Grupo X de Improvisação em Dança
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Breve Histórico
Fundado em 1998 pelos professores Fafá Daltro e David Iannitelli, o Grupo X de Improvisação em Dança surgiu a partir de trabalhos de extensão, oficinas e projetos na Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia.
Tem como caracterÃstica principal o trabalho com a improvisação. Porém não se utiliza desta para a criação, mas sim como a própria criação.
Outro tema principal que norteia o trabalho do grupo é a acessibilidade de pessoas com deficiência aos bens culturais. Por este motivo, foi o pioneiro em audiodescrição de imagens para pessoas com deficiência visual, em seus espetáculos, em parceria com o grupo TRAMADAN (UFBA). Além disso, faz parte integrante do Grupo de Pesquisa Poética da Diferença, vinculado ao Programa de Pós-Graduação da Escola de Dança da UFBA (PPGDança/UFBA).
As propostas cênicas e performáticas do Grupo X são centradas na investigação e análise das possibilidades e potencialidades do movimento, e em processos de criação em dança fundamentados através de estratégias coreográficas que utilizam improvisação em cena como elemento gerador do movimento espontâneo.
Transitando nas fronteiras da dança com as demais artes, visa explorar a criação e expressão coreográfica com cantores, dançarinos, atores e artistas especiais nas múltiplas linguagens de performance.
Integrantes
Fátima Daltro
Edu O.
Hugo Leonardo
Viviane Fontoura
Victor Venas
Andréa Daltro
Ricardo Mazzini Bordini
Espetáculos
Alvuras (2012)
É uma investigação iniciada em outubro 2011 com uma proposta que nos convida a dar um passeio em perÃodos históricos do Sec. XIX (fragmentos), focalizando inicialmente o maneirismo, o modo de se vestir e espetacularizar a vida e, consequente fazer a transposição para o Sec. XXI. A ideia é encontrar nesse trânsito os rastros comportamentais que foram corporalizados e que ainda reverberam no corpo no mundo atua. Este espetáculo foi vencedor do Edital Yanka Rudzka da Fundação Cultural do Estado da Bahia - FUNCEB.
Pequetitas Coisas Entre Nós Mesmos (2011)
O espetáculo aborda nosso quotidiano, que vivido e recheado de experiências humanas, pouco a pouco nos faz descobrir detalhes do corpo do outro que nos encantam. Nos jeitos e trejeitos dos movimentos alheios encontramos as possibilidades do diálogo. Trocas de experiências interruptas. Agregamos diversos modos de ser filtrando o que mais nos aproximam, ou quem sabe, o que mais nos afastam. Inspirados e invadidos pelo outro nos tornamos instáveis. O nosso sucesso está em lidar com os desequilÃbrios que nos são propostos. Tempo vai, tempo vai, tempo vai... O outro, um mundo de inspiração, de cheiros, sabores e cores... revelados em nossas memórias elásticas.
Vestido Curto na Alma de Dentro (2010)
Trata das possibilidades de organização do corpo diante de situações imprevistas. Envolve jogos coreográficos em improvisação em cena e focaliza as possibilidades de conexões entre dançarinos no ato de encenação. A estratégia de composição para a dança, nessa experiência, centra-se na exploração de um roteiro móvel sorteado a cada dia e pistas a serem desvendadas, que oferecerem referenciais em música, em jogos cênicos e em pesquisas corporais, onde o dançarino, a partir de suas escolhas e das regras do jogo criar possibilidades de conexões para a construção do tecido poético.
Os 3 AudÃveis... Ana, Judite e Priscila (2008)
O espetáculo busca mostrar o universo das relações interpessoais. Fala com simplicidade e humor, enfatizando o aproveitamento das relações do cotidiano do homem urbano. DistribuÃdos em quadros independentes e inter-relacionados, as cenas revelam poeticamente a intimidade do limite de um espaço particular, que pode ser representado por um olhar furtivo ou sedutor, por uma situação de espera, um convite, o medo do inesperado. Um lugar escolhido e imaginado em sua limitação móvel que acolhe, expulsa e acalma revelando os fios sutis das relações entre as pessoas. Com elementos teatrais e forte pesquisa no gestual, o espetáculo explora a estética Felliniana para narrar a história de Ana, Judite e Priscila e refletir como cada uma reage à s diversas situações do cotidiano amoroso, seus afetos, encontros, desassossegos.
Este projeto foi pioneiro em fazer audiodescrição de imagens de dança para pessoas com deficiência visual. Vencedor do Prêmio Klauss Vianna de Dança 2007, Edital Tô no Pelô 2008, Ocupação de Espaços da Caixa Cultural 2008, Edital Ninho Reis 2009 - apoio a circulação de espetáculos de dança no Estado da Bahia/FUNCEB.
O Canto de Cada Um (2003)
O espetáculo ressalta a singularidade dos intérpretes, que ao longo do espetáculo criam a composição coreográfica a partir de negociações que seus corpos fazem uns com os outros e com o ambiente, inaugurando assim seu próprio canto.
A palavra canto não se refere ao verbo cantar, mas, ao lugar de cada um.
Outros trabalhos
Encontro O Que É Isso? De Dança (2010/2011)
Promovido pelo Grupo de Pesquisa Poética da Diferença, vinculado ao PPGDança - Escola de Dança da UFBA reúne artistas com e sem deficiência, pesquisadores em dança, profissionais das áreas de comunicação, educação, psicologia e produção para um debate interdisciplinar sobre a participação efetiva das pessoas com deficiência no campo artÃstico da dança. O projeto é coordenado por Fátima Daltro e tem como curador, o dançarino, Edu O..
As discussões giram em torno de acessibilidade, profissionalização e inserção no mercado de trabalho de artistas/dançarinos com deficiência que não tiveram acesso a informação e formação em dança seja nos ambientes acadêmicos e espaços formais de ensino de dança.
Euphorico (2004- )
O projeto Euphorico, consiste em uma residência artÃstica de pesquisa em Dança Contemporânea, junto à companhia francesa Artmacadam e artistas convidados. Alternando, anualmente, realizações no Brasil e na França, responde aos territórios contemporâneos da arte e novas tecnologias. Tem o propósito de troca de experiências entre culturas fomentando discussões e possibilitando o trânsito de informações entre esses paÃses, com apresentações em cidades como: Marseilles, Le Pradet, Istres, Sanary, La Seyne-sur-mer (França), Salvador, Santo Amaro, São Francisco do Conde (BA) e Belo Horizonte (MG). Os dois grupos em razão das próprias investigações com múltiplos corpos, estão sempre sensÃveis a questões de acessibilidade à dança - enquanto público ou artistas – de pessoas com deficiência, desenvolvendo práxis voltadas para a acessibilidade dessas pessoas.
As ações do projeto Euphorico oferecem oficinas, apresentações, ensaios abertos, performances em espaços urbanos e bate-papos.
Por causa deste projeto, em 2009, ocasião do Ano da França no Brasil, os artistas do Grupo X e da Cia Artmacadam, foram convidados a realizar uma residência artÃstica no Projeto OUTRAS DANÇAS, promovido pelo MINC e FUNARTE.
Oficinas X
Encontro semanal às sextas-feiras com a comunidade para pesquisa em improvisação, na Escola de Dança da UFBA.
Ver Também
Referências
www.grupox.ufba.br/historico.htm
monologosnamadrugada.blogspot.com.br
Blog da audiodescrição: www.blogdaaudiodescricao.com.br/2011/11/grupo-x-investe-no-improviso-e-no.html
Informações gentilmente cedidas pelo artista Edu O.