Fórum de Dança do Ceará

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O Fórum de Dança do Ceará emergiu em 2003 em um ambiente de desejo e necessidade de organização da classe para vencer instabilidades conjunturais e para gerar ações que possibilitassem a expansão e qualificação do dança local.

Essa emergência foi potencializada por ações e articulações historicamente anteriores. Inicialmente a mobilização dos anos de 1997 a 1999 que culminaram na criação do Colégio de Dança do Ceará, ligado ao então Instituto Dragão do Mar de Arte e Cultura, no mesmo ano. Mobilização detonada no 1ª Bienal de Dança do Ceará em um debate sobre Políticas Públicas para a Dança, que gerou reuniões entre diversos profissionais da dança e a criação da Comissão de Dança do Ceará. Naquele momento o Ceará estava em sinergia com o movimento nacional da dança que estava se organizando. A Comissão construiu legitimidade e força política, para a “classe da dança”, nunca antes vista na cidade: 23 grupos e/ou academias reúnem-se todas as quintas-feiras para trocar experiências e discutir projetos específicos que prometem sair do papel a partir da articulação nos âmbitos municipal, estadual e federal.

Outro cofator de potência da emergência do Fórum ocorreu em 2001, por meio da iniciativa de um grupo independente local em articular encontros semanais entre os membros de companhias e profissionais da dança, o que veio a se denominar Fórum de Ações em Dança[1], dessas reuniões geraram-se ações que culminaram na produção de um dossiê sobre desenvolvimento dança da cidade nos últimos cinco anos, as expectativas dos coreógrafos, bailarinos e professores. O dossiê foi escrito coletivamente pelo grupo e foi divulgada para a sociedade via a realização do seminário, Dança- perspectivas e ações, entre os dias 13 e 17 de maio de 2002. O seminário contou com a participação de convidados representantes de diversas instânciaspúblicas e privadas, como por exemplo, Luizianne Lins, Humberto Cunha e Angélica Falcão (representando Patrícia Gomes), com o objetivo de discutir alternativas e articulações possíveis para de expansão e o fortalecimento do “mercado de trabalho” para a dança no Ceará.

Posterior ao seminário, o grupo que compunha o Fórum de Ações em Dança cresceu e continuou se encontrando, novas ações foram promovidas, como o Ocupa-se[2], com o objetivo de resguardar as conquistas na área da dança e ampliá-las, uma vez que o novo governador eleito, Lúcio Alcântara, que assumiria em breve. Os membros do Fórum de Ações em Dança perceberam que o fórum estava estabelecendo uma identificação, mesmo que não propositadamente, com apenas um grupo de profissionais, em contraponto ao objetivo do Fórum que era ser um espaço aberto e agregador dos mais diversos sujeitos do meio da dança. Além disso, motivados pela intensa movimentação do Fórum Nacional de Dança que se organiza para defender os interesses da área da dança diante do Conselho Federal de Educação Física - CONFEF, criou-se o Fórum de Dança do Ceará, em 2003. O Fórum de Dança do Ceará agrega professores, coreógrafos, dançarinos, produtores e pesquisadores em dança num espaço aberto de debates, com reuniões mensais e debates virtuais numa lista de discussão.

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Imagem da Danceata(Realizada no Dia Inernacional da Dança)em Fortaleza. Realização do Forúm de Dança em parceria com outros orgãos.

Desde sua emergência o Fórum de Dança do Ceará tem mantido uma atuação propositiva de ações e políticas públicas para a dança cearense, como também marcado presença nas discussões nacionais e internacionais em torna da dança. Atuou de modo consistente e engajado nas discussões sobre o projeto de lei que dava aos Conselhos de Educação Física a gerência sobre a atuação do professor de Dança.

O Fórum de Dança do Ceará também tem atuado nas conquistas dos últimos anos para a Dança: mobilização para a efetivação da criação do Edital de incentivo a dança com as categorias de Pesquisa, teórica ou prática, Montagem e Circulação; criação do Núcleo de Dança no CDMAC (2003 e 2007); na criação do Edital Municipal, Projeto Quarta em Movimento; Festival Dança no Litoral, Sexta de Dança no CCBJ. No referente à formação: na criação do Curso de Habilitação Profissional Técnico em Dança (IACC, Secult e Senac), e nos projetos Dança e Pensamento e Dançado na Escola (Escola de Dança da Vila da Artes), em 2010 a criação do Curso de graduação em Dança, na Universidade Federal do Ceará. O Fórum de Dança do Ceará permanece reivindicando a desburocratização das prestações de contas, reforça das ações de formação, incremento nos valores destinados a Dança entre outros. Portanto, as articulações continuam para que as ações se consolidem como políticas públicas.

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