Festival Internacional da Novadança

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Diane Torr no 14º Festival Internacional da Novadança(2011).Foto de Débora Amorim.


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O Festival

Criado em 1996 por Giovane Aguiar, este festival é sem dúvida uma das maiores mobilizações da área de dança de Brasília. Já com proporções internacionais o Festival Internacional da Novadança se propõe enquanto projeto a abrir um espaço para intercâmbios, entre artistas e entre artistas e público. Visa ainda o aperfeiçoamento de profissionais da dança como um todo. O evento tem uma proposta inovadora e abre espaço para campanhia e artistas independentes de Dança Aérea, Circo, Dança Contemporânea, Nova Dança, Pole Dance, Dança de Rua e outras "Danças Fantásticas" que queiram apresentar seus trabalhos. Para isso os interessados devem participar de uma seleção preenchendo sua inscrição e enviando material de sua apresentação e plano de luz para a organização do evento.


A atuação do festival se divide basicamente entre: Espetáculos de Dança Contemporânea e New Dance, Ensaios abertos, Performances e Jams de improvisação, Workshops, Encontro Internacional de criadores e coreógrafos (encontro para discussão, trocas, reciclagem, criação e aperfeiçoamento para profissionais selecionados) - Encontro internacional de Criadores de Contato e Improvisação, Exibição de vídeos de Dança (Moderna, Contemporânea, Nova dança e Vídeodança), Mostra Internacional de filmes Dançando para a Câmera (mostra específica de videodança nacionais e estrangeiros) e Conversando com o artista, espaço reservado para conversas com artistas a respeito de seus processos de criação. Esta veia de comunicação e intercâmbio do Festival tem ficado cada vez mais forte com o proposta de estruturação de uma rede de comunicação entre os profissionais da dança, possibilitando uma relação mais próxima entre artistas brasileiros e estrangeiros. Essa iniciativa tem propiciado e facilitado criações conjuntas.


Com um pioneirismo que não se restringe ao acolhimento de diferentes modalidades de dança, o Festival foi pioneiro na difusão e no incentivo da produção da linguagem de filme conhecida mundialmente como Videodança no Brasil. Já em 1997 realizou a primeira mostra de filmes desse gênero e a partir daí vem promovendo workshops e palestras entre cineastas e coreógrafos. Em 1998 realizou workshop com a holandesa Angelika Oei, que junto com coreógrafos e cineastas brasilienses desenvolveu vários projetos de videodança. Atualmente o Festival realiza a Mostra de Filmes Dançando para a Câmera, única mostra no Brasil a premiar projetos de produção de videodança. Em 2006 o Festival realizou e financiou três curtas-metragens premiados na Mostra Dançando Para Câmera.


Sempre trazendo um tema como foco das discussões, em sua 14ª edição, no ano de 2011 o FESTIVAL foi inteiramente dedicado à sexualidade e às questões de gênero. Espetáculos, workshops, mostras de vídeo, debates, performances foram embalados por temas como moralidade, padrões de beleza, padrões de comportamento, limites entre arte e pornografia e muito mais. Nesta edição, surgiu o CABARET NOSTALGIQUE, com decoração e figurinos inspirados nos cabarés franceses dos anos 40 e 50, abriga apresentações de Dança Burlesca, Dança do Ventre, Dança Aérea, Pole Dance, Belly Dance, Striptease e várias outras formas de dança e arte que utilizam a sensualidade, elegância e respeito como linguagem de expressão do corpo. Já para a 15ª edição (2012) o Festival Internacional da Novadança, propõe repensar e discutir os limites do corpo e as fronteiras entre a dança e o circo.


Cia Dança Pequena no 14º Festival Internacional da Novadança(2011).Foto de Débora Amorim.


Por mais que vários estilos sejam abraçados pelo Festival Internacional da Novadança, o grande marco ou pilar que estrutura o evento num geral é a improvisação e o Contato improvisação, sendo suas Jam Sessions muito procuradas, até mesmo por essa iniciativa não se limitar apenas ao Festival, mas ser uma proposição continínua da organização do evento, que durante o ano todo realiza aulas, debates, workshops e Jam Session de contato improvisação na cidade de Brasília.


Ao longo destes anos passaram pelos palcos do Festival artistas internacionalmente conhecidos como o venezuelano David Zambrano, o espanhol Jordi Cortes Molina, o francês Jeróme Bel, a bielorussa Alesia Vazmtisel, a escocesa Diane Torr, a japonesa Hisako Horikawa, a holandesa Angélika Oei os norte-americanos Howard Sonenklar, Mark Tompkins, Katie Duck, Daniel Lepkoff, Lisa Nelson, Alito Alessi, Katie Duck e Karen Nelson, os brasileiros Tica Lemos, Cristina Moura, Cristian Duarte, as companhias Benvida Cia de Dança, a ASQ Cia de Dança, Basirah, Wlap e o Balangandança entre outros.


Ainda no ano de 1997 o Festival trouxe a Brasília os norte-americanos Alito Alessi e Emery Blackwell para a realização do projeto Danceability, pioneiro nos Estados Unidos no trabalho de dança com portadores de necessidades especiais, repetindo o feito em 2004. No ano de 2005 o festival realizou o primeiro seminário “Toda Criança Dança”, de Brasília, com o foco na educação da dança para crianças.

O Festival distribuiu mais de mil bolsas de estudos a dançarinos, coreógrafos, e interessados que participaram dos cursos e cerca de quinze mil pessoas assistiram às apresentações.


Desde 2001 o Festival vem se afirmando como o Festival de dança do verão de Brasília, mas em comemoração aos dez anos de existência, em 2006 houve uma versão de inverno onde a temática foi dança e tecnologia. Em 2007 o Festival foi o primeiro evento brasiliense a romper as fronteiras do Distrito Federal e realizar sua edição nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

Cabaret Nostalgique

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Nascido na 14ª edição (ano de 2011), é mais uma ação do Festival. O Cabaret Nostalgique é inspirado nos cabarés franceses das de decadas de 30 e 40, esse espaço é montado e decorado para abrigar as apresentações que se constroem a partir da discussão do que é sensual, ou que se valha da sensualidade como expressão. Concentra performances de Pole Dance, Dança Burlesca, Dança Tribal, Belly Dance, Striptease entre outros, num só espaço e horário, criando assim um evento à parte, porém vinculado ao Festival, onde o público fica acomodado em suas mesas, dispostas pelo cabaret, ao redor do palco. As danças sensuais apresentadas nesse espaço fomentam o debate sobre outras questões importantes a serem discutidas no mundo da dança: a negação do corpo à sensualidade e erotismo no universo artístico e o limite entre arte e pornografia.


REFERÊNCIA

Arquivo Jornal Correio Brasiliense, caderno Diversão e Arte de 16/01/11, autoria Mariana Moreira

Conversa com Giovane Aguiar via e-mail(outubro de 2011);

Site do Festival Internacional da Novadança

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Agradecimento à Giovane Aguiar que gentilmente disponibilizou informações de seu arquivo pessoal e bem como as imagens ilustrativas para elaboração deste verbete.


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