Composições Políticas

De Wikidanca

Edição de 19h47min de 8 de julho de 2013

Composições Políticas é um projeto dedicado ao cruzamento entre arte e política. Inicialmente elaborado como um encontro entre artistas, pesquisadores e interessados, realizado em duas edições: 2010 e 2011; como parte da programação do Festival Panorama de Dança. Seu objetivo é a apresentação de obras, pensamentos, discussões que tratem do corpo político, num contexto de arte ativista. Para isso, o projeto convidou artistas e pensadores de todo mundo para contribuírem com esse debate. O Composições Políticas foi idealizado e dirigido por Isabel Ferreira e Eduardo Bonito.

"A arte como ativadora de mudanças sociais nos oferece mais um lugar de tomada de posição, um lugar para manter a
atitude vital de estar em alerta e de observar com olhar crítico nossa realidade. O nome com.posições.políticas nasce
da vontade de evidenciar a importância do posicionamento político e da constatação de que, também através das
práticas artísticas podemos construir nosso próprio espaço de ação política aqui e agora, de maneira individual ou
coletiva."(apresentação - website com.posições.políticas)

Histórico

2010

12 a 15 de novembro. Instituto Cervantes, Rio de Janeio.

Seminário Cruzamentos Contemporâneos entre Arte e Política.

Na primeira edição, em 2010, o formato foi de um seminário, com debates e painéis performáticos, preparando o terreno para o encontro que viria depois.

Participantes

Cristina Ribas (Rio de Janeiro/RJ), Marcelo Expósito (Espanha), Eduardo Bonito (Rio de Janeiro/RJ), Marcelo Evelin (Teresina/PI), Paulo Azevedo (Macaé/RJ), Lia Rodrigues (Rio de Janeiro/RJ), Daniela Labra (Rio de Janeiro/RJ), Jennifer Doyle (EUA), Jorge Alencar (Salvador/BA), Christophe Wavelet (França), Carolina Boluda (Espanha), Ricky Seabra (Rio de Janeiro/RJ), Janez Jansa (Eslovênia), Franz Manata (Rio de Janeiro/RJ), Marcos Faustini (Rio de Janeiro/RJ), Eliana Souza (Rio de Janeiro/RJ), André Mesquita (São Paulo/SP), Marcos Moraes (São Paulo/SP), Frederico Paredes (Rio de Janeiro/RJ), Ricardo Marinelli (Curitiba/PR), Rachid Ouramdamne (França), Núcleo do Dirceu (Teresina/PI).

Jorge Alencar, Rio de Janeiro, 2010.

2011

14 a 17 de novembro. Armazém da Utopia, Rio de Janeiro.

Encontro Ibero-Americano ComPosições Políticas.

A segunda edição, 2011, apresentou performances, conversas "coreopolíticas", oficinas, laboratórios de criação, residências artísticas, um espaço de documentação Corpo-Cópia, noites de cabaret, festas e música.

Participantes

Jorge Alencar (Salvador/BA), Giorgia Conceição (Curitiba/PR), André Masseno (Rio de Janeiro/RJ), Congelada de Uva (México), Marcela Levi (Rio de Janeiro/RJ), Guillermo Gómez Peña (México/USA), Michelle Ceballos (Colômbia/EUA), Colectivo Etcétera (Argentina/Chile), The Yes Men (EUA), Josie Cáceres e Federica Folco (Equador/Uruguai), Javier Contreras (México), Erivelto Vianna (São Luis/MA), Ricardo Marinelli (Curitiba/PR), Luiz de Abreu (Salvador/BA), Boyzie Cekwana (África do Sul), Panaibra Gabriel (Moçambique), Maria Llopis (Espanha), Cecília Bengolea (Argentina), Ricky Seabra (Rio de Janeiro/RJ), Marcelo Expósito (Espanha), Ricardo Basbaum (Rio de Janeiro/RJ), André Mesquita (São Paulo/SP), Diana Blok (Uruguai/Holanda), Eleonora Fabião (Rio de Janeiro/RJ), Marcelo Evelin (Teresina/PI), Micheline Torres (Rio de Janeiro/RJ), Alexandre Vogler (Rio de Janeiro/RJ), Claudia Müller (Rio de Janeiro/RJ), Pedro Costa (RN), Paulo Belzebitchy (CE), Denílson Lopes (Rio de Janeiro/RJ), Ciro Barcelos (Rio de Janeiro/RJ), Rodrigo Dourado (PE), Henrique Celibi (PE), Isabel Ferreira (Rio de Janeiro/RJ), Felipe Ribeiro (Rio de Janeiro/RJ), René Guerra (AL), Luis Carlos Alencar (Rio de Janeiro/RJ), Panmela Castro (Rio de Janeiro/RJ), Filé de Peixe (Rio de Janeiro/RJ), Solange Tô Aberta (Salvador/BA), Anarkofunk (Rio de Janeiro/RJ), Gang Bang (Rio de Janeiro/RJ), Dj Txabi Hi - Fi (Espanha), Julio Lucio (Espanha), Suzy Brasil (Rio de Janeiro/RJ), Magaly Penélope (Rio de Janeiro/RJ), Nuvem (Rio de Janeiro/RJ).

Um corpo que causa. Rio de Janeiro, 2011.

Os eixos temáticos para um corpo político

Os textos que apresentam cada eixo temático foram retirados da website do projeto: www.cpp.panoramafestival.com

Os eixos temáticos descritos abaixo guiaram as apresentações e debates no Encontro Iberoamericano, em 2011.

Corpos disruptivos: corte! câmera! ação!

Diferentes exemplos de arte ativista na Ibero-América como os Erroristas, uma organização internacional de performance de rua que toma como ponto de partida o erro como inspiração; a Pocha Nostra coletivo de ciberpecadores transculturais e artistas de referência na combinação das mais novas tecnologias com a tradição da arte de ação; A ação coletiva argentina e seus usos da performance como ferramenta para a compreensão do trauma e da memória social, e a apresentação do livro do André Mesquita “Insurgências poéticas”, publicado em 2011, e que realiza um levantamento exaustivo dos coletivos de artistas no Brasil e outros paises.

Panmela Castro - Moderação. Isabel Ferreira - Inventario. Marcela Levi e Guillermo Gómez Peña - Psycho Magic Actions For a World Gone Wrong. Marcelo Expósito - Errorismo Internacional: Errare Humanum Est. Colectivo Etcétera - Poner el cuerpo a hacer política… André Mesquita - Insurgências Poéticas.

La Pocha Nostra.

O Corpo Território do Político

Quais estratégias o artista utiliza para refletir no corpo as questões que o preocupam? Convidamos alguns artistas a mostrar brevemente dois trabalhos (um de própria autoria e um criado por outro artista) que considerem paradigmáticos em relação à potência política do corpo e que servirão de provocadores para o debate posterior entre eles e o público.

Eleonora Fabião - Moderação. Marcelo Evelin - 1.000 Casas. Micheline Torres - Eu prometo isto é político. Alexandre Vogler - Campanha Base para Unhas Fracas. Claudia Müller - Exhibition.

Micheline Torres. Palestra - Eu prometo isso é político.

Um Corpo que Causa - Arqueologias e políticas da causação

“No Brasil ou na América Latina, o passado tem algo do homem-borracha(…), ele se estica, se estica, para confundir o presente, ou para não deixá-lo se colorir do futuro. Até quando o passado será o devir da nossa condição político-cultural?(…) Então, para quando o salto?”¹

Então, vamos pular/causar? Dar o salto do tigre, ou melhor, saltar no presente com as unhas negras de tigresa, afiadas com o passar dos tempos? Décadas após o impacto de sua aparição, o que fazer do queer? Disposição taxonômica, entusiasmo libertário, militância, phelan, butler, etnografia, travestismo, paris em chamas.

Denilson Lopes - Moderação. Jorge Alencar - Um corpo que causa – Escola de princesas. Giorgia Conceição - Burla e erótica: uma epistemologia do salmão. Andre Masseno e Ciro Barcelos - Um corpo-croquette: arqueologias da causação I. Rodrigo Dourado e Henrique Celibi - Bonecas (trans)históricas: a encruzilhada em que se encontram Medeia, Cinderela e as Vivecas. Javier Contreras - Pues sí no soy un bailarín.

Um Corpo que causa.

1.Impressões de viagem: CPC, vanguarda e desbunde, de Heloísa Buarque de Holanda.

Um Corpo que Causa - A força e a graça

Um Corpo que Causa mostra experiências na cena contemporânea que produzem outros territórios possíveis de corpo, subjetividade, prazeres e afetos. Um conjunto de estratégias performáticas e lúdicas de intervenção no âmbito da produção da sexualidade como espaço de visibilidade pública: a arte-ação da Congelada de Uva contra a banalização do corpo, a fraude do futebol feminino como um pesadelo ou uma utopia queer. os corpos precários, TRANStornados, corpos trágicos,; a simplicidade de Sayara, uma travesqueen que gosta das coisas simples e os homens bonitos e trabalhadores; os corpos “outros” que colocam em jogo o impensado, o que ficou de fora, o obsceno, isto é, o que se esquivou do discurso (hetero)normatizado.

Felipe Ribeiro - Moderação. Congelada de Uva - Drogadiação. André Masseno - To be or not to be queer? that’s a (toxic) question. Pedro Costa e Paulo Belzebitchy - Corpos precários. René Guerra e Luis Carlos Alencar - Trans-Cinema.