Edu O.

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Tabela de conteúdo

Histórico

Edu O. é dançarino, artista plástico e arteterapeuta. Formou-se em Artes Plásticas pela Universidade Federal da Bahia (2001), onde frequentou também a Escola de Teatro e conheceu uma dançarina que o levou para a Escola de Dança. Esse encontro com a Dança permaneceu e deu frutos, levando-o a estrear na carreira de dançarino com o Grupo Sobre Rodas em 1998. No ano seguinte, começou suas pesquisas com o Grupo X de Improvisação em Dança, onde assumiu as funções de diretor geral, criador e intérprete. Possui especialização em Arteterapia pela Universidade Católica de Salvador (2004) e é aluno regular no Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Dança da UFBA (2012).

Já fez curso de poesia falada com Elisa Lucinda, curso de Clown e dicção. Já dançou em muitos lugares pelo Brasil e pelo mundo: São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, interior da Bahia, Natal, Ilha da Madeira, Lisboa, Alemanha, entre outros. Dançou no Festival Unlimited, das Olimpíadas Culturais com a Candoco Dance Company (Londres) na Inglaterra e na China além de fazer Intercâmbio com a Cia Artmacadam (França). No teatro, seu primeiro trabalho profissional foi com a Cia KastôrAgile (Lyon), interpretando o personagem Ariel na montagem do texto A Tempestade, de Shakespeare.

Desde 2010 é realizador do Encontro O que é isso? De Dança e neste mesmo ano foi convidado pela produtora Pensamento Tropical a participar da residência artística em Itacaré e Salvador, na programação do Projeto do Ar (Prêmio Klauss Vianna /FUNARTE 2010). Através de uma parceria com a Marinha, desenvolve desde o mesmo ano, o Projeto Contato Sutil, que consiste em aulas de dança pra jovens com deficiência e seus cuidadores, familiares dos militares.

Além de trabalhos com o Grupo X de Improvisação em Dança, o artista tem projetos solo como o espetáculo e livro Judite que chorar, mas não consegue! (2006) que em 2013 conseguiu financiamento através do site Catarse [1] para virar um audiobook narrado por Malu Mader.

Em seu mestrado, pesquisa sobre “Políticas públicas culturais brasileiras e suas implicações na produção em Dança de artistas com deficiência”. Edu teve poliomielite, mais conhecida como paralisia infantil, com um ano de idade.

Trabalhos

Autorais

Judite quer chorar, mas não consegue! (2006)

O espetáculo faz uma viagem aos símbolos e metáforas da transformação, perda e anulação de vida. Este projeto foi concebido a partir de elementos autobiográficos que retratam a resistência às transformações. Apesar de tratar de temas fortes e difíceis, tudo passa por um filtro poético e lírico com uma estética leve e lúdica que flerta com as histórias em quadrinhos e desenhos animados.

A peça propõe, acima de tudo, uma reflexão sobre a solidão humana, sobre o ser singular numa contemporaneidade padronizada e repleta de repetição de símbolos e ícones.

Este projeto desdobrou-se em outras ações como livro infantil impresso (2010), audiobook com narração da atriz Malu Mader (2013), oficinas de dança para criança "Despertando Judites" e Contação de História feita por Ana Luiza Reis. Todas as apresentações deste espetáculo são realizadas com tradução em LIBRAS, favorecendo o acesso de crianças surdas.


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Coreógrafo/Dançarino: Edu O.

Colaboração: Paloma Gioli e Fafá Daltro

Direção Musical: Deco Simões

Cantoras: Andréa Daltro e Marcela Bellas

Músicos: Deco Simões e Ricardo Bordini

Iluminação: Miliane Matos

Cenografia: Valter Ornellas

Figurino: Nei Lima, Dinorah Oliveira

Costureiras: Diana Moreira e Dora Moreira

Participação em áudio: Clênio Magalhães

Orientação em Dramaturgia: Sandra Simões

Fotografia: Célia Aguiar e Alessandra Nohvais

Produção: Ampla Comunicação Total


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Odete, traga meus mortos (2010)

O espetáculo é inspirado numa situação vivida por Edu O. numa viagem a França, onde num almoço em casa de uma família tradicional, na hora do café, depois de todo ritual da refeição francesa, a matriarca pede a empregada: “Odete traga meus mortos!”. Incrédulo, com expressão assustada, Edu foi informado que este pedido tornou-se habitual daquela senhora que lê diariamente a parte de óbitos do jornal enquanto toma seu cafezinho. Sua preocupação é saber se algum conhecido faleceu e observar a forma como foi escrito o obituário, sempre discordando e dizendo que não quer o seu daquele jeito, então começa a descrever como gostaria que divulgassem sua morte, a foto que deve ser colocada, a roupa e como as pessoas devem agir no seu funeral. Um fato aparentemente triste torna-se o momento mais engraçado do dia da família que passa a lembrar de histórias da vida e de pessoas que passaram por ali. A morte perde a carga de sofrimento, cedendo espaço para lembranças de vidas cheias de experiências, como são todas as vidas. Para aquela senhora, o falecimento do outro possibilita a reflexão sobre sua própria vida, mesmo que este outro seja um desconhecido e que sua história não tenha relação com a dela.

A partir desse fato, Edu O. desenvolve o projeto tendo como convidado o também coreógrafo/dançarino Lucas Valentim, para construírem juntos em processo colaborativo e refletirem sobre os ritos de passagem, o partir, ausência e presença. O lugar do outro em nossas vidas, nossos mortos (pessoas e situações passadas) marcando nossos corpos, nosso estado. Tudo reverberando em nós até mesmo quando a memória não é ativada.

A morte em Odete Traga Meus Mortos representa, portanto, essas ausências de pessoas, lugares, situações, objetos.


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O Corpo Perturbador (2010)

Vencedor do Edital Yanka Rudzka 2009 - apoio a montagem de espetáculos de dança/FUNCEB, o trabalho traz uma abordagem diferenciada sobre o corpo que é considerado incapaz, não-belo, perturbador: o corpo com deficiência, fora dos padrões do pensamento hegemônico. Numa sociedade imensamente erotizada, acredita-se ser pertinente instigar uma outra reflexão sobre o assunto, abordando, a partir dos devotees, a sexualidade neste corpo, assim como as relações de poder intrínsecas nas relações afetivas, sociais, políticas, culturais e religiosas que envolvem as pessoas com deficiência.

Especialmente neste trabalho, buscou-se uma relação direta com as Artes Visuais, sendo a cenografia feita pelo coletivo Miniusina de Criação um elemento fundamental para pesquisa de movimento, assim como a pesquisa musical que resultou numa trilha composta especialmente para o espetáculo, executada ao vivo pelo músico/compositor Cássio Nobre.


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Concepção e Direção: Edu O.

Intérpretes: Edu O. e Meia Lua

Músico/Compositor: Cássio Nobre

Preparação Corporal: Carolina Teixeira

Monitora: Diane Portella

Cenografia: Miniusina de Criação

Figurino: Nei Lima

Iluminação: Milianie Matos

Produção: Ampla Produções e Eventos

Design: AF Design

Fotografia: Alessandra Nohvais


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Ah, seu eu fosse Marilyn! (2011)

Ah, se Eu Fosse Marilyn! é uma proposta artística de intervenção urbana, criada por Edu O. em parceria com a Cia Dezeo-Ito], a ser realizada em praias de Salvador, que pretende refletir sobre o que nos tornamos com a passagem dos anos. Aquilo que chamamos de “chegar lá” e corresponde aos desejos antigos. Quando sabemos que chegamos lá? Quando alcançamos os sonhos?

Um homem travestido de Marilyn Monroe e assim como Winnie, personagem de Samuel Beckett em Dias Felizes, enterrado até a cintura, consumido pela areia, lendo um livro e fazendo ações cotidianas, do dia-a-dia doméstico, como escovar dentes, pentear cabelos, se maquiar. Olha-se no espelho e não vê aquele que pretendia ser, mas gosta do que é. Cabelos falsos, loiros, boca borrada, livro na mão. Tornou-se aquilo que consumiu, absorveu.


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Criador e Intérprete: Edu O. Direção Artística: Cathy Pollini


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Com o Grupo X

Alvuras...! (2012)

É uma investigação iniciada em outubro 2011 com uma proposta que nos convida a dar um passeio em períodos históricos do Sec. XIX (fragmentos), focalizando inicialmente o maneirismo, o modo de se vestir e espetacularizar a vida e, consequente fazer a transposição para o Sec. XXI. A ideia é encontrar nesse trânsito os rastros comportamentais que foram corporalizados e que ainda reverberam no corpo no mundo atual.


Os 3 Audíveis... Ana, Judite e Priscila (2008-2010)

O espetáculo busca mostrar o universo das relações interpessoais. Fala com simplicidade e humor, enfatizando o aproveitamento das relações do cotidiano do homem urbano. [...] Com elementos teatrais e forte pesquisa no gestual, o espetáculo explora a estética Felliniana para narrar a história de Ana, Judite e Priscila e refletir como cada uma reage às diversas situações do cotidiano amoroso, seus afetos, encontros, desassossegos.

Este projeto foi pioneiro em fazer audiodescrição de imagens de dança para pessoas com deficiência visual. Vencedor do Prêmio Klauss Vianna Dança 2007, Edital Tô no Pelô 2008, Ocupação de Espaços da Caixa Cultural 2008, Edital Ninho Reis 2009 - apoio a circulação de espetáculos de dança no Estado da Bahia/FUNCEB.


O canto de cada um (2003-2004)

Vencedor do Prêmio EnCena Salvador 2003 promovido pela Fundação Gregório de Matos, edital Quarta que Dança 2004/FUNCEB, convidado para o Festival Arte, Criatividade e Reabilitação na Ilha da Madeira/Portugal 2004.


Mais sobre trabalhos com o Grupo X monologosnamadrugada.blogspot.com.br/p/grupo-x.html


Internacionais

Unlimited Comissions – Candoco Dance Company – Inglaterra/China (2010-2012)

Participou da coreografia 12 de Claire Cunningham, que foi parte da programação das Olimpíadas Culturais de Londres, juntamente com Parallel Lines de Marc Brew e convidados de Hong Kong e Brasil.

Tempête 13° Sud – França/Brasil - (2009)

Espetáculo da Cia KastôrAgile, de Lyon, inspirado no texto “A Tempestade”, última peça do dramaturgo inglês William Shakespeare.

Através das linguagens de teatro, vídeo, música e dança, o diretor francês Gilles Pastor conta a história de um naufrágio, onde os sentimentos de vingança, amor, reconciliação e dor dão o tom de contradições à trama.


Euphorico – Cia Artmacadam – França/Brasil (2004-)

É uma residência artística de pesquisa em Dança Contemporânea, junto à companhia francesa Artmacadam e artistas convidados. Alternando, anualmente, realizações no Brasil e na França, responde aos territórios contemporâneos da arte e novas tecnologias. Com o propósito de troca de experiências entre culturas fomentando discussões e possibilitando o trânsito de informações entre esses países.

Por causa deste projeto, em 2009, ocasião do Ano da França no Brasil, os artistas do Grupo X de Improvisação e da Cia Artmacadam, foram convidados a realizar uma residência artística no Projeto OUTRAS DANÇAS, promovido pelo MINC e FUNARTE.


Mais sobre Euphorico monologosnamadrugada.blogspot.com.br/p/euphorico.html


Ver Também

grupoxdeimprovisacao.blogspot.com.br/ Grupo X de Improvisação

Referências

monologosnamadrugada.blogspot.com.br

grupoxdeimprovisacao.blogspot.com.br/ Grupo X de Improvisação

Informações gentilmente cedidas pelo artista

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