostou do teatro musical. Algumas dessas recentes experiências são remontagens de [http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Musicais_da_Broadway musicais da Broadway], mas outras são frutos da criatividade dos artistas cariocas. É o caso de [http://vejasp.abril.com.br/atracao/o-som-da-motown <i>O Som da Motown</i>], dirigido por Cláudio Figueira e [[Renato Vieira]], que acaba de reestreiar na sala Marília Pêra no Teatro Leblon em novo horário. A dança, ainda que não esteja sempre em destaque nessas montagens, é fundamental para a qualidade do espetáculo. Sobre a importância da dança, vamos conversar hoje com Renato Vieira, coreógrafo e diretor.<br />
<br />
<br />
=Entrevista: Renato Vieira=<br />
<br />
<br />
[[Arquivo: Renatovieira.jpg]]<br><br />
<small>Renato Vieira</small><br />
<br />
<br />
<b>Silvia Soter:</b><br />
<br />
Como você vê esse crescimento dos musicais no Rio de Janeiro?<br />
<br />
<br />
<b>Renato Vieira:</b><br />
<br />
Esse crescimento começou em São Paulo com a cia. que vem patrocinando os musicais americanos. E no Rio de Janeiro a gente começou, com uns espetáculos brasileiros, teve a [http://www.moellerbotelho.com.br/index.php/opera-do-malandro-em-concerto <i>Ópera do Malandro</i>], e eu estava trabalhando com o [http://www.moellerbotelho.com.br/ Charles Möeller] e com o [http://www.moellerbotelho.com.br/ Cláudio Botelho], e já teve o primeiro, há uns sete, oito anos atrás.<br />
<br />
<br />
<b>Silvia Soter:</b><br />
<br />
Foi quando você começou a coreografar musical?<br />
<br />
<br />
<b>Renato Vieira:</b><br />
<br />
Eu já tinha feito dança com orquestra, com cantores, uma mistura de popular com erudito, não tinha um enredo, não tinha uma história. E aí a gente começou a trabalhar, comecei a ser chamado para coreografar os musicais. Como eu tive uma experiência muito grande de <i>Jazz</i> e ia para Nova York e aproveitava e assistia tudo da Broadway e acabei fazendo aulas com a [http://en.wikipedia.org/wiki/Ann_Reinking Ann Reinking], a musa do [http://en.wikipedia.org/wiki/Bob_Fosse Bob Fosse], e aproveitando eu fazia moderno e jazz e tudo o que tinha de dança. Então foi aí que eu fui entrando nesse mundo dos musicais.<br />
<br />
<br />
<b>Silvia Soter:</b><br />
<br />
E você, dessa vez, <i>O Som da Motown</i> é dirigido por você e pelo Claúdio. Como é que surgiu a ideia desse musical?<br />
<br />
<br />
<b>Renato Vieira:</b><br />
<br />
Na verdade, foi ideia de uma das cantoras, ela que me propôs um musical para o verão, acabou sendo para o inverno, que não tem nada a ver com essa história e eu não quis fazer. Eu queria fazer uma coisa mais densa, com músicas mais, assim... E uma das cantoras, que gostava muito do som da <i>motown</i>, me propôs e aí caiu como uma luva porque era a época que eu vivi, que eu saí à noite, dançava, embalava não só as noites como as aulas, usei muito. <br />
<br />
<br />
<b>Silvia Soter:</b><br />
<br />
Sei. E, Renato, tem dança em <i>O Som da Motown</i>?<br />
<br />
<br />
<b>Renato Vieira:</b><br />
<br />
Sim, é uma dança para musical, uma dança para cantores, porque é bem diferente de uma dança contemporânea, de um jazz, de um moderno. Existe uma técnica, uma movimentação, uma inteligência corporal, mas não é necessariamente com técnica, com pirueta, pernas. Mas ao mesmo tempo tem um outro lado que a gente vai conduzindo através ou do que a gente tá querendo dizer na música, com a letra da música ou com a situação que elas estão. Vai criando, né?<br />
<br />
<br />
<b>Silvia Soter:</b><br />
<br />
É um pouco o que aconteceu com o trabalho que você fez dos Beatles, né, [http://www.moellerbotelho.com.br/index.php/beatles-num-ceu-de-diamantes <i>No Céu de Diamantes</i>] também, né?<br />
<br />
<br />
<b>Renato Vieira:</b><br />
<br />
É menos dançado. São cinco cantoras maravilhosas, são quatro negras e uma branca.<br />
<br />
<br />
<b>Silvia Soter:</b><br />
<br />
Quem são as cantoras? <br />
<br />
<br />
<b>Renato Vieira:</b><br />
<br />
Thalita Pertuzatti, Simone Centurione, Ellen Wilson, Débora Pinheiro e Alcione Marques.<br />
<br />
<br />
<br />
=Momento Solo=<br />
<br />
<br />
Para relaxar o pescoço, vocês vão beliscar a pele de trás da nuca. Segurem a pele como mamãe gato segura os gatinhos. Mantenha esse beliscão e com a cabeça vocês vão fazer pequenos movimentos de “sim”, de “não” e de “talvez”. Depois a gente muda de posição, sobe os dedos um pouquinho mais, belisca a pele, descola a pele um pouquinho, mantém entre os dedos e de novo: “sim”, “não” e “talvez”. E assim a gente vai fazer sucessivamente até a base do pescoço, depois relaxem o braço, virem a cabeça para um lado e para o outro e percebam se o movimento está mais solto. <br />
<br />
<br />
=Ver Também=<br />
<br />
*[[Silvia Soter]]<br />
*[[Programa Arte e Movimento – Corpo e Dança]]</div>Gabriel Limahttp://beta.wikidanca.net/wiki/index.php/Destaque/12_2013Destaque/12 20132013-12-02T16:32:11Z<p>Wikidança: Criou página com 'arquivo:Rede_danca2.png <small>''Esse verbete foi construído com base na pesquisa de Paula Gorini Olveira, "A Rede da Dança: uma cartografia em movimento", trabalho apr...'</p>
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<div>[[arquivo:Rede_danca2.png]]<br />
<br />
<small>''Esse verbete foi construído com base na pesquisa de Paula Gorini Olveira, "A Rede da Dança: uma cartografia em movimento", trabalho apresentado como dissertação de mestrado (UERJ/ 2012). Para entrar em contato com a autora, escreva: paulagorini@gmail.com ''</small><br />
<br />
==Uma Introdução==<br />
<br />
<br />
A pesquisa da Rede da Dança (apresentada neste verbete de forma resumida) é uma proposta de abordagem em rede, do ponto de vista da rede de Bruno Latour, para o fenômeno da [[dança contemporânea]]. Inicialmente a proposta era de pensar a dança que acontece na internet, consequência do impacto da tecnologia online na produção artística de dança, se expandiu e se reposicionou em uma “rede de relações” que acontece nos diversos procedimentos em que a prática de dança se implica. Nossa pesquisa aposta na abordagem da rede em que a dança se apresenta, potencializada pela colaboração como tecnologia impulsora dessas conexões.<br />
<br />
[[Rede da Dança| Leia Mais]]</div>Wikidançahttp://beta.wikidanca.net/wiki/index.php/E_por_falar_em_dan%C3%A7a..._Programa_07_-_08/09/2009E por falar em dança... Programa 07 - 08/09/20092013-11-16T13:23:43Z<p>Gabriel Lima: Criou página com '=Tema do Programa: Gestos cotidianos e dança= A escritora francesa Muriel Barbery em seu livro <i>A elegância do ouriço</i> afirma: “A arte é a vida em outro ritmo”. D...'</p>
<hr />
<div>=Tema do Programa: Gestos cotidianos e dança=<br />
<br />
<br />
A escritora francesa Muriel Barbery em seu livro <i>A elegância do ouriço</i> afirma: “A arte é a vida em outro ritmo”. Desde o século XX a dança vem aproximando de diferentes formas essas duas dimensões: vida e arte. Se a Isadora Duncan carregou de cores expressivas suas alegrias e suas dores, nem sempre a dança estabeleceu um outro ritmo para que a vida se fizesse arte. Já nos anos 60, a artista a americana Yvonne Rainer, construiu a sua dança a partir da crítica à idéia de espetáculo e ao virtuosismo, apoiando-se nos gestos cotidianos, no trabalho de corpos não especializados em dança e na quebra das estruturas hierárquicas da composição coreográfica, fazendo com que arte e vida se confundissem. De lá para cá a dança não parou de misturá-las. A coreógrafa carioca Dani Lima está à frente do projeto <i>Pequeno Inventário de Lugares Comuns</i>, que estréia nesta quinta-feira no Mezanino do Espaço SESC, em Copacabana, uma peça que dá continuidade a sua pesquisa sobre uma poética do cotidiano. No palco, cinco criadores intérpretes dançam entre 122 objetos pessoais e intransferíveis, coadjuvantes de toda a encenação. A grande maioria desses objetos foi trazida de casa ou garimpada em mercados de usados sob a supervisão do artista plástico João Modé. Os artistas investem na construção de movimentos, palavras, sonoridades e imagens que criam um inventário vivo daquilo que passa normalmente desapercebido no correr da vida: a poética do cotidiano. É com Dani Lima que vamos conversar hoje.<br />
<br />
<br />
=Entrevista: Dani Lima=<br />
<br />
<br />
<br />
[[Arquivo: Dani lima1.jpg]]<br><br />
<small>Dani Lima no espetáculo <i>Pequeno Inventário de Todas as Coisas</i></small><br />
<br />
<br />
<b>Silvia Soter:</b><br />
<br />
Hoje eu comecei o programa citando a escritora Muriel Barbery, que diz que a arte é a vida em outro ritmo. Você acha que a arte é sempre a vida em outro ritmo?<br />
<br />
<br />
<b>Dani Lima:</b><br />
<br />
Essa pergunta é super interessante para esse trabalho que a gente está fazendo porque uma das questões que nortearam o trabalho foi o tempo, a idéia de tempo, o tempo da vida cotidiana, que tempo é esse e como é que a gente traria esse tempo para o tempo da arte, no caso, o tempo do espetáculo, o tempo do movimento, da dança, do palco. Uma das curiosidades que a gente veio percebendo quando a gente começou a trabalhar sobre a idéia de cotidiano é que o cotidiano tem um tempo, em grande medida, irregular, é um tempo movido pelas necessidades, pelos desejos de cada momento, não é um tempo regulado...<br />
<br />
<br />
<b>Silvia Soter:</b><br />
<br />
Por exemplo, como o tempo da cena.<br />
<br />
<br />
<b>Dani Lima:</b><br />
<br />
Por exemplo. Ou da coreografia: tantos oitos pra cá, tantos oitos... Você vai reagindo aos estímulos da vida e você não pensa nisso, na verdade. Então uma das coisas nas quais a gente trabalhou é tentar resgatar um pouco desse tempo outro, esse ritmo outro, que é o ritmo dos gestos que a gente não se dá conta. Até porque a gente não se dá conta, a gente não os regula, a gente não tem uma regulação consciente deles muitas vezes.<br />
<br />
<br />
<b>Silvia Soter:</b><br />
<br />
É a vida que vai levando, né?<br />
<br />
<br />
<b>Dani Lima:</b><br />
<br />
Exatamente, cada estímulo.<br />
<br />
<b>Silvia Soter:</b><br />
<br />
E Dani, como é que se deu o processo de pesquisa e de construção desse trabalho? Parece que foi um processo bastante coletivo, né?, partilhado.<br />
<br />
<br />
<b>Dani Lima:</b><br />
<br />
Isso, é um trabalho colaborativo mesmo, desde o início.<br />
<br />
<br />
<b>Silvia Soter:</b><br />
<br />
Quem está em cena? Você está em cena?<br />
<br />
<br />
<b>Dani Lima:</b><br />
<br />
Eu estou em cena junto com a Laura Samir, Paulo Mantuano, Vivian Muller e Felipe Rocha. São cinco bailarinos e desde o primeiro momento, a idéia do projeto era que esta questão sobre como trazer o cotidiano para o palco, esse universo dos gestos cotidianos, como trazer isso fosse partilhado. Então tem a Paula Barreto e o Lucas Canavarro, que trabalham com vídeo, cinema, o João Modé, que é artista plástico, que já é um antigo colaborador, e mais o Renato Machado na iluminação.<br />
<br />
<br />
<b>Silvia Soter:</b><br />
<br />
E Dani, com que artistas outros você sente que você está dialogando através dessa peça?<br />
<br />
<br />
<b>Dani Lima:</b><br />
<br />
De longa data, de 2005 para cá, que eu me encantei com a obra do Christian Boltanski, que é um artista plástico francês, que trabalha bastante em cima das pequenas memórias esquecidas do dia a dia. Então para mim foi muito interessante encontrar o trabalho dele, que fala de memória, ao mesmo tempo de esquecimento, da necessidade do esquecimento, que é isso, né? Na verdade, no cotidiano se a gente tivesse o tempo inteiro tendo uma epifania, uma percepção alterada com tudo, a gente não daria conta. <br />
<br />
<br />
<b>Silvia Soter:</b><br />
<br />
A gente não viveria.<br />
<br />
<br />
<b>Dani Lima:</b><br />
<br />
A gente morreria de excesso de estímulos. Então a gente liga o automático e a arte talvez fosse esse lugar onde você tem essa percepção alterada das coisas. E o Boltanski faz isso: ele pega um lugar que a gente esquece e mostra ele de novo.<br />
<br />
<br />
<b>Silvia Soter:</b><br />
<br />
E valoriza. <br />
<br />
<br />
=Momento Solo=<br />
<br />
<br />
Você já reparou que quando a gente está preocupado a gente coça a cabeça? Pois é. Hoje a gente vai coçar a cabeça de um jeito diferente. Na realidade, a gente vai fazer uma massagem no couro cabeludo com os dez dedos das mãos. Vocês vão colocar as pontas dos dedos sobre a cabeça, bem na raiz dos cabelos e, devagarzinho, com os dez dedos, a gente vai fazer movimentos circulares, deslizando a pele do couro cabeludo sobre os ossos do crânio. Podemos começar na testa bem devagar e levando essa massagem até a nuca. Façam movimentos circulares, suaves e percebam que aos poucos o couro cabeludo fica mais solto, mais vivo, mais relaxado. Experimentem!</div>Gabriel Limahttp://beta.wikidanca.net/wiki/index.php/Rede_da_Dan%C3%A7aRede da Dança2013-11-13T20:26:04Z<p>Paula.gorini: </p>
<hr />
<div><small>''Esse verbete foi construído com base na pesquisa de Paula Gorini Olveira, "A Rede da Dança: uma cartografia em movimento", trabalho apresentado como dissertação de mestrado (UERJ/ 2012). Para entrar em contato com a autora, escreva: paulagorini@gmail.com ''</small><br />
<br />
<br />
[[arquivo:Rede_danca2.png]]<br />
<br />
<br />
==Uma Introdução==<br />
<br />
<br />
A pesquisa da Rede da Dança (apresentada neste verbete de forma resumida) é uma proposta de abordagem em rede, do ponto de vista da rede de Bruno Latour, para o fenômeno da [[dança contemporânea]]. Inicialmente a proposta era de pensar a dança que acontece na internet, consequência do impacto da tecnologia online na produção artística de dança, se expandiu e se reposicionou em uma “rede de relações” que acontece nos diversos procedimentos em que a prática de dança se implica. Nossa pesquisa aposta na abordagem da rede em que a dança se apresenta, potencializada pela colaboração como tecnologia impulsora dessas conexões.<br />
<br />
==De DANÇA para REDE==<br />
<br />
Os primeiros vestígios dessa rede se referem às produções artísticas que utilizam a tecnologia como mediação em suas criações, artistas que compartilham seus processos na web através de blogs e redes sociais, e da estrutura de organização através de plataformas online, tanto como ferramenta de comunicação quanto como espaço de produção de conhecimento. Buscando “obras”, fomos encontrados por procedimentos que atravessam as obras e se revelam para fora delas, em muitas outras conexões que aqui estamos chamando de “relações”. Ao refazer o caminho dos vestígios deixados por esses processos, o que ficou mais evidente foi a colaboração como tecnologia, que integra pessoas e compartilha conhecimento, experiência, recursos: uma rede. <br />
<br />
<br />
Nossa abordagem em rede desloca a idéia do “fazer dança” para um território mais amplo, entendido aqui pelas diversas possibilidades de atuação que a dança contemporânea tem, que está além do que acontece nos palcos, na cena das composições coreográficas, na análise de como o processo criativo se desenvolve. Nossa hipótese é que o que entendemos por dança contemporânea está em processo de construção e transformação constantes, e que se evidencia também pelas articulações que se tramam entre os vários atores que participam do “fazer dança”. <br />
<br />
<br />
==A REDE para DANÇA==<br />
<br />
Ao pensar a rede da dança, partimos da premissa que tanto a colaboração quanto a rede sempre estiveram presentes nos processos de produção de dança, mas não eram visíveis. Com o “boom” causado pela cultura digital, os processos de organização em rede e a colaboração, que sempre existiram, se tornaram mais evidentes e passaram a ser pensados como uma questão no universo de produção artística contemporânea. A questão da rede, a partir dessa perspectiva, ultrapassa os limites do conceitos de online e offline e revela um momento social de nossa atualidade. Podemos encarar estes fenômenos de rede, tecnologia e colaboração, como mediadores, nos termos latournianos. Para Bruno Latour, o papel da mediação age como espaço de articulação de forças, que revela o presente, conjugando e valorizando tanto os aspectos humanos quanto não-humanos. Assim explica o autor: <br />
<br />
<br />
<big>"Estas metamorfoses, no entanto, tornam-se explicáveis se redistribuirmos a essência por todos os seres que <br />
compõem esta história. Mas então eles deixam de ser simples intermediários mais ou menos fiéis. Tornam-se mediadores, <br />
ou seja, atores dotados da capacidade de traduzir aquilo que eles transportam, de redefini-lo, desdobrá-lo, e também <br />
de traí-lo." (LATOUR, 1994, p. 80)</big><br />
<br />
<br />
Seguindo a pista de Latour, a rede inicial desenhada pela internet, um intermediário que transmite informação com ampla velocidade e alcance, desloca-se como proposta de uma “rede de relações”, que media as várias possibilidades que a dança contemporânea tem enquanto fazer artístico. Para o olhar em rede que estamos propondo à dança, que não está restrito pela delimitação inicial de rede como internet, buscamos “enfatizar os fluxos, os movimentos de agenciamento e as mudanças por eles provocadas, pois, como diz Latour (2002b), 'não há informação, apenas trans-formação', e essa é a principal característica de rede" (FREIRE, 2006, p. 56).<br />
<br />
<br />
==A colaboração que EMERGE da rede==<br />
<br />
A criação em rede através de processos de colaboração se torna cada vez mais comum e evidente nas artes performáticas e cênicas, sendo não raro encontrar na ficha técnica de uma obra a assinatura coletiva, o nome adjetivado: intérprete-criador, bailarino-diretor, artista-colaborador. Dentro dessa tendência cada vez mais observada atualmente, inclusive como parte dos processos criativos e de produção de obras, surge um artista que possui outras qualidades além da interpretativa e criativa. Por outro lado, podemos observar o conceito de colaboração cada vez mais presente em editais de fomento, em justificativas de programas de criação, em provocações e debates. Podemos observar também como ele é construído e ganha centralidade nesses processos coletivos.<br />
<br />
<br />
A idéia de colaboração parece estar em voga na produção de arte contemporânea.<br />
<br />
<br />
Uma hipótese é que o entendimento de rede e de colaboração passou a ser mais fluído a partir da evolução do uso das chamadas novas tecnologias. Fernando do Nascimento Gonçalves, em artigo sobre tecnologia e cultura, aborda essa questão da seguinte forma: <br />
<br />
<br />
<big>"O estado de ‘conexão’ dos elementos da cultura parece ser evidenciado pelo funcionamento de uma sociedade que <br />
cada vez mais se organiza de forma constelacional. Falamos hoje de redes sociais, convergências de mídia, sistemas <br />
financeiros globais com impactos locais, enfim, de fenômenos que apontam para o fato de que objetos, pessoas, ideias <br />
e ações não existem isoladamente. Contudo, esses fenômenos não inauguram essa ‘conectividade’, própria do social <br />
(assim como a tecnologia não constitui em princípio sua condição de possibilidade). Esses fenômenos não seriam senão <br />
um indício dessa ‘conectividade’." (GONÇALVES, 2009, p.102)</big><br />
<br />
<br />
O desenvolvimento do acesso à internet, a evolução das plataformas online, possibilitou que as redes (que já existiam antes da internet) se tornassem mais evidentes. A internet potencializa e evidencia um processo de conexão, uma rede simbólica e real, que já conecta diversos atores dessa trama de relações. No entanto, também estamos apostando que esse desenvolvimento da internet, essa potencialização das redes e sua maior visibilidade, impactou na produção de dança contemporânea, evidenciada pela “colaboração”. <br />
<br />
<br />
A crítica de Latour, e outros pensadores que com ele constroem um novo pensamento para as ciências sociais, é que o material científico não fala sozinho sobre os fenômenos que acontecem no social, que a trama social é composta por cultura, pessoas, animais, objetos, ideias, por materiais diversos, histórias, tradições, ficções. E que todo esse material pode ser revelado como fundamental para o entendimento dos acontecimentos de nossa sociedade, e não podem ser renegados diante do discurso legitimado do conhecimento científico. O homem e as coisas, se afetam mutuamente, e quem dirá qual a relevância de se falar da coisa, ou do homem, e em que peso, é a própria rede. <br />
<br />
<br />
A colaboração como tecnologia também emerge das novas maneiras de fazer dança. A idéia de emergência desenvolvida no pensamento de Steven Johnson, ao conceituar os sistemas complexos, diz respeito a um comportamento que se modifica de baixo pra cima, ''bottom up'', a partir de padrões criados pelos próprios agentes integrantes do sistema. Sistemas que podem ser computacionais, biológicos ou sociais. Os padrões são referentes a modos de interação entre os agentes, ou se preferirmos, aos atores que compõem a rede. Segundo Johnson:<br />
<br />
<br />
<big>"[...] os agentes que residem em uma escala começam a produzir comportamento que reside em uma escala acima<br />
deles: formigas criam colônias; cidadãos criam comunidades; um software simples de reconhecimento de padrões aprende<br />
como recomendar novos livros. O movimento das regras de nível baixo para a sofisticação do nível mais alto é que <br />
chamamos de emergência." (JOHNSON, 2001, p.14)</big><br />
<br />
<br />
A mudança observada nas práticas artísticas de dança, que estamos defendendo aqui como múltipla, se tornam evidentes pela emergência da colaboração como “princípio ativo” das relações que se constroem em rede. A colaboração é para nós uma pista do momento atual que a dança contemporânea participa, em que dançar está muito além da movimentação física dos bailarinos no palco. Novos critérios de criação e entendimento sobre “dança” passam a ser relevantes. <br />
<br />
<br />
Ora, nosso estudo trata de um fazer artístico de dança que se evidencia por sua característica múltipla. Quando dizemos “múltiplo”, estamos tentando demonstrar que a dança não está apenas no que se entende por dançar, na lógica de conhecimento da dança pautada na linguagem do movimento, (que classifica diferentes manifestações artísticas em “gêneros de arte”, por exemplo), mas na construção de pensamento, documentação, criação, experimentação que se dão em rede, em relações que conectam os diversos atores que participam da rede que o dançar e o fazer dança implica. <br />
<br />
<br />
Na prática artística de dança como prática social relacional e comunicativa, a colaboração evidenciada pelo compartilhamento de autoria, pela composição entre diferentes linguagens, pelo cruzamento entre diferentes disciplinas, o intercâmbio e a manutenção de vínculos, podem ser entendidas como decisões tomadas de acordo com as necessidades, vontades, ou ideias dos atores que compõem a dança como rede. Na medida em que novas experimentações se apresentam, novas possibilidades de colaboração também se fazem presentes: o compartilhamento de um processo criativo num blog, a produção e publicação de pesquisa temática em dança numa plataforma online, a criação de um coletivo que se organiza na internet, a produção de uma obra coletiva (ainda que coletivo aqui esteja menos no resultado que no processo). Nossa pesquisa aposta na abordagem da rede que a dança se apresenta enquanto prática contemporânea, mas é potencializada em sua movimentação de rede pela colaboração como matéria impulsora dessa conexão.<br />
<br />
<br />
==Reatando o Nó Górdio==<br />
<br />
A ideia de tradução ou mediação, desenvolvida por Latour, traz uma perspectiva sobre a rede como um movimento de articulação e transformação entre elementos heterogêneos, que neste artigo se evidencia pela colaboração. Os híbridos revelados na rede da dança, analisada nesta pesquisa, seria o “estatuto” que o fazer de dança assume na atualidade, ou seja, ao mesmo tempo linguagem, forma expressiva, conceito, forma de falar do mundo, do sujeito, do corpo, da vida, etc. <br />
<br />
<br />
Como mediador, entendemos que o artista-rede, (“artista” não como sujeito, mas como experiência de rede), ao ser afetado pelas mudanças ocorridas na sociedade, é capaz de ressignificar tais mudanças através de sua produção e de (re)apresentá-las à sociedade em outra organização, como por exemplo a obra de arte. Ao experienciar uma obra de arte, um espetáculo por exemplo, o público é confrontado por um discurso que tem um potencial de transformação. Reorganizando espaço e discurso, a arte permite que a comunicação aconteça por outros sentidos, sensoriais ou intelectuais, e que o espaço ou discurso ressignificado permaneça alterado mesmo após a experiência da obra. Neste sentido, a arte (ou a dança) contemporânea que não está mais comprometida com a representação do real, pode, no entanto, reapresentar, apresentar novamente o real, e dessa forma trazer novas possibilidades de significados para o real. Porque a arte pressupõe uma certa dose de liberdade para ser criadora.<br />
<br />
<br />
Esta é uma forma de reatar o nó que a “purificação” separou, no caso da dança que não é só uma forma de expressão do corpo, uma linguagem às vezes concebida como isolada das tecnologias, da história da arte, da sociedade em que floresce. Essa visão reduzida que a dança contemporânea nos convida a rever, graças a esse tipo novo de abordagem, na verdade nunca existiu, do ponto de vista da crítica de Latour.<br />
<br />
<br />
==Referências Bibliográficas==<br />
<br />
*GONÇALVES, F. N. Tecnologia e cultura: usos artísticos da tecnologia como prática de comunicação e laboratório de experimentação social. In: Revista FAMECOS, PUC –RS, v.1, p.100-110, 2009. <br />
<br />
*GORINI, Paula O. A Rede da Dança: uma cartografia em movimento. 2012. 147 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação – Tecnologia de Comunicação e Cultura) – Faculdade de Comunicação Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2012.<br />
<br />
*LAW, John. Notes on the Theory of the Actor Network: Ordering, Strategy and Heterogeneity. In: Centre for Science Studies. Lancaster University, Reino Unido. 1992. Disponível em: <http://www.comp.lancs.ac.uk/sociology/papers/Law-Notes-on-ANT.pdf>. Acesso em: 12 jul. 2012.<br />
<br />
*LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos. Rio de Janeiro: Editora 34, 1994.<br />
<br />
*_______________. Reensamblar lo Social: una introducción a la teoría del actor-red. 1a ed. Buenos Aires: Manantial, 2008.</div>Paula.gorinihttp://beta.wikidanca.net/wiki/index.php/Dan%C3%A7as_de_RuaDanças de Rua2013-11-11T17:32:01Z<p>Mariana Callegario: Criou página com 'Arquivo:Alunos-de-dança-de-rua.jpg As primeiras manifestações da dança de rua se originaram no período da grande crise econômica dos EUA, em 1929, quando os músicos e...'</p>
<hr />
<div>[[Arquivo:Alunos-de-dança-de-rua.jpg]]<br />
<br />
As primeiras manifestações da dança de rua se originaram no período da grande crise econômica dos EUA, em 1929, quando os músicos e dançarinos que trabalhavam nos cabarés foram desempregados e começaram a realizar suas apresentações nas ruas da cidade.<br />
<br />
Na década de 60 essa dança foi influenciada por James Brown, quando ele criou um novo ritmo, o soul e mais tarde também com a criação do funk. Outros elementos como a música disco e o rap também incentivaram a dança de rua e na década de 80 surge o breaking como uma vertente dessa dança, se espalhando rapidamente e tendo como percussor Michael Jackson.<br />
<br />
Podemos considerar que a dança de rua pode ultrapassar os limites de ser apenas uma dança influenciada por inúmeros ritmos, a dança de rua sempre manteve uma ligação com a cultura negra, sobretudo a partir da década de 70. Foi nesse período que esse movimento se estendeu para diversas outras manifestações artísticas como a pintura, poesia, visual (modo de se vestir e comportar) e grafite.<br />
<br />
Esse novo estilo originado nos guetos de Nova York recebeu o nome de Hip-Hop, que é composto por quatro elementos culturais: rap (ritmo e poesia), grafites (assinaturas), Dj’s e Mc’s, e Street Dance. O Hip-Hop pode ser considerado como a mistura do rap da Jamaica (ritmo e poesia), do Graffiti (arte plástica) e do Break (dança típica do hip-hop).<br />
<br />
A Dança de Rua, ou Street Dance é um estilo de dança caracterizado por possuir movimentações detalhadas, acompanhadas por expressões faciais, caracterizada por:<br />
<br />
* Fortes;<br><br />
* Sincronizados e harmoniosos;<br><br />
* Rápidos;<br><br />
* Simétricos de pernas, braços, cabeça e ombros;<br><br />
* Assimétricos de pernas, braços, cabeça e ombros; Coreografados.<br><br />
* As músicas, independente do estilo, têm a batida forte como principal característica.<br />
<br />
=B-boy ou B-girl=<br />
<br />
[[Arquivo:Break.jpg]]<br />
<br />
Esse termo foi criado por um importante DJ chamado DJ Kool Herc, que não se referia as pessoas que realizavam os movimentos robotizados, mas sim aquelas que se colocavam na roda para dançar quando o Dj ficava repetindo uma certa parte instrumental da música, que é o chamado “ Break” da música. Daí se originou o nome B-boy (break boy) ou B-girl (break girl).<br />
<br />
Dentro da cultura hip-hop acredita-se que para ser um B-boy completo (porém básico), de acordo com os praticantes dessa dança dos anos 70, é aquele que realiza sua apresentação em três partes principais, sendo elas:<br />
<br />
O Top Rock (originado no Bronx) é quando o B-Boy dança na vertical, em pé. Tem hoje a função de apresentação, ao entrar na roda o B-Boy / B-Girl completo, nunca deixa de apresentar o seu Top Rock, é o cartão de visitas apresentando o seu estilo, só depois ele desce ao chão para executar o Footwork. Quem não apresenta o seu Top Rock e o seu Footwork na roda não pode ser considerado um B-Boy / B-Girl completo.<br />
<br />
O Footwork (conhecido por nós como Sapateado) é o trabalho realizado pelos pés surgiu quando os "boie-oie-oings" (como eram chamados os B-Boys no inicio) começaram a movimentar o corpo circularmente com o apoio das mãos, fazendo tambem movimentos mais arriscados como saltos no ar. O Footwork é a base do B-Boying. Após sua rotina, o B-Boy sempre termina sua entrada com um Freeze.<br />
<br />
O Freeze é um congelamento no qual o B-Boy tem o ápice de sua apresentação, os bons freezes geralmente duram no mínimo dois segundos na posição escolhida, como já disse a lenda Mr. Freeze (RSC) e quanto maior o grau de dificuldade de execução, maior a sua qualidade.<br />
<br />
Os Moves (movimentos): O giro de cabeça, os saltos, os moinhos de vento, etc. São movimentos influenciados pela ginástica e ginástica olímpica com tempero da Rua.<br />
<br />
<br />
Os estilos da Dança de Rua:<br />
<br />
*Breaking, B-Boying;<br />
*Locking;<br />
*Up Rocking, Brooklyn Rock, Rockin;<br />
*Breakdance ;<br />
*Freestyle;<br />
*Street Dance;<br />
*Popping;<br />
*Entre outras vertentes.<br />
<br />
=Referências=<br />
<br />
Dança de Rua. Disponível em:<br />
<http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/danca-de-rua/danca-de-rua.php>. Acesso em: 9 set. 2013.<br />
<br />
Dança de Rua. Disponível em:< http://www.infoescola.com/danca/danca-de-rua/>. Acesso em: 10 set. 2013.<br />
<br />
História da Dança de Rua. Disponível em:<br />
<http://www.dancaderua.com/extras/historia-da-danca-de-rua>. Acesso em: 10 set. 2013.</div>Mariana Callegariohttp://beta.wikidanca.net/wiki/index.php/Dan%C3%A7a_Pra_CacildaDança Pra Cacilda2013-11-09T03:29:24Z<p>Wikidança: </p>
<hr />
<div>[[Danca_Banner300x200_png.png]]<br />
<br />
Aprovado no edital da Funarte, o projeto de ocupação ‘Dança para Cacilda’ estreou no dia 18 de abril de 2012, com oficinas, debates, filmes e espetáculos de artistas brasileiros e latino-americanos.<br />
<br />
==Histórico==<br />
<br />
De abril a setembro de 2012, o Teatro Cacilda Becker recebeu uma intensa programação de dança, com 27 espetáculos a preços populares e atividades com entrada franca. A ocupação artística do espaço, aprovada no Edital de Ocupação do Teatro Cacilda Becker 2012 da Funarte, “Dança pra Cacilda” foi conduzida pelos, até então, diretores do Festival Panorama, Nayse Lopez e Eduardo Bonito. De quarta a domingo dos meses de abril a setembro de 2012, o espaço ofereceu oficinas, debates, sessões de filmes e apresentações de artistas e companhias de dança convidadas, vindas de todo o país e da América Latina. A estreia do projeto aconteceu no dia 18 de abril de 2012, com uma programação criada pelo dançarino e coreógrafo argentino Fabian Gandini.<br />
<br />
[[Jose_carrasedo[000753].jpg]]</div>Wikidançahttp://beta.wikidanca.net/wiki/index.php/Destaque/11_2013Destaque/11 20132013-11-05T13:28:34Z<p>Wikidança: </p>
<hr />
<div>[[Arquivo:CORPOS_NOMADES_sinfonia.jpeg]]<br />
<br />
<br />
Companhia de dança contemporânea da cidade de São Paulo que se propõe a atuar na formação, criação e difusão das artes cênicas contemporâneas. Com 17 espetáculos no repertório, estreou em 2013 a produção “Uma Sinfonia entre a Medula Óssea e o Piscar dos Olhos”, inspirada em Heiner Müller, Gustav Mahler e Luchino Viscontti.<br />
==Histórico==<br />
<br />
A Cia. Corpos Nômades existe desde 1995, quando era conhecida como Cia. de João Andreazzi, o bailarino, coreógrafo, diretor e criador do grupo. Somente no ano 2000, a companhia foi rebatizada passando a se chamar Corpos Nômades.<br />
<br />
Todos os trabalhos da companhia buscam experimentar as amplas possibilidades de atuação cênica corporal, envolvendo múltiplas linguagens. Além da própria dança contemporânea, os espetáculos lançam mão de referências do teatro, literatura, vídeo-arte, música e instalações performáticas.<br />
<br />
Leia Mais: <br />
<br />
[[ Leia Mais| Cia. Corpos Nômades]]</div>Wikidançahttp://beta.wikidanca.net/wiki/index.php/Marcos_AbranchesMarcos Abranches2013-10-19T20:22:31Z<p>Ana Claudia Peres: </p>
<hr />
<div>Professor de dança, dançarino e coreógrafo da Cia. Vidança, de São Paulo, fundada por ele em 2005. Marcos Abranches tem paralisia cerebral por ter nascido prematuro, aos 6 meses e 20 dias.<br />
<br />
[[Arquivo:Marcos_abranches_corpo_sobre_tela.jpg]]<br />
<br />
==Perfil==<br />
Marcos Abranches tem 36 anos e, por conta de problemas decorrentes da paralisia cerebral, só se sentiu seguro para andar na rua sozinho aos 16. Mas sempre teve entre seus passeios favoritos a ida a teatros para assistir a espetáculos de dança.<br />
<br />
Sua estreia aconteceu em 2003, depois de conhecer o coreógrafo Sandro Borelli e fazer um teste para o espetáculo "Senhor dos Anjos". Integrando a CIA FAR 15, atuou ainda nos espetáculos Jardim de Tântalo e Metamorfose de Franz Kafka, todos coreografados e dirigidos por Sandro Borelli e Sônia Soares.<br />
<br />
O bailarino trabalhou também com os coreógrafos Marta Soares, Marcelo Bucoff, Jorge Garcia e com o americano Alito Alessi, um dos fundadores do Dance Ability, escola de movimento que integra, em cena, pessoas com e sem deficiência.<br />
<br />
[[Arquivo:Marcos_abranches_3.jpg]]<br />
<br />
Incentivado por Phillipe Gemet, desenvolveu um trabalho coreográfico com mais duas bailarinas e fundou o Grupo Vidança, apresentando a peça Desequilíbrio, que posteriormente transformou-se em um espetáculo solo, com mais de, até hoje, 150 espetáculos.<br />
Entrevistado pela [http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/10/1357480-coreografo-com-paralisia-cerebral-e-destaque-em-mostra.shtml Folha de S. Paulo], Marcos Abranches declarou:<br />
<br />
<big>Nossa sociedade, por falta de conhecimento, trata o deficiente como um coitado. Se eu fosse me basear nesse tipo<br />
de pensamento, não colocaria meus pés para fora de casa. No meu espaço, não há sofrimento. (…) Tenho orgulho <br />
da minha deficiência, mas não uso isso em primeiro lugar na minha dança. Eu me entrego totalmente, mas antes de<br />
qualquer coisa vem meu coração e meu aprendizado.</big><br />
<br />
Marcos participou do Kulturdifferenztans, em Colônia (Alemanha), e Crossings Dance Festival, em Düsseldorf (Alemanha), apresentando "Via sem Regra", sob direção de Gerda König. Atuou na peça “Trem Fantasma”, em uma adaptação, no Brasil, da obra “Navio Fantasma”, de Wagner, dirigido por Christoph Schligensielf, rendendo-lhe o convite para atuar na temporada de 2008, reeditada em outubro de 2010 e em 2012, na ópera teatralizada da Vida e Obra de Joana D’Arc, no Deutsche Open Berlin, dirigida por Christoph Schligensielf (in memoriam), um dos mais respeitados diretores de toda Europa.<br />
<br />
[[Arquivo:Marcos_abranches_corpo.jpg]] <br />
<br />
<small>Corpo sobre Tela. Foto:Eduardo Krapp</small><br />
<br />
Seus mais recentes trabalhos são “Forma de Ver, com a participação da dançarina Ale Bono Vox e sob a direção de Rogério Ortiz, e “Corpo sobre Tela”, criado em parceria com Rogério Ortiz baseada na obra de Francis Bacon e dirigido pelo próprio dançarino. Em “Corpo sobre Tela”, o bailarino combina movimentos voluntários e involuntários ao seu trabalho de intérprete. O corpo do artista vira uma espécie de pincel com o qual ele pinta um quadro durante o espetáculo.<br />
<br />
==Coreografias==<br />
<br />
* '''Corpo sobre tela''' com a Cia. Vida<br />
<br />
* '''D...Equilíbrio''' com a Cia. Vidança<br />
<br />
* '''Formas de Ver''' com a Cia. Viadança<br />
<br />
* '''Via sem Regra''' com a Cia. Vidança<br />
<br />
* '''Senhor dos Anjos''' com a Cia. FAR 15 <br />
<br />
* '''Jardim de Tântalo''' Cia. FAR 15<br />
<br />
* '''Metamorfose de Franz Kafka''' Cia. FAR 15<br />
<br />
==Depoimento==<br />
<br />
Veja o [http://transform.britishcouncil.org.br/pt-br/content/depoimento-do-dancarino-marcos-abranches-no-seminario-arte-sem-limites depoimento] completo do bailarino Marcos Abranches durante o Seminário Unlimited: Arte sem Limites, que aconteceu em São Paulo, em 8 de agosto de 2013. <br />
<br />
[[Arquivo:Marcos_abranches_1.jpg]]<br />
<br />
Quando vou a um restaurante e, despreparado, esqueci minha colher apropriada, tenho que improvisar uma, fazendo com que a inclinação entre a concha e a haste seja maior para que eu possa pegar a comida. Situações hilárias aconteceram e acontecem comigo. Já tomei bronca de garçons e donos de restaurantes, já tive que pagar pela colher quebrada, já tive ajuda de pessoas que, em solidariedade, ajudaram a entortar, a ponto de aplicarem força demasiada e quebrarem a colher. Já saí com meia dúzia de colher quebrada no bolso, sem o garçom entender porque eu pedia tanta colher e eu não podia explicar a ele que a liga de aço da colher era muito fraca. Enfim, se me convidarem para comer em suas casas, cuidado, sou o maior “entortador” de colher do planeta. Espero que os garçons do almoço, que vai acontecer daqui a pouco, não estejam me escutando.<br />
<br />
Mas, momentos da minha vida me chamaram a atenção e me levaram a reflexão.<br />
<br />
Estive por cinco vezes me apresentando na Alemanha como dançarino. Três vezes em Berlim. É certo que ia a restaurantes. Por questões de prática e tempo, costumava, sempre que possível, repetir o mesmo restaurante, próximo ao Deutsche Open Berlin, onde me apresentava. E vejam. Sem nunca solicitar nada, e nem a mando de ninguém, e nem mesmo saberem o que eu fazia naquele País, quando me sentava à mesa de um restaurante, olhava para os talheres e lá estava a minha colher entortada, sobre um guardanapo de pano, reluzente, exatamente igualzinha a que havia deixado no primeiro dia que lá estive. Ah!, o garfo também estava entortado (pois não sabiam se gostaria de usá-lo ou não), o canudinho no copo e a comida servida já cortada, dada minha dificuldade nos movimentos de pinça. Tudo isso agraciado com um: - Guth Nate Tanzer .<br />
<br />
Foram além, já sabiam que eu era um dançarino e, pasmem não se espantaram em nada com isso. No Brasil, ao ser abordado, quase fui preso por um policial achar que estava ironizando quando falei qual era a minha profissão: - Tá me tirando cara, conta outra.<br />
<br />
Reflexões.<br />
<br />
Olhar para a deficiência e olhar para a arte, ou juntas, a arte pelo deficiente, não está no simples olhar de ver. Está na grandeza, sem limites, do respeito e da alma das pessoas.<br />
<br />
Em filosofia discute-se a questão do sistema autopoiético (compreender os sistemas vivos e por decorrência os sistemas de sentido). São os sistemas de sentido que abrangem os sistemas psíquicos, os sistemas comunicativos, enquanto sistemas sociais e suas realidades, cujo centro de interesse é a capacidade interpretativa do ser vivo, que concebe o homem não como um agente que “descobre” o mundo, mas que o constitui.<br />
<br />
[[Arquivo:Marcos_abranches_2.jpg]]<br />
<br />
Entre frustrações e conquistas, nesse sentido, venho, há mais de 10 anos, desde meu primeiro trabalho em Senhor dos Anjos baseado na vida e obra do escritor Augusto dos Anjos, até o meu mais recente trabalho Corpo sobre Tela adaptada das obras do pintor modernista Francis Bacon, procurando fazer da minha dança um chamamento para a reflexão sobre o modo de agir, pensar e opinar das pessoas. Honestidade e integridade não são somente padrões que os outros enxergam em nós. Danço para que as pessoas possam interiorizar os seus verdadeiros valores de equivalência.<br />
<br />
Se estiverem vazias, por Deus, que a Arte e a Cultura as alimentem.<br />
<br />
Algumas pessoas podem pensar: Se somos o sopro de Deus, quem nasce com deformações físicas ou mentais são frutos de um sopro defeituoso?<br />
<br />
A resposta para este tipo de desigualdade é que não há sofrimento ao redor de nossos passos. O mal supostamente forjado não está naqueles que o carregam, mas naqueles que padecem da aflição de sua própria ansiedade, respeitável, mas inútil, projetando e mentalizando ocorrências menos felizes para a vida dos portadores de deficiência, que, em muitos casos, não são vistos como se supõe e, por vezes, nem chegarão a vê-los assim.<br />
<br />
Em meu mais recente trabalho, Corpo sobre Tela, uma das nossas propostas (aqui incluo meu diretor Rogério Ortiz) é imaginar a imagem refletida na alma das pessoas através dos movimentos coréicos voluntários involuntários, implicam o figurativo ilustrativo do objeto. Na narrativa, a crônica informal das formas sensitivas de nos ver e de ver os fatos, denunciando os padrões anestesiados das sensações, vitimados pela pobreza da alma imperfeita que limitam a subjetividade do ver. <br />
Mas esta é a minha missão. Quando Deus colocou a dança em minha vida, não me perguntou se eu a queria ou não. Simplesmente a colocou. Deus não pergunta. Mas de uma coisa estou certo, ele me fez dançarino, para que, entre tantos outros, rogue ao mundo que reflita sobre a ausência do igual.<br />
<br />
Tenham a certeza, para os deficientes, as mostras de arte e cultura são inesgotáveis. Sem limites ou fronteiras. Não se surpreendam do que somos capazes. <br />
<br />
Todos sabem o quanto se produz arte e cultura nos meios deficientes, o que precisamos é extravasar nossa demanda. Para tanto precisamos que o universo sistematizado que nos rodeia as compreendam e criem mecanismos políticos de condução.<br />
Se desejarem ter provas da falta de compreensão do sistema político para com nossas causas, entrem com um projeto de arte de deficientes buscando benefícios em uma Lei Rouanet, Incentivos e Seguridade Social e presenciem a vontade política da inclusão.<br />
Apesar das mudanças em curso, o poder público ainda observa a deficiência como uma característica do indivíduo que possui um corpo com uma disfunção ou imperfeição. Sendo assim, o corpo torna-se o instrumento da inclusão social, agora não pela sua beleza ou pela sua habilidade extraordinária, mas em função do seu defeito e da sua inabilidade.<br />
<br />
Mas não podemos generalizar.<br />
<br />
Iniciativas como a desse Seminário dão prova que existem instituições, governamentais e privadas, com alta compreensão do nosso trabalho, e assim encerro com meus agradecimentos aos realizadores desse evento.<br />
<br />
Agradeço a Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, ao MAM, a SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, a British Council, ao Sesc, a Associação Paulista dos Amigos da Arte, aos colegas palestrantes e a todas as pessoas que colaboraram para a realização desse importante Seminário, na certeza de que demos mais um passo para o engrandecimento e condução da arte e cultura de todos nós artistas deficientes.<br />
<br />
Parabéns por esse trabalho.<br />
<br />
Meu muito obrigado.<br />
<br />
==Referências==<br />
<br />
Veja depoimento: http://transform.britishcouncil.org.br/pt-br/content/depoimento-do-dancarino-marcos-abranches-no-seminario-arte-sem-limites<br />
<br />
[http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/10/1357480-coreografo-com-paralisia-cerebral-e-destaque-em-mostra.shtml Folha de S. Paulo]<br />
<br />
[http://noticias.uol.com.br/album/olho-magico/2013/10/18/olho-magico.htm?fotoNav=1&fb_action_ids=10153399714025038&fb_action_types=og.recommends&fb_source=aggregation&fb_aggregation_id=288381481237582 Notícias Uol]</div>Ana Claudia Pereshttp://beta.wikidanca.net/wiki/index.php/O_Tempo_da_Paix%C3%A3o_ou_O_Desejo_%C3%89_um_Lago_AzulO Tempo da Paixão ou O Desejo É um Lago Azul2013-10-14T23:08:53Z<p>Ana Claudia Peres: </p>
<hr />
<div>Espetáculo encenado pela Cia. de Arte Andanças sob a direção da coreógrafa cearense Andréa Bardawil, inspirado na obra do artista plástico Leonilson.<br />
<br />
[[ARQUIVO:O_TEMPO_DA_PAIXAO_11.jpg]]<br />
<br />
<small> DIVULGAÇÃO:Paulo Amoreira</small><br />
<br />
==O espetáculo==<br />
<br />
Em 2004, a coreógrafa cearense [[Andréa Bardawil]] ganhou o Edital de Incentivo às Artes no Ceará para realizar o espetáculo “O Tempo da Paixão ou O Desejo é um Lago Azul”, inspirado livremente na obra do artista plástico [http://pt.wikipedia.org/wiki/Leonilson Leonilson] e encenado pela Cia. da Arte Andança. O espetáculo centra foco no desejo e na afirmação de vida, em contraponto à doença e à morte, duas referências comuns sobre Leonilson, vitimado pela aids em 1993. Andréa já declarou em entrevistas que o estigma criado pela doença parece se impor a uma trajetória de vida intensa, como se a morte fosse um castigo para quem viveu a vida com tal intensidade, e a culpa fosse algo da qual não pudéssemos escapar.<br />
<br />
Ao [http://diariodonordeste.globo.com/m/materia.asp?codigo=613260 Diário do Nordeste], a coreógrafa afirmou:<br />
<br />
<big>“É impressionante como o Leonilson faz gritar algo completamente silencioso. Do mínimo, do absolutamente <br />
cotidiano, ele é capaz de surpreender a gente com uma potência extraordinária. Foi imediato: vi o Leonilson<br />
e fiquei decidida que iria ressignificar aquilo tudo através do movimento, através da minha dança”".</big><br />
<br />
[[ARQUIVO:O_TEMPO_DA_PAIXAO_10.jpg]]<br />
<br />
No espetáculo, que usa e abusa das cores, os bailarinos e também intérpretes-criadores Possidônio Montenegro, Sâmia Bittencourt, Tiago Ribeiro e Carlos Antônio dos Santos, dançam todo o tempo sobre pedrinhas e cristais espalhados pelo chão. A intenção, segundo a diretora, não era apresentar o artista plástico mas de alguma maneira induzir o público a querer conhecê-lo. Para tanto, a coreografia lança mão de vários elementos emblemáticos da obra de Leonilson: além das pedras e dos cristais, os tecidos, um travesseiro, uma calça jeans.<br />
<br />
“O Tempo da Paixão ou O Desejo é um lago Azul” foi encenado em museus, galerias e espaços alternativos, uma vez que não foi concebido para palcos italianos.<br />
<br />
Montagem das mais aplaudidas no cenário da dança contemporânea cearense desde o ano de sua criação, 2005, o espetáculo foi exibido pela última vez em fevereiro de 2009. Mas foi remontado em 2011, a convite do Itaú Cultural, para integrar a exposição “Sob o peso dos meus amores”, retrospectiva da obra de Leonilson no Brasil. Ainda em 2011, “O Tempo da Paixão ou O Desejo É um Lago Azul” apresentou-se também durante a 8ª Bienal Internacional de Dança do Ceará.<br />
<br />
==Ficha Técnica==<br />
<br />
* Concepção, Direção e Composição Coreográfica: Andréa Bardawil<br />
* Intérpretes-criadores: Possidônio Montenegro, Sâmia Bittencourt, Tiago Ribeiro e Carlos Antônio dos Santos<br />
* Figurino: Ruth Aragão<br />
* Iluminação: Walter Façanha<br />
* Concepção Visual: Enrico Rocha e Andréa Bardawil<br />
* Fotos: Paulo Amoreira e Bia Pontes<br />
* Projeto gráfico: Galciani Neves<br />
<br />
==A companhia==<br />
<br />
[[ARQUIVO:TEMPO_DA_PAIXAO_2.JPG]]<br />
<br />
A Companhia da Arte Andanças surgiu em 1991 e investiu na sua pesquisa de linguagem. Em 1999, passou a sediar-se no Alpendre – Casa de Arte, Pesquisa e Produção, dividindo espaço, tempo e inquietações com outros artistas interessados na arte contemporânea, constituindo um novo espaço de encontro. Além das informações técnicas, iniciou-se um processo intenso de troca e produção com as Artes Plásticas, o Vídeo, a Literatura e a Fotografia.<br />
<br />
Sempre sob a direção de Andréa Bardawil, a Cia. da Arte Andanças vem desenvolvendo uma incessante pesquisa sobre o corpo. Entre os espetáculos da companhia, destacam-se, além de “O Tempo da Paixão ou O Desejo é um Lago Azul”, “A Dança de Clarice”, “O Tempo da Delicadeza”, “Os Tempos”, “Vagarezas e Súbitos Chegares” e “Graça”.<br />
<br />
==Referências==<br />
<br />
[http://diariodonordeste.globo.com/m/materia.asp?codigo=613260 Diário do Nordeste]<br />
<br />
[http://diariodonordeste.globo.com/m/materia.asp?codigo=964736 DN]<br />
<br />
[http://www.bienaldedanca.com/atividades-bienal-2011/cia-da-arte-andancas-ce site oficial Bienal de Dança]<br />
<br />
[http://www.opovo.com.br/app/opovo/vidaearte/2011/04/09/noticiasjornalvidaearte,2123900/o-caminho-se-faz-andando.shtml Jornal O POVO]<br />
<br />
==Ligações externas==<br />
<br />
[http://ciadaarteandancas.wordpress.com/ Site oficial]</div>Ana Claudia Pereshttp://beta.wikidanca.net/wiki/index.php/Cia._Corpos_N%C3%B4madesCia. Corpos Nômades2013-10-14T21:03:16Z<p>Ana Claudia Peres: </p>
<hr />
<div>Companhia de dança contemporânea da cidade de São Paulo que se propõe a atuar na formação, criação e difusão das artes cênicas contemporâneas. Com 17 espetáculos no repertório, estreou em 2013 a produção “Uma Sinfonia entre a Medula Óssea e o Piscar dos Olhos”, inspirada em Heiner Müller, Gustav Mahler e Luchino Viscontti.<br />
<br />
[[Arquivo:CORPOS_NOMADES_solidao.jpg]]<br />
<br />
<small>Espetáculo "Na infinita solidão dessa hora e desse lugar" (2012)</small><br />
<br />
==Histórico==<br />
<br />
A Cia. Corpos Nômades existe desde 1995, quando era conhecida como Cia. de João Andreazzi, o bailarino, coreógrafo, diretor e criador do grupo. Somente no ano 2000, a companhia foi rebatizada passando a se chamar Corpos Nômades.<br />
<br />
Todos os trabalhos da companhia buscam experimentar as amplas possibilidades de atuação cênica corporal, envolvendo múltiplas linguagens. Além da própria dança contemporânea, os espetáculos lançam mão de referências do teatro, literatura, vídeo-arte, música e instalações performáticas.<br />
<br />
Sobre os trabalhos da Cia. Corpos Nômades e seu diretor, João Andreazzi, assim falou a professora e crítica de dança [Helena Katz]:<br />
<br />
<big>“Nas artes cênicas, os últimos anos têm sido marcados por um trânsito entre os saberes. Um fluxo de apropriações <br />
que gera novos domínios. João Andreazzi cria com este recorte. Seu percurso indica um desejo de amalgamar dança, <br />
teatro, música e artes plásticas. O cenário básico das suas experimentações é o corpo. Um corpo que aspira a completude<br />
do gesto com o movimento, com a fala, com o espaço, com a sonoridade plástica e/ou plasticidade sonora”</big><br />
<br />
[[Arquivo:CORPOS_NOMADES_sinfonia.jpeg]]<br />
<br />
<small> Uma Sinfonia entre a Medula Óssea e o Piscar dos Olhos (2013)</small><br />
<br />
Em 2007, a Companhia inaugurou a sua sede que funciona também como centro cultural, na rua Augusta, 325, em São Paulo. Intitulado de O Lugar – Cia. Corpos Nômades, o espaço funciona como campo de reflexão, formação e criação em dança contemporânea.<br />
<br />
Pensado para abrigar aulas e apresentações das artes cênicas contemporâneas, com amplas salas e muito espaço para experimentos, O Lugar passou a funcionar a um só tempo como espaço alternativo, voltado à prática e ao aprendizado da dança e de outras vertentes das artes visuais e cênicas, como ainda local de ensaio e apresentação das criações da Companhia, possibilitando sua interação com outros grupos e artistas da dança, por meio da realização de mostras.<br />
<br />
Na estreia, O Lugar acolheu o espetáculo da Cia. Corpos Nômades intitulado “Gramática Expositiva do Chão”, inspirado na obra do poeta mato-grossense Manoel de Barros, apresentado às 24h00 desse dia, como parte do evento Virada Cultural da Cidade de São Paulo. Constantemente, são oferecidos workshops, oficinas e cursos regulares de dança contemporânea.<br />
<br />
<br />
==Espetáculos==<br />
<br />
* '''Uma Sinfonia entre a Medula Óssea e o Piscar dos Olhos''' '''(2013)'''<br />
<br />
Montagem é inspirada nos textos do dramaturgo [http://pt.wikipedia.org/wiki/Heiner_M%C3%BCller Heiner Müller] (“Descrição de Imagem”, alguns pensamentos e o poema “Odor de Sabão”), nas sinfonias de [http://pt.wikipedia.org/wiki/Gustav_Mahler Gustav Mahler] (essencialmente os adagietos, “A Canção da Terra” e o “Quarteto de Cordas e Piano”) e na obra do cineasta [http://pt.wikipedia.org/wiki/Luchino_Visconti Luchino Visconti] (o clássico “Morte em Veneza”). O espetáculo estreou em São Paulo em setembro de 2013.<br />
<br />
* '''Na infinita solidão dessa hora e desse lugar''' '''(2012)'''<br />
<br />
o espetáculo se inspira no ambiente da Rua Augusta, em São Paulo, e em seus personagens típicos, para criar movimentos que compõem as coreografias. Para a expressão vocal, a inspiração vem dos textos de Bernard-Marie Koltès e Madalena Bernardes.<br />
<br />
* '''Espectros de Shakespeare – Do Outro Lado do Vento''' '''(2010)'''<br />
<br />
[[ARQUIVO:CORPOS_NOMADES.jpg]]<br />
<br />
“Ofélia”, “Macbeth”, “Lady Macbeth”, “As Três Bruxas”, “Hamlet”, o “Espectro de Hamlet” e muitos outros personagens do bardo inglês [http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Shakespeare William Shakespeare] são dissecados e fundidos à coreodramaturgrafia buscando, mais do que o sofrimento trágico apresentado de forma literal, uma substância trágica capaz de unir as cenas transformando-as em referências da existência humana.<br />
<br />
* '''Édipus Rex – A máquina desejante (2009)'''<br />
<br />
[[ARQUIVO:CORPOS_NOMADES_edipos.JPG]]<br />
<br />
Inspirado na famosa trilogia de Sófocles sobre a lenda/mito de Édipo, considerada a tragédia das tragédias ao colocar em foco questões como o parricídio e o incesto; mas também é motor do pensamento e da pesquisa de questões como as das oposições e interações entre o público e o privado, a norma e a transgressão, o destino e a invenção. No espetáculo, entram como elemento ainda as provocações de “O anit-édipo”, de [http://pt.wikipedia.org/wiki/Gilles_Deleuze Gilles Deleuze] e [http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%A9lix_Guattari Fêlix Guattari], em sua análise desconcertante e complexa sobre o mundo capitalista e esquizofrênico em que vivemos.<br />
<br />
* '''Hotel Lautréamont – Os Bruscos Buracos do Silêncio (2009)''' <br />
<br />
[[ARQUIVO:CORPOS_NOMADES_hotel.jpg]]<br />
<br />
Montagem de fragmentos, detalhes sugestivos, impressões provocadas por passagens do texto de Isidore Ducasse, que adotou o pseudônimo de [http://pt.wikipedia.org/wiki/Conde_de_Lautr%C3%A9amont Conde de Lautréamont], e por sua gama de sugestões visuais e sonoras e, especialmente, corporais.<br />
<br />
* '''O Barulho Indiscreto da Chuva (2008)'''<br />
<br />
O espetáculo se baseia nas lembranças indiscretas dos intérpretes, as que brotaram da história do casarão construído na década de 30 – e hoje sede da Companhia – e de seus arredores, e os relatos das pessoas que acessaram a sala de ensaio virtual criada com esse propósito. Autores como [http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Pessoa Fernando Pessoa], Beckett, Berard-Marie Koltès e [http://pt.wikipedia.org/wiki/Oswald_de_Andrade Oswald de Andrade], são tomados como referência para a construção coreográfica e dramatúrgica de “O Barulho Indiscreto da Chuva”.<br />
<br />
* '''Fuga Fora do Tempo (2007)'''<br />
<br />
“Fuga Fora do Tempo” remete à idéia de eternidade, de continuidade das coisas, do vão que se cria entre o passado e o futuro. O espetáculo inspira-se nas idéias críticas do artista plástico francês [http://pt.wikipedia.org/wiki/Marcel_Duchamp Marcel Duchamp]<br />
<br />
* '''Gramática Expositiva do Chão (2007)'''<br />
<br />
Toma como fonte de inspiração o livro homônimo de [http://pt.wikipedia.org/wiki/Manoel_de_Barros Manoel de Barros] e as obras “Livro Sobre Nada” e o “ O Guardador de Águas”<br />
<br />
* '''Algum Lugar Fora do Mundo (2005)'''<br />
<br />
O espetáculo marca os cinco anos de existência da Companhia e faz uma viagem na companhia de referências a personagens como Rimbaud, Artaud, [http://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Baudelaire Baudelaire], Cocteau, Mallarmé, Domenico de Masi, [http://pt.wikipedia.org/wiki/Umberto_Eco Umberto Eco], Buñuel e Fernando Pessoa, entre outros. O público participa ativamente do desenvolvimento do enredo, instalando-se em barracas que funcionam como relicários. “Algum Lugar Fora do Mundo” propõe uma discussão sobre dois pilares da cultura: a tradição e a comunicação.<br />
<br />
* '''Nocaute (2004)'''<br />
<br />
* '''Hyperbolikós (2004)'''<br />
<br />
Em Hyperbolikós, a obra do poeta curitibano [http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Leminski Paulo Leminski] é a referência essencial para a criação cênica, em que os elementos da dança, do teatro, da música (pré-gravada e ao vivo) e de projeções servem para retratar a temática existencial que ele aborda.<br />
<br />
* '''Remix Pôs-Ter (2003)'''<br />
<br />
Um espetáculo que integra dança contemporânea, vídeo arte, grafite, rap e música eletrônica, onde a velocidade dos fatos desencadeia uma mudança na forma de perceber o mundo e de assistir à contemporaneidade.<br />
<br />
* '''Não Fosse Isso Era Menos Não Fosse Tanto era Quase (2003)'''<br />
<br />
* '''Cenas Corpos Nômades (2003)'''<br />
<br />
Envolve bailarinos, DJ, música eletrônica, grafiteiro, rapper, vídeo arte e o público, integrando ao roteiro cenas do repertorio da Cia e o sampleamento de imagens, movimentos e sons.<br />
<br />
* '''Pôs-ter (2002)'''<br />
<br />
* '''Treme-Terra (work-in-progress) (2001)'''<br />
<br />
* '''OOZE/EZOO (2000)'''<br />
<br />
Trabalha com as referências surgidas no trânsito entre realidade e virtualidade, entre o estável e não estável. O texto “Pioravante Marche”, de [http://pt.wikipedia.org/wiki/Samuel_Beckett Samuel Beckett], é uma das inspirações para a coreografia e do rap (ritmo e poesia). Elementos da cultura Hip-Hop (dj, b.boy, rapper e o grafiteiro) são incorporados de forma a contextualizar as situações.<br />
<br />
* '''Aos Olhos de Alguém (solo) (1999)'''<br />
<br />
[[Arquivo:CORPOS_NOMADES_olhos.jpg]]<br />
<br />
"Aos Olhos de Alguém", refere-se ao transitório, ao instável e à sensação de perda, de busca e de apego/desapego. As sensações de perda, de busca e de apego/desapego foram as fontes de inspiração desse trabalho. Com um slide antigo remetendo à infância (foto de família de 1968) reelabora-se a noção de presente, passado e futuro. Esses conceitos se condensam ainda por outras projeções de vídeos, slides e figuras num retroprojetor. O espetáculo ganhou o Prêmio APCA(Associação Paulista de Críticos de Arte) 1999<br />
<br />
==Crítica==<br />
<br />
“Um após outro, os espetáculos da Cia. Corpos Nômades vão deixando cada vez mais clara a construção da sua coreodramaturgrafia. O conceito, proposto por seu diretor, João Andreazzi, pode assustar quando lido pela primeira vez, mas diz exatamente do que trata: reúne coreografia e dramaturgia em uma escrita única”. (Helena Katz. Veja crítica completa em [http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-corpo-que-fala-em-tonalidades-dramaticas,374900,0.htm O Estado de São Paulo])<br />
<br />
“O diretor e o grupo (formado por oito dançarinos) buscam uma investigação cênica, culminando no que João chama de coreodramaturgrafia. Dança, dramaturgia, vídeo mesclados na criação de um espetáculo que nega a mera contemplação, buscando a interação com os elementos circundantes como a rua, a casa e o público, que pode participar do desenvolvimento do work in progress, através de um blog. Baseado nas lembranças dos elementos participantes, o espetáculo é uma mistura de vídeo, teatro e dança, estimulando pensamentos indiscretos do público, que acompanha o desenrolar do enredo em de todos os espaços do casarão e sai do local com a sensação de ter visto algo realmente novo”. (Nina Liesenberg, no site da [http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI8848-15223,00-ESPETACULO+EM+SAO+PAULO+MISTURA+VIDEO+TEATRO+E+DANCA.html Época])<br />
<br />
==Prêmios==<br />
<br />
* Prêmio Estímulo da Secretaria do Estado da Cultura (1994)<br />
<br />
* Prêmio APCA 2010 (Associação Paulista de Críticos de Arte) por Modelo de Espaço de Difusão em Dança <br />
<br />
* Bolsa da CAPES – APARTES para estudar na SNDD – Holanda (1996)<br />
<br />
==Eventos==<br />
<br />
* Programa Municipal de Fomento à Dança de São Paulo (2006, 2008, 2009 e 2011)<br />
<br />
* Funarte Klauss Vianna (2007)<br />
<br />
* Dança em Pauta – CCBB/SP (2007)<br />
<br />
* Caixa Cultural (2007)<br />
<br />
* Panorama SESI de Dança (2005)<br />
<br />
* Mostra Internacional SESC de Artes – Mediterrâneo (2005)<br />
<br />
* Prêmio Estímulo à Dança SMCSP (2004)<br />
<br />
* Rumos Itaú cultural Dança (2003)<br />
<br />
* Funarte – EnCena Brasil (2002)<br />
<br />
* Mostra Oficial do festival de teatro de Curitiba (2001)<br />
<br />
* Bienal de Dança do SESC/SP (2000)<br />
<br />
* Nederland Dans Dag (1998)<br />
<br />
* Porto Alegre em Cena (1995)<br />
<br />
* Movimentos de Dança – SESC/SP (1989, 1991 e 1993)<br />
<br />
==Referências==<br />
<br />
[http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-corpo-que-fala-em-tonalidades-dramaticas,374900,0.htm O Estado de São Paulo]<br />
<br />
[http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI8848-15223,00-ESPETACULO+EM+SAO+PAULO+MISTURA+VIDEO+TEATRO+E+DANCA.html Site época]<br />
<br />
==Ligações externas==<br />
<br />
Veja [http://www.ciacorposnomades.art.br/wordpress/?page_id=240 vídeos] de espetáculos da Cia. Corpos Nômades<br />
<br />
[http://www.ciacorposnomades.art.br/ Site oficial]</div>Ana Claudia Pereshttp://beta.wikidanca.net/wiki/index.php/Cia._dos_P%C3%A9s_GrandesCia. dos Pés Grandes2013-10-14T03:09:04Z<p>Ana Claudia Peres: </p>
<hr />
<div>Companhia de dança cearense, formada exclusivamente por homens, que alia o sapateado às técnicas alternativas de dança contemporânea.<br />
<br />
[[Arquivo:PES_GRANDES_coisas_juntos.jpg]]<br />
<br />
<small>Espetáculo "Das coisas que fazemos juntos"</small><br />
<br />
==Histórico==<br />
<br />
[[Arquivo:PES_GRANDES_ensaio_2.jpg]]<br />
<br />
Idealizada pelo coreógrafo Heber Stalin, oriundo da Cia. Vatá/Valéria Pinheiro, a Cia. Dos Pés Grande existe desde 2007. <br />
Formado só por rapazes, o coletivo tem como ferramenta de composição coreográfica o sapateado de pesquisa autoral e as vertentes do esporte – boxe, luta livre, corrida e elementos do atletismo –, em diálogo com técnicas circenses, a partir de trabalhos acrobáticos de solo.<br />
<br />
<big>"A criação da Cia. tinha o objetivo de quebrar paradigmas. Queria fazer algo mais explosivo e queria que fosse<br />
com homens para provar que a dança também pertence ao universo masculino" (Heber Stalin, ao [http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=464025 Diário do Nordeste)]</big> <br />
<br />
Em 2009, a companhia levou para os palcos o espetáculo “Um americano em Paris”, baseado no poema sinfônico de George Gershwin que já recebeu adaptação cinematográfica com atuação de Gene Kelly. Em 1953, um outro cearense, o bailarino [[Hugo Bianchi]], adaptou o musical para os palcos.<br />
<br />
A montagem da Cia. dos Pés Grandes para o espetáculo propôs uma releitura contemporânea, partindo da experimentação sonora e propondo uma nova decodificação percussiva aliando ao sapateado os sons provocados pelos corpos em cena.<br />
<br />
[[Arquivo:PES_GRANDEAS_disritimia.jpg]]<br />
<br />
<small> Espetáculo "Disritmia"</small><br />
<br />
Na trajetória do grupo, destacam-se ainda a criação do projeto "Pisando com o Mundo", a montagem dos espetáculos “Dois Devaneios” e “Disritmia”, além de apresentações no Festival de Pacoti, no Theatro José de Alencar e na [[Bienal Internacional de Dança do Ceará]], e performances em ruas e praças.<br />
<br />
Na IX Bienal Internacional de Dança do Ceará, que acontece em 2013, a Cia. Dos Pés Grandes vai apresentar o espetáculo “Das coisas que fazemos juntos”.<br />
<br />
==Espetáculos==<br />
<br />
* '''Das coisas que fazemos juntos (2013)'''<br />
Investigação de possibilidades de se construir coisas juntos, de permanecer, de resistir. Presentificar estados corpóreos que constituem cena. Encontro, tensão e partilha como elementos de composição coreográfica. Luta, paragem, “ficância”.<br />
<br />
* '''Disritmia (2010)'''<br />
O espetáculo aborda algumas questões que circundam o universo masculino a partir do corpo, seus sons e nuances. A sensualidade e a molecagem são palavras-chaves do espetáculo.<br />
<br />
* '''Um americano em Paris (2009)'''<br />
Adaptação do musical homônimo<br />
<br />
* '''Dois Devaneios (2007)'''<br />
<br />
[[Arquivo:PES_GRANDES_dois_devaneios.jpg]]<br />
<br />
Tendo a rua como tema, os dançarinos mesclam hip hop, funk, chorinho e cantigas de roda à percussão de seus sapatos. No espetáculo, os bailarinos também cantam músicas que vão de “Carinhoso”, de Pixinguinha, a “Coração de papelão”, do Balão Mágico. <br />
<br />
<br />
==Referências==<br />
<br />
[http://www.oktiva.net/oktiva.net/1209/nota/153566 Site Tembiu]<br />
<br />
[http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=464025 Diário do Nordeste]<br />
<br />
[http://www.bienaldedanca.com/programacao-2013/cia-dos-pes-grandes-ce#.Ulr9llCG2_M XI Bienal de Dança do Ceará site oficial]</div>Ana Claudia Pereshttp://beta.wikidanca.net/wiki/index.php/Dan%C3%A7ando_Para_N%C3%A3o_Dan%C3%A7arDançando Para Não Dançar2013-10-14T02:19:02Z<p>Ana Claudia Peres: /* A Companhia */</p>
<hr />
<div>Projeto que funciona no Rio de Janeiro desde 1995. Através do ensino do balé clássico, proporciona a crianças moradoras de áreas populares da capital fluminense o acesso à educação, à saúde e à cultura. Como desdobramento do projeto, em 2007, surge a Companhia de mesmo nome que desde então vem realizando espetáculos abertos à população.<br />
<br />
[[Arquivo:DNPD_favela_3.jpg]]<br />
<br />
<small>Espetáculo "Favela", encenado pela Companhia, em 2010</small><br />
<br />
==O Projeto==<br />
<br />
O Dançando Para Não Dançar (DPND) foi idealizado pela bailarina e professora Thereza Aguilar, em 1995. Inspirado no Balé Nacional de Cuba, que transformou dezenas de órfãos e crianças vítimas de extrema pobreza em bailarinos famosos, vem revelando artistas de dança clássica em diversas comunidades carentes do Rio.<br />
<br />
O início do projeto foi inspirador: no dia do teste para formação da primeira turma de balé clássico nos morros de Cantagalo e Pavão Pavãozinho, compareceram 250 crianças para as 40 vagas ofertadas. Em fevereiro de 1995, o “Dançando Para Não Dançar” conseguiu aprovar seis crianças do Cantagalo e Pavão-Pavãozinho, para a Escola de dança Maria Olenewa, da Fundação do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, antes freqüentada exclusivamente por crianças da classe média e de pessoas com alto poder aquisitivo. <br />
<br />
Depois disso, o Projeto expandiu-se e hoje está presente em 16 domunidades, além da sua sede, no Centro: Mangueira, Chapéu e Babilônia, Jacarezinho, Rocinha, Santa Marta, Borel, Cruzada, Vila Isabel, Santa Teresa, Salgueiro, Japeri, Morro do Telégrafo e Cerro Corá-Cosme Velho. <br />
<br />
No final de 1997, o DPND levou o balé e a música clássica para um palco armado sob um viaduto na Mangueira, berço do samba. Na ocasião, Ana Botafogo dançou com os bailarinos do projeto.<br />
<br />
Em 1998, foi fundada a Associação Dançando Para Não Dançar, com o objetivo de ampliar o raio de atuação do projeto e dedicar-se mais à integração social de menores que vivem em situação de risco nas favelas da cidade.<br />
<br />
[[Arquivo:DNPD_portinari_1.jpg]]<br />
<br />
<small>Espetáculo "Pintando o 7 com Portinari", da Companhia DPND</small><br />
<br />
Como consequência natural, em 2007, foi criada a Cia. Dançando Para Não Dançar, que já alcançou status de profissional. Em 17 de novembro de 2010, o Dançando para não dançar inaugurou a sua sede, localizada na Rua Frei Caneca, 139, centro do Rio, um prédio com data de 1914, onde funcionou originalmente o Gabinete de Análise do Leite, órgão público da Administração Federal. próxima etapa do projeto é criar uma escola de dança.<br />
<br />
Os jovens do projeto apresentam-se em palcos em Ipanema, Arpoador, Flamengo, Botafogo, Cinelândia e Central do Brasil. Algumas apresentações aconteceram em grandes teatros do Rio como o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, o Teatro João Caetano e o Teatro Carlos Gomes. No exterior, a Cia. se apresentou na Escola de Balé de Berlim, Alemanha.<br />
<br />
O DPND foi reconhecido como parceiro na luta pela inclusão social, pelos 188 países que assinaram, em 2000, um pacto para priorizar a eliminação da fome e da extrema pobreza, até 2015. <br />
<br />
O projeto tem como padrinhos, a bailarina Ana Botafogo e o cineasta Walter Sales.<br />
<br />
==Atividades==<br />
<br />
[[Arquivo:DNPD_carmina_1.jpg]]<br />
<br />
<small>Espetáculo "Carmina Burana", de 2010</small><br />
<br />
Além das aulas de balé clássico, são também ministradas aulas de dança contemporânea e de prática e teoria musicais. O projeto oferece ainda suporte social-educativo com aulas de reforço escolar e de informática; atendimento médico, dentário, psicológico; apoios de assistente social e de fonoaudióloga. <br />
<br />
O projeto realiza espetáculos de balé em locais públicos, teatros e, à convite, em instituições públicas e privadas, ao longo de todo o ano. Ao final de cada ano é realizado um grande espetáculo envolvendo todas comunidades atendidas. A Associação promove, também, eventos beneficentes, como o espetáculo montado para “mães adolescentes”, do Hospital Maternidade Oswaldo Nazareth, e sua participação na Campanha Nacional de Vacinação contra a Póliomelite, da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz).<br />
<br />
Além da dança, o projeto vem investindo na formação dos jovens bailarinos, por meio de inscrições e despesas totais em audições no Brasil e no Exterior. Escolas de dança de outros estados e do exterior têm oferecido bolsas de estudos para alunas do projeto.<br />
<br />
<br />
==A Companhia==<br />
<br />
Mesmo antes de sua formação oficial, em 2007, os bailarinos da Cia. Dançando Para Não Dançar apresentavam-se em palcos montados em praças, praias, parques, feiras populares, comunidades, estações de trem (Central do Brasil) e metrô, além de realizar apresentações em instituições públicas e privadas, escolas, universidades, presídios etc.<br />
<br />
[[Arquivo:DNPD_favela_2.jpg]]<br />
<br />
Mas a Companhia surgiu para reforçar a proposta do projeto de acompanhar o desenvolvimento dos alunos mais adiantados, que permanecem obtendo o apoio do DPND, mesmo que já estejam estudando em outras escolas de dança ou fazendo especialização em companhias do Brasil ou do exterior. Quando a Companhia foi criada, havia cerca de 30 alunos na faixa etária de 16 a 21 anos que cresceram dentro do projeto e buscavam profissionalização na área.<br />
<br />
A Cia já tem um repertório com coreografias próprias, com trechos de balé clássicos – Coppélia, Paquita, A Bela Adormecida, Lago dos Cisnes e O quebra Nozes – e contemporâneos - Gabriela: Ritmos Amados, Urubu Malandro, Kizomba.<br />
<br />
==Espetáculos==<br />
<br />
* '''Gabriela Ritmos Amados''' '''(2013)'''– com estreia prevista para novembro.<br />
<br />
* '''João e Joana''' '''(2012)'''<br />
Nesse espetáculo, 50 bailarinas do DNPD dançam ao som do Cordel Sinfônico de Carlos Drummond de Andrade e Sérgio Ricardo. O cordel, intitulado “Estória de João e Joana”, foi o único escrito pelo poeta de Itabira, musicado por Sérgio Ricardo a pedido do próprio Drummond.<br />
<br />
* '''Pintando o 7 com Portinari''' '''(2011)'''<br />
<br />
[[Arquivo:DNPD_portinari_3.jpg]]<br />
<br />
Cândido Portinari foi homenageado por sete bailarinas do grupo que usaram da união entre a música e a coreografia para desvendar alguns dos quadros mais famosos do pintor. O responsável pela coreografia do balé foi o alemão Lars Scheibner, que trabalhou em conjunto com Bárbara Melo Freire, sua assistente, ex-aluna da Cia e atual solista do Teatro de Dortmund/Alemanha. A trilha musical ficou a cargo de Leandro Braga, compositor e arranjador do grupo. Thereza Aguilar, idealizadora do projeto e coordenadora da Cia., dirigiu o espetáculo.<br />
<br />
* '''Favela''' '''(2010)'''<br />
Um hip hop diferente, uma mistura dessa linguagem musical com concepções clássicas e contemporâneas da dança. Expressa a realidade, os sons e os movimentos das comunidades onde o projeto atua. O espetáculo “Favela” teve músicas do rapper MV Bill e do maestro Leandro Braga, além de trechos de balé clássico. A direção geral e a artística foram assinadas pela coordenadora do projeto, bailarina Thereza Aguilar e por Paulo Rodrigues, primeiro bailarino do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. <br />
<br />
* '''Carmina Burana (2010)'''<br />
Com música de Carl Orff, o balé foi adaptado pelo coreógrafo alemão Lars Scheibner para o espetáculo de fim do ano do Projeto Dançando Para Não Dançar. Essa versão de Carmina Burana inverteu a lógica do balé clássico. Foram as crianças de graus menores na grade curricular da dança e não as solistas e primeiras bailarinas que seguraram todo o espetáculo. Cerca de 500 pequenos e jovens bailarinos, atendidos pelo projeto, se revezaram no palco. Na direção geral, Thereza Aguilar e Paulo Rodrigues <br />
<br />
* '''Amazônia, floresta do Brasil (2010)'''<br />
<br />
[[Arquivo:DNPD_amazonia_2.jpg]]<br />
<br />
Nesse espetáculo, a Companhia prestou um tributo ao maestro Heitor Villa-Lobos, com músicas dele e de Leandro Braga. Coreografia de Paulo Rodrigues e direção geral de Thereza Aguilar. Com os solistas Carlos Cabral, do Corpo de Baile do Theatro Municipal, e Fernanda Duarte, aluna do projeto Dançando Para Não Dançar, e outras seis bailarinas. <br />
<br />
<br />
==Parcerias==<br />
<br />
O projeto “Dançando Para Não Dançar” é patrocinado pela Lei de Incentivo à Cultura – Governo Federal – País Rico é País sem Pobreza; e pela Petrobras, desde 1997. Tem o apoio do Ministério da Cultura e conta com as parcerias da Faperj, VideoFilmes, Governo do Estado do Rio de Janeiro – Secretaria de Estado de Cultura, e Programas Ponto de Cultura , Mais Cultura e Cultura Viva. Também é parceiro das Associações de Moradores das comunidades beneficiadas, da Vila Olímpica da Mangueira, dos Cieps Ayrton Senna, Salvador Allende e Presidente João Goulart, da UniverCidade e do curso Brasas, além de manter convênios com a Staatliche Ballettschule Berlin (Escola de Balé de Berlim), o Balé Nacional de Cuba, a Cia. de Dança Deborah Colker (RJ), o Grupo Corpo (MG) e o Ballet Stagium (SP).<br />
<br />
==Referências==<br />
<br />
[http://odia.ig.com.br/portal/rio/na-ponta-dos-p%C3%A9s-jovens-alcan%C3%A7am-seus-sonhos-1.415057 Jornal O Dia]<br />
<br />
[http://www.gazetadasemana.com.br/noticia/702/cia-dancando-para-nao-dancar---celebra-obras-de-portinari-em-agosto Gazeta da Semana] <br />
<br />
[http://www.cultura.rj.gov.br/evento/bailarinos-de-comunidades-dancam-cordel Secretaria de Cultura]<br />
<br />
<br />
==Ligações externas==<br />
<br />
Site oficial: http://dpnd.org/</div>Ana Claudia Pereshttp://beta.wikidanca.net/wiki/index.php/A_Batalha_do_PassinhoA Batalha do Passinho2013-10-14T00:51:58Z<p>Ana Claudia Peres: </p>
<hr />
<div>Documentário do cineasta Emílio Domingos que acompanha os bailes e dançarinos do “passinho”, um estilo que se popularizou no Rio de Janeiro. Ao som do funk, o “passinho” vem se consolidando como uma manifestação cultural que vai além dos modismos e da diversão para a juventude da periferia carioca.<br />
<br />
[[Arquivo:Batalha_10.jpeg]]<br />
<br />
<small>Cartaz de divulgação do filme</small><br />
<br />
==Histórico==<br />
<br />
O documentário “A Batalha do Passinho”, dirigido por Emilio Domingos, acompanha de perto esse fenômeno e mostra de dentro do movimento a evolução dessa cultura. Assumindo que o funk é a maior manifestação cultural carioca do século XXI, o filme explora o lado positivo e massivo que os passinhos vão ganhando nas comunidades periféricas e em várias camadas sociais da cidade.<br />
<br />
O cineasta e cientista social Emilio Domingos conheceu a dança e, ao ser convidado para ser jurado de uma batalha de passinho, em 2011, descobriu que gostaria de registrar a ocasião em um curta-metragem.<br />
<br />
Em reportagem no [http://oglobo.globo.com/cultura/megazine/a-batalha-do-passinho-longa-sobre-estilo-de-danca-entra-em-cartaz-10330868 Jornal O Globo], Domingos declarou:<br />
<br />
<big>"A primeira impressão que eu tive era de que a relação dos garotos com o passinho era muito maior do que só uma dança.<br />
O passinho é uma arte sofisticada, faz parte de uma cultura jovem que prestigia a favela, traz a valorização da estética<br />
das comunidades e melhora a autoestima dos moradores. Eu vi que o tema me permitia falar de assuntos que dialogavam<br />
com a cidade, isso me empolgou e o projeto do curta acabou virando longa".</big> <br />
<br />
<br />
[[Arquivo:Batalha_11.jpg]]<br />
<br />
<br />
O filme recebeu o prêmio de Melhor Filme na Mostra Novos Rumos da Premiére Brasil – Festival do Rio 2012. Exibido no Festival do Rio do ano seguinte, entrou oficialmente em cartaz em outubro de 2013.<br />
<br />
O documentário tem o título completo: “A Batalha do Passinho — Os Muleque São Sinistro” e, em 72 minutos, costura depoimentos de dançarinos como Cebolinha, Yuri Mister Passista, Beiçola, Brayan Dancy, João Pedro, Pablinho, TK e Gambá, morto no dia 1º de janeiro de 2012, antes do filme ser finalizado. Conhecido como “O Rei do Passinho”, Gambá, como era chamado o garoto Gualter Rocha, foi o campeão da primeira batalha do passinho. Ele foi espancado e asfixiado por dois homens quando voltava de um baile de Reveillón.<br />
<br />
Ao mostrar como as batalhas do passinho começaram, quais os principais fundadores do estilo, em que favela vivem, como se vestem, amam e sonham, o filme traça um retrato de uma geração que, ao inventar passos, inventa também outras formas de sociabilidade e circulação de suas criações e idéias. Assim como o funk, o passinho torna-se essencial para discutir alguns pontos da cultura carioca.<br />
<br />
“A Batalha do Passinho – Os Muleque são Sinistro” é o segundo longa de Emílio Domingos. No primeiro filme do diretor, L.A.P.A., de 2008, ele busca a origem da cena hip hop no Rio.<br />
<br />
==O estilo==<br />
<br />
Surgido nas favelas cariocas, o passinho explodiu em 2008 e desde então vem mudando a cara da periferia do Rio de Janeiro. Trata-se de uma nova maneira de dançar o funk, com movimentos acelerados que exigem dos participantes muito preparo físico para a realização dos movimentos.<br />
<br />
A batalha é uma espécie de desafio público de dançarinos, onde as disputas são feitas pelo prazer e pela liberdade de inventar e improvisar novos passos de dança. Durante a batalha, o desafio é desbancar o outro dançarino.<br />
<br />
[[Arquivo:Batalha_6.jpg]]<br />
<br />
Embora, o passinho já fizesse sucesso em alguns bailes da periferia carioca desde 2001, o estilo só começou a ficar mais conhecido anos depois, principalmente por conta da internet e dos vídeos postados no Youtube. O mais acessado deles, o vídeo ‘Passinho Foda’ rompeu a marca das quatro milhões de visualizações.<br />
<br />
Em setembro de 2011, quando já havia tomado os bailes, o passinho foi tema da primeira competição que formalizou os duelos antes restritos à internet e aos bailes. A primeira Batalha do Passinho foi organizada pelo escritor Julio Ludemir e pelo músico Rafael Nike. <br />
Há mais meninos do que meninas praticando o passinho. Nos bailes, o foco se volta mais para os Djs do que para os MCs, mas os verdadeiros protagonistas do estilo são os dançarinos.<br />
<br />
Emílio Domingos resume assim o estilo:<br />
<br />
<big>"O passinho, assim como o funk, é uma colagem de gêneros. Ele incorpora diversos movimentos, como o break, frevo,<br />
samba, mas muito mais do que isso. Tem elementos de mimica, kuduro, contorcionismo. Não há um limite: contanto que<br />
seja dentro do ritmo, pode-se dançar o que quiser. E é tudo muito livre. Acho que essa liberdade corporal faz<br />
com que as pessoas se identifiquem".</big> [http://oglobo.globo.com/cultura/megazine/a-batalha-do-passinho-longa-sobre-estilo-de-danca-entra-em-cartaz-10330868 Jornal O Globo]<br />
<br />
==Crítica==<br />
<br />
"Ao redor da dança do passinho, fenômeno popular nos últimos anos, é todo um estilo de vida que se desvela nas palavras desses moleques de mola: a vaidade um tanto inocente, a afetividade transbordante, a linguagem peculiar, as ambições de bons moços. Nessa etnografia casual, estamos muito distante das imagens fatalistas da favela e da periferia. O que vemos é uma juventude conectada fraternalmente e concentrada em suas aspirações". Carlos Alberto Mattos em [http://criticos.com.br/?p=4214&cat=1 criticos.com.br] <br />
<br />
[[Arquivo:Batalha_44.jpg]]<br />
<br />
"Para um leigo, grande parte do documentário de Emílio a princípio parece sem sentido, já que dá a entender ser apenas um grupo de garotos com movimentos que simulam uma forma estranha de dança. O diretor, no entanto, vai apresentando aos poucos a riqueza do movimento, a importância dele para os participantes – em certo momento chegam a dizer que quem tem poder em uma favela ou é traficante ou dançarino – e constrói o filme de tal forma que apresenta um final carregado de emoção". [http://brcine.com.br/especial/critica/a-batalha-do-passinho/ brcine.com.br] <br />
<br />
"O cineasta coloca o espectador diante de sequências inteiras de performances eletrizantes. Dessa maneira, voa acima de uma estrutura convencional, mesmo que sem ambicionar uma construção propriamente original". Daniel Schenker em [http://rioshow.oglobo.globo.com/cinema/eventos/criticas-profissionais/a-batalha-do-passinho-o-filme-9126.aspx O Globo – Rioshow]<br />
<br />
==Prêmios==<br />
<br />
* Melhor Filme na Mostra Novos Rumos da Premiére Brasil – Festival do Rio 2012;<br />
<br />
* Melhor filme de longa metragem pelo júri popular no 4º Festival de Cinema Curta Amazônia;<br />
<br />
==Ficha Técnica==<br />
<br />
* Direção: Emílio Domingos<br />
<br />
* Produção Emílio Domingos e Julia Mariano (Osmose Filmes)<br />
<br />
* Montagem: Guilherme Schumann<br />
<br />
* Roteiro: Emílio Domingos e Julia Mariano<br />
<br />
* Fotografia: Daniel Neves e Paulo Castiglione<br />
<br />
* Som: Julio Lobato<br />
<br />
* Fotografia Adicional: Rita Albano, Amara Barroso, Julia Rocha, Felipe Mussel, Saulo Nicolai, Emílio Domingos e Steen Sundland<br />
<br />
* Assistente de Produção: Liz Tibau e Julia Kurc<br />
<br />
* Edição de Batalhas: Paula Sancier<br />
<br />
* Som Adicional: Felipe Machado e Felipe Messina<br />
<br />
* Pesquisa: Emílio Domingos <br />
<br />
* Consultoria: Julio Ludemir e Rafael Soares Nike.<br />
<br />
* Música: "Batalha do Passinho" - Vinimax e Phabyo DJ<br />
<br />
* Assistente de Edição: José Esch, Sofia Guimarães e Felipe Drehmer<br />
<br />
* Edição de Som: Vinicius Leal (Audiorama)<br />
<br />
* Produção de Finalização: Joana Swan<br />
<br />
==Referências==<br />
<br />
Veja [http://osmosefilmes.com.br/site/?p=168#.UlquK1CG2_M trailer oficial]<br />
<br />
[http://oglobo.globo.com/cultura/megazine/a-batalha-do-passinho-longa-sobre-estilo-de-danca-entra-em-cartaz-10330868 Jornal O Globo]<br />
<br />
[http://odia.ig.com.br/diversao/2013-10-11/artistas-do-passinho-na-telona.html Jornal O Dia]<br />
<br />
[http://www.cartacapital.com.br/cultura/mergulho-antropologico-a-batalha-do-passinho-retrata-febre-que-tomou-o-rio-1348.html Carta Capital]<br />
<br />
[http://vivafavela.com.br/agenda/estr%C3%A9ia-batalha-do-passinho-nos-cinemas Viva Favela]<br />
<br />
==Ligações externas==<br />
<br />
Site oficial: http://abatalhadopassinhofilme.wordpress.com/<br />
<br />
Site da Produtora: http://osmosefilmes.com.br/site/</div>Ana Claudia Pereshttp://beta.wikidanca.net/wiki/index.php/Destaque/10_2013Destaque/10 20132013-10-01T14:08:02Z<p>Wikidança: </p>
<hr />
<div>[[arquivo:a_ballet_story.jpg | A ballet story - Victor Hugo Pontes 2012]]<br />
<br />
== História ==<br />
<br />
Um dos mais longevos festivais de arte do Brasil, o Panorama teve sua primeira edição em julho de 1992, no Rio de Janeiro. Sob o nome de Panorama da Dança Contemporânea, a 1ª edição do festival aconteceu no [[Espaço Cultural Sérgio Porto]], no Humaitá, sob direção da coreógrafa [[Lia Rodrigues]]. Ele nasceu "no susto", depois que Lia recebeu convite da então diretora da Divisão de Música do [[RioArte]], Lilian Zaremba, para ocupar uma brecha na programação do Sérgio Porto. Dessa forma, o festival acabou integrando a 2ª edição do RioArte Contemporânea, evento originalmente destinado à música. Os anos passaram e, ao longo de 21 edições, o Panorama se consolidou como um dos mais importantes eventos de dança e artes do corpo do país. <br />
<br />
A 1ª edição do Panorama reuniu nomes experientes como [[Regina Miranda]], [[Renato Vieira]] e [[Regina Sauer]] e estreantes como [[Andréa Maciel]], [[Rubens Barbot]], a dupla [[Paulo Marques]] e [[Giselda Fernandes]], além do grupo da própria Lia. Ao todo, 13 companhias se apresentaram naquele ano. Sem uma linha curatorial e nem recursos financeiros para sua realização, a ideia central do recém-criado festival era oferecer "olhares plurais da dança", como Lia registrou no primeiro programa (escrito por ela mesma, numa máquina de escrever). A 1ª edição do Panorama contabilizou um público de 1.600 pessoas em uma semana de apresentações. <br />
<br />
<br />
[[ Leia Mais| Panorama de Dança]]</div>Wikidançahttp://beta.wikidanca.net/wiki/index.php/Noverre:_Cartas_Sobre_a_Dan%C3%A7aNoverre: Cartas Sobre a Dança2013-09-21T03:42:26Z<p>Raquel de Oliveira: </p>
<hr />
<div>É um livro de Marianna Monteiro publicado em 2002 pela EDUSP, que reúne a pesquisa da autora com escritos de [http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Georges_Noverre Jean-Georges Noverre], um dos pioneiros na reflexão teórica acerca do [[Balé]].<br />
<br />
<center>[[Arquivo:Noverre Cartas Sobre a Dança.jpg]]</center><br />
<br />
<br />
==O livro==<br />
<br />
O livro é fruto da pesquisa de mestrado de Marianna Monteiro, intitulada ''Natureza e artifício no balé de ação''. A publicação apresenta duas partes, sendo a primeira uma leitura crítica e a interpretação da obra de Noverre, dividida em três capítulos denominados "O balé de ação: teoria e história", "Natureza e verossimilhança no balé" e "O bailarino comediante". E a segunda parte, a seleção e tradução, realizada pela autora, de quinze cartas de Noverre - até então inéditas em português - que estão presentes no livro ''Letters sur la Danse'', publicado em Lyon e Stuttgart em 1760.<br />
<br />
Segundo a autora , a obra de [http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Georges_Noverre Jean-Georges Noverre], reformador da dança francesa, é fundamental para o desenvolvimento da reflexão sobre os espetáculos de dança na modernidade. Bailarino e compositor de dança, Noverre propõe o balé de ação em contraposição ao balé de corte, mera mecânica do movimento, conceituando mudanças que levariam a dança à expressividade "que veicula significados e emociona" e que, ao mesmo tempo, exigiriam o desenvolvimento dos elementos propriamente coreográficos. (MÜLLER, 2000)<br />
<br />
Assim, pode-se considerar este livro como guia para explorar o pensamento artístico de uma época e sobre esta linguagem artística que é o [[Balé]]<br />
<br />
==A autora==<br />
<br />
É Doutora e Mestra em Filosofia e Graduada em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo. É professora assistente da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, no curso de Artes Cênicas do Instituto de Artes. Integra o Programa de Pós Graduação em Artes do Instituto de Artes da Unesp, pois tem também experiência na área de Artes Cênicas, dança e teatro, tendo se profissionalizado como atriz em 1976. <br />
<br />
Dedica-se a pesquisa em artes focadas no teatro, na performance, na dança brasileira e no teatro popular. Na Unesp, lidera o grupo de pesquisa: Grupo Terreiro de Investigações Cênicas: Teatro, Brincadeiras, Rituais e Vadiagens e é pesquisadora no grupo de pesquisa da USP : Núcleo de Antropologia da Performance e do Drama- NAPEDRA.<br />
<br />
Além de ''Noverre: Cartas sobre a Dança'' escreveu também o livro ''Dança Popular: Espetáculo e Devoção'' (Terceiro Nome, 2011) e é co-autora dos vídeos: ''Lambe Sujo uma Ópera dos Quilombos'' e ''Balé de Pé no Chão: a Dança Afro de Mercedes Baptista''. <br />
<br />
Com ''Noverre: Cartas sobre a Dança'' ganhou o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte- Apca, de melhor pesquisa em dança. E ''Balé de Pé no Chão, a Dança Afro de Mercedes Baptista'' lhe rendeu o prêmio de melhor roteiro e pesquisa no Festival Internacional do Filme Etnográfico do Rio de Janeiro.<br />
<br />
<br />
==[http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Georges_Noverre Jean-Georges Noverre]==<br />
<br />
<br />
Jean-Georges Noverre (1727-1810) foi um dançarino, coreógrafo, mestre de ballet e historiador francês. É considerado um dos pioneiros na reflexão teórica sobre o [[Balé]], tendo escrito um conjunto de cartas sobre este em sua época. O nome dessa obra teórica sobre dança se chama ''Letters sur la Danse''. A primeira versão foi editada em 1760 em Stuttgart e Lyon; depois a edição inglesa de 1783 e, quase meio século mais tarde, as de 1804 e 1807, de São Petersburgo e Paris.<br />
<br />
<br />
==Sumário==<br />
<br />
<br />
PARTE 1 - Natureza e artifício no balé de ação<br />
<br />
Prefácio<br />
<br />
Considerações Preliminares<br />
<br />
1. O Balé de Ação: Teoria e História<br />
<br />
:Mimese: Do Balé de Corte ao Balé de Ação<br />
<br />
:Eternos princípios, Gosto Cambiante<br />
<br />
:Arte e Conduta Sociável: Mudança e Paradigma<br />
<br />
:O Caminho da Pantomima<br />
<br />
2. Natureza e Verossimilhança no Balé<br />
<br />
:Do Conceito de Natureza à Forma Dramática da Ópera<br />
<br />
:O Papel da Música e dos Sentimentos no Balé de Ação<br />
<br />
:Da Cena ao Quadro<br />
<br />
3. O Bailarino Comediante<br />
<br />
:A Máscara Cai, a Alma Mostra-se<br />
<br />
:A Paixão, a Naturalidade e os Gêneros<br />
<br />
:O Ofício do Sentimento<br />
<br />
Bibliografia<br />
<br />
PARTE II – Cartas Sobra a Dança<br />
<br />
<br />
==Referências==<br />
<br />
MONTEIRO, Marianna. Noverre: Cartas Sobre a Dança. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: FAPESP, 2006.<br />
<br />
MÜLLER, Regina P. Revista de Antropologia vol. 43 São Paulo, 2000/ Noverre: Cartas Sobre a Dança. Disponível em [http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-77012000000100012]<br />
<br />
[http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721782E0 Currículo Lattes – Marianna Monteiro]</div>Raquel de Oliveirahttp://beta.wikidanca.net/wiki/index.php/Dan%C3%A7a_e_P%C3%B3s-Modernidade_(Livro)Dança e Pós-Modernidade (Livro)2013-09-20T22:47:24Z<p>Raquel de Oliveira: Criou página com 'É um livro de Eliana Rodrigues Silva publicado em 2006 pela EDUFBA, Salvador. <center>Arquivo:Capa Dança e Pós-Modernidade.jpg</center> ==O livro== Publicado em 2005, ...'</p>
<hr />
<div>É um livro de Eliana Rodrigues Silva publicado em 2006 pela EDUFBA, Salvador.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:Capa Dança e Pós-Modernidade.jpg]]</center><br />
<br />
<br />
==O livro==<br />
<br />
Publicado em 2005, '''Dança e Pós-Modernidade''' é o resultado da pesquisa de Doutorado em Artes Cênicas da dançarina e pesquisadora Eliana Rodrigues Silva, na Universidade Federal da Bahia.<br />
<br />
Esta obra estuda, "sob uma abordagem histórico-crítica, os processos criativos e o fenômeno cênico do [[Grupo Tran Chan]], da Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia, a partir da identificação e discussão das características inerentes à dança pós-moderna, como a pluralidade, a fragmentação, a experimentação extensiva, a não-negação de estilos anteriores e a multiplicidade de ações cênicas dentre outras não menos importantes". (SILVA, 2005, p.13)<br />
<br />
Na tentativa de discutir sobre o domínio da dança pós-moderna, a autora traz contribuições muito significativas para a pesquisa artística em dança. Porém considera a delicadeza do assunto por ser tratar de um tema recente que ao mesmo tempo em que se observa se vive. Além do fato de que a arte contemporânea caracterizar se por um emaranhado de redes de relações, onde já não é tão fácil apontar as características com facilidade.<br />
<br />
A autora passeia com notável desenvoltura entre as duas principais correntes de produção artística: por um lado a concepção de que a arte representa cópias fiéis do mundo real e, por outro, a convicção de que a arte cria universos independentes como descreve Denis Bablet, com "princípios autônomos que seriam capazes de fornecer uma compreensão melhor do mundo em que vivemos." (Ewald Hacker)<br />
<br />
<br />
==A autora==<br />
<br />
Pós-Doutora pela Université de Paris 8 (2004). Doutora em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia (2000). Como bolsista CAPES-Fulbright-Laspau, concluiu o Mestrado em Artes pela University of Iowa (1983), realizando na ocasião montagem de espetáculos com o University of Iowa Dance Group. Graduou-se em Licenciatura e Bacharelado em Dança pela Universidade Federal da Bahia (1981) e em Dançarino Profissional (1978).<br />
<br />
Atualmente, Eliana Rodrigues Silva é Professora Associada III na Universidade Federal da Bahia, onde leciona no curso de Pós-Graduação em Artes Cênicas. Membro do Grupo de Pesquisas GIPE-CIT Grupo Interdisciplinar de Pesquisa e Extensão em Contemporaneidade, Imaginário e Teatralidade da Escola de Teatro/Escola de Dança, UFBA. <br />
<br />
Além deste livro, é também autora de publicações como artigos em periódicos nacionais, prefácios e capítulos de livros. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Coreografia Moderna e Contemporânea, atuando mais especificamente em História e Crítica da Dança, sendo convidada para participar de diversos congressos e eventos nacionais e internacionais. Ex Diretora da Escola de Dança da Ufba, é Avaliadora nacional dos Cursos de Graduação em Dança pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, MEC. <br />
<br />
<br />
==Sumário==<br />
<br />
Apresentação<br />
<br />
Introdução<br />
<br />
CAPÍTULO I – DA UNICIDADE À PLURALIDADE<br />
<br />
:A Arte Pré-Moderna<br />
<br />
:A Arte Moderna<br />
<br />
:A Arte Pós-Moderna<br />
<br />
CAPÍTULO II – O PÓS-MODERNISMO NA DANÇA<br />
<br />
:Das Danças Rituais aos Balés Narrativos<br />
<br />
:A Dança Moderna<br />
<br />
:A Dança Pós-Moderna<br />
<br />
CAPÍTULO III – O [[Grupo Tran Chan]]<br />
<br />
CAPÍTULO IV – ANÁLISE DAS COREOGRAFIAS<br />
<br />
:Aérea<br />
<br />
:Adivinha Quem Vem Para o Jantar<br />
<br />
:Jonas's Blues<br />
<br />
:Coisas Miúdas<br />
<br />
:Chá<br />
<br />
:A Noite<br />
<br />
:O Sonho de Christina<br />
<br />
BIBLIOGRAFIA<br />
<br />
APÊNDICE 1: CRONOLOGIA DO GRUPO TRAN CHAN<br />
<br />
<br />
==Referências==<br />
<br />
SILVA, Eliana Rodrigues. Dança e Pós-Modernidade. EDUFBA, Salvador, 2005.<br />
<br />
[http://lattes.cnpq.br/9878253301775115 Currículo Lattes - Eliana Rodrigues Silva]</div>Raquel de Oliveirahttp://beta.wikidanca.net/wiki/index.php/Dan%C3%A7a_e_diferen%C3%A7a_(Livro)Dança e diferença (Livro)2013-09-20T00:36:02Z<p>Raquel de Oliveira: Criou página com '''' Dança e diferença: ''cartografia de múltiplos corpos'' ''' é um livro da arte educadora e pesquisadora Lúcia Matos, publicado pela Editora da Universidade Federal da Bah...'</p>
<hr />
<div>''' Dança e diferença: ''cartografia de múltiplos corpos'' ''' é um livro da arte educadora e pesquisadora Lúcia Matos, publicado pela Editora da Universidade Federal da Bahia (EDUFBA) em 2012.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:Dança e diferença.jpg]]</center><br />
<br />
<br />
==O livro==<br />
<br />
O livro, publicado pela EDUFBA em 2012, é o resultado da pesquisa de doutorado de Lúcia Matos. A pesquisa foi realizada no Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em 2006. A publicação faz parte da ''Coleção Pesquisa em Artes'' e se insere em um processo de estudos que têm como base a metodologia interpretativa.<br />
<br />
Na pesquisa, a autora problematiza questões acerca da deficiência e do conceito de diferença e suas relações com o corpo e a dança contemporânea, analisando a produção coreográfica de grupos de dança que possuem em seu elenco dançarinos com e sem deficiência. Esta análise se dá por meio de críticas de alguns trabalhos coreográficos apresentados no 1º Festival Internacional de Artes sem Barreiras, em Belo Horizonte – MG, 2002 e pela análise dos produtos coreográficos de quatro grupos brasileiros de dança – [[Grupo X de Improvisação em Dança]] (BA), [[Pulsar Cia. de Dança]] (RJ), [[Cia de Dança Ekilíbrio]] (MG) e Limites Cia de Dança (PR). <br />
<br />
Em seus referenciais teóricos estão autores como ''Gilles Deleuze'', ''Edgar Morin'', ''António Damásio'', ''José Gil'', ''Ann Cooper Albright'', ''Jane C. Desmond'', ''Christine Greiner'', ''Susan Foster'', entre outros autores contemporâneos que questionam os pensamentos hegemônicos sobre o corpo.<br />
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==A autora==<br />
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<center>[[Arquivo:Lúcia Matos.jpg]]</center><br />
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Lúcia Matos é professora da Escola de Dança da UFBA, onde coordena o colegiado do Programa de Pós-graduação em Dança (PPGDança) - UFBA (2011-2013 / reeleita para o biênio 2013-2015). Doutora em Artes Cênicas (UFBA, 2006, bolsista CAPES). Mestre em Educação (bolsista CAPES). Licenciada em Dança (UFBA).<br />
<br />
Já atuou em cargos de diferentes órgãos como FUNARTE, Secretaria de Cultura do Estado da Bahia e Rede Sulamericana de Dança. Desenvolve diversos trabalhos educacionais em dança em projetos da UFBA e tem como área de pesquisa as políticas educacionais e culturais para a dança, pedagogias da dança e metodologia da Pesquisa. Além de possuir capítulos de livros publicados e artigos em revistas nacionais e internacionais.<br />
<br />
<br />
==Sumário==<br />
<br />
'''Prefácio'''<br />
<br />
'''Introdução – Conectando terrenos fractais:''' A memória encarnada de um processo investigativo<br />
<br />
<br />
'''Solos movediços:''' A dança, o corpo e o cenário contemporâneo<br />
<br />
''Diferenciando a diferença''<br />
<br />
<br />
'''Das grutas, dos guetos, às superfícies dissimuladas'''<br />
<br />
<br />
'''Cartografando espaços fronteiriços:''' A produção da dança inclusiva (disabled dance) no Brasil<br />
<br />
''Disabled Dance ou dança momentaneamente inclusiva''<br />
<br />
''A delimitação do festival''<br />
<br />
<br />
'''Explorando (re) configurações territoriais e estéticas na dança'''<br />
<br />
: ''Cia de dança Ekilíbrio'' <br />
<br />
::''O contexto do grupo''<br />
<br />
::''Processos de criação e suas relações com diferentes corpos''<br />
<br />
:''Limites companhia de dança''<br />
<br />
:''[[Pulsar Cia. de Dança]]''<br />
<br />
:''[[Grupo X de Improvisação em Dança]]''<br />
<br />
<br />
<br />
'''Uma cartografia mutante para transitórias conclusões'''<br />
<br />
<br />
'''Referências'''<br />
<br />
<br />
'''Entrevistas'''<br />
<br />
<br />
<br />
==Referências==<br />
<br />
<br />
MATOS, Lúcia. Dança e diferença: cartografia de múltiplos corpos, Salvador: EDUFBA, 2012.<br />
<br />
[http://www.luciamatos.com.br Lúcia Matos Website]<br />
<br />
[http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?metodo=apresentar&id=K4700420Z7 Lúcia Matos – Currículo Lattes]</div>Raquel de Oliveirahttp://beta.wikidanca.net/wiki/index.php/Winter_momentWinter moment2013-09-16T17:46:08Z<p>JordanosvnwrwsaiqogllscokunuyxmgoioocqqmmPavlov: Criou página com 'Most internet visitors go online looking for anything to monitor or read. They may be researching a topic or looking for anything entertaining. Even those who use the internet fo...'</p>
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