Daggi Dornelles

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Bailarina, atriz, coreógrafa, diretora e professora, com mais de 30 anos de carreira, desenvolvidos entre o Brasil e a Europa. Iniciou suas atividades profissionais em Porto Alegre, nos anos 70. Viveu parte da década de 80 em São Paulo, e fixou residência na Alemanha, em 1989, retornando ao Brasil em 2003. Além de dar aulas e desenvolver um vasto trabalho "solo" em dança, trabalhou em companhias e produções como coreógrafa, ensaiadora, diretora e assistente de direção.


Flores Urbanas

Flores urbanas – estudos do corpo em arte e humanismo surgiu em 2003. Atenção ao fato de que não é, precisamente, um grupo. É uma idéia antiga que foi lançada, oficialmente, em agosto de 2003, por ocasião de um evento, no Instituto Goethe de Porto Alegre – parte da Bolsa VITAE de Artes 2003/2004. A idéia é de um fluxo de artistas ao redor de um estudo – iniciado nos anos 80 – e que tem como foco as questões de arte e as humanas, sob a ótica relacional e seus efeitos na organização sócio/político/cultural. A proposta prática desenvolve-se por estudos de movimento em parceria com objetos – tomados como corpos de naturezas diversas. Posteriormente, os efeitos registrados pelo corpo – após longo período de prática – são avaliados de forma mais abrangente, e com especial atenção a alterações de percepção e postura apresentadas por cada indivíduo. Apesar dos longos anos de estudo, uma organização deste processo ocorreu apenas entre 1999 e 2000, sob orientação de Nádia Kevan (Alexander Technique) e com o apoio de outros especialistas do movimento, psicoterapia e filosofia, originando a proposta de treinamento “encontros do corpo”, já aplicada em diversos festivais e a grupos, no Brasil e na Europa, e utilizada no Depto. de Arte Dramática da UFRGS, como atividade condutora das disciplinas de Movimento conduzidas por Daggi Dornelles naquela instituição.
As influências que permeiam o trabalho das ações segundo Daggi em questionário concebido ao projeto de pesquisa Temas, técnicas e procedimentos de criação em dança contemporânea vinculado a professora Mônica Dantas.

"é complexo definir entretanto há Pina Bausch, como exemplo de um ser de amplitudes, ao criar.
Mas Pina é essencialmente cênica, enquanto nosso interesse é a diluição da cena, do foco.
Acho que posso citar espécies de “aliados em princípios,posturas, atitudes no ato de estarmos no mundo”:
de área diversas, Hans Peter Dürr, Josef Beuys,
Ernest Pignon-Ernest, Paul Virilio, Edgar Morin, Hundertwasser, Jean Baudrillard, entre outros."

Ações

Ao se tratar de espetáculos a diretora prefere trocar o termo para “principais ações”, incluindo coreografias para palco que tiveram influência do estudo relacional, a partir de objetos, iniciado em meados dos anos 80; tanto no palco, como em meio urbano, os trabalhos fogem a um estilo determinado. Aqui, ainda que flores urbanas tenha surgido posteriormente, tomo como referência de citação dos trabalhos, a conexão ao estudo denominado “encontros do corpo” – este nome surgiu durante o desenvolvimento da Bolsa VIRTUOSE, do MinC, na Folkwang Hochschule Essen, Alemanha, entre 1999/2000.

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Referência

Questionário respondido por Daggi Dornelles concedido para o projeto de pesquisa: DANTAS, Mônicaet al. Temas, técnicas e procedimentos de criação em dança contemporânea: construindo de um mapa artístico, histórico e cultural da dança contemporânea no Rio Grande do Sul. 2010
Site sobre artistas gaúchos [1]

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