Ekilíbrio Cia. de Dança
De Wikidanca
A Ekilíbrio Cia. de Dança se configura como um centro de pesquisa e produção em Arte Contemporânea, que busca desenvolver uma linguagem autêntica e singular.
A Ekilíbrio surgiu da junção de alguns projetos de dança, com o intuito realizar uma espécie de intercâmbio entre os alunos dos diferentes projetos, propiciando a troca de experiências. A ideia foi concretizada pro Christine Sílmor, em 1996, a qual coordenava os projetos integrantes da junção. Christine é professora de educação física, bailarina educadora e coordenadora dos trabalhos do Comitê de Juiz de Fora do Programa Arte sem Barreiras.
A fim de viabilizar a profissionalização de alunos que apresentaram grande potência criadora durante os projetos, em 1998 foi fundada, em Juiz de Fora, na Zona da Mata Mineira, a Ekilíbrio Cia. de Dança, a qual teve seus trabalhos apresentados em diversos estados Brasileiros. No início, o grupo não tinha um espaço fixo para aulas e ensaios, este dependia de locais cedidos, como escolas, academias ou clubes, e em troca, o grupo deveria colocar o nome do apoiador em seu material de divulgação.
Seu trabalho obteve destaque em 1999, quando foi considerada revelação no cenário nacional, no “V Festival Nacional de Arte Sem Barreiras”, João Pessoa /PB, e em 2002, contemplada no Prêmio Mercocidades de Cultura, por sua “contribuição relevante para a valorização e inserção social do homem”.
Em 2002, apresentou a coreografia Sente-se, com direção coreográfica de Sylvia Renhe, no I Festival Internacional Arte Sem Barreiras.
Em 2003, apresentou sua segunda coreografia, denominada Sem nome, a qual surgiu de movimentações individuas resultantes da experiência de um workshop com a CandoCo.
A Companhia foi objeto de estudo da Tese de Doutorado da Pesquisadora Lúcia Matos “Cartografando Múltiplos Corpos Dançantes: A Construção de Novos Territórios Corporais e Estéticos na Dança Contemporânea Brasileira”, UFBA.
Foi citada como fonte de pesquisa na publicação “Experiências de Inclusión Social com Jóvenes de Sectores Carenciados em lãs Mecociudades”, realizada no período de 2003-2004, sob a coordenação do Consórcio CIDPA/Ação Educativa e organizada pela Red Mecociudades em parceria com a GTZ.
Em 2006, foi uma das cinco companhias de dança selecionadas no edital “Além dos Limites” da FUNARTE/MINC. Em 2007, o Programa artístico-socio-cultural “Ekilíbrio Arte em Movimento” ficou como semifinalista do “Prêmio Itaú-Unicef – Todos pela Educação 2007”. É Utilidade Pública Municipal, Estadual e Federal e Registrada no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e no Conselho Municipal da Assistência Social.
A Ekilíbrio atualmente tem através do Projeto de Extensão “Maria ou João?” parcerias com as faculdades de Medicina, Comunicação e Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora, além das parcerias com as secretarias de Educação e Saúde do município de Juiz de Fora.
Em sua configuração inicial, o grupo tinha a presença de dois alunos com múltiplas deficiências, os irmãos Coriseu e Cássia Guedes, o que fez com que muitos olhassem a companhia como uma companhia de dança inclusiva. Dessa forma, vale ressaltar que a Cia. especifica a inclusão de dançarinos com deficiência como “uma linguagem própria dentro das noções e construções da dança contemporânea”. Segundo René Loui, intérprete-criador da Ekilíbrio, “a proposta não é incluir ninguém! Somos todos diferentes, e ao mesmo tempo iguais, dessa forma temos para nós o conceito de companhia de dança contemporânea”.
Em 2011, Cássia Guedes veio a falecer, o que fez com que seu irmão Coriseu deixasse a companhia. A partir de então a companhia não possui mais dançarinos considerados deficientes.
Em 2013, a companhia desenvolve o espetáculo Fractual.
Referências
MATOS, Lúcia. Dança e Diferença: cartografia de múltiplos corpos. Salvador: EDUFBA, 2012. Acessa Cultura. Ekilíbrio Cia. de Dança. Disponível em: <http://www.acessa.com/nossagente/arquivo/artistas/2002/12/6-Ekilibrio/> Acesso em: 18 de jun. de 2013.